sábado, 6 de outubro de 2012

Línguas estranhas Parte 5


Convite à Loucura Nº29 O Cristão deve falar em Línguas Estranhas? (Parte 5)
   
       Até aqui, nesse pequeno estudo, vimos que o verdadeiro dom de línguas foi aquele do livro de Atos, folheto Nº25. No folheto Nº26, observamos o contexto da sociedade de Corinto, influenciando os cristãos imaturos, fazendo-os usar esse dom de forma fraudulenta. Depois no folheto Nº27 vimos o apóstolo Paulo repreendendo os exageros dos coríntios e como eles desobedeciam as Escrituras quando falavam em línguas. No folheto Nº28, vimos mais heresias criadas pelos que defendem esse linguajar estranho. E como esse povo interpreta mal os textos de 1Co 13; 1Co 14.2 e Mc 16.14-20.
       Vamos finalizar esse estudo vendo mais uma má interpretação do grupo que defende as línguas estranhas no texto de Mateus 3. 11.12. E para finalizar iremos ver uma admoestação bíblica no tocante a essa questão de que todos os líderes batizados com o Espírito Santo devem falar em línguas estranhas.
Mateus 3.11-12
       Os defensores da doutrina das línguas estranhas alegam que esse texto é mais uma confirmação de que estão certos. Dizem eles que esse texto prova que existe o batismo com água feito pelo homem, e existe o batismo com o Espírito Santo e com fogo feito por Jesus; e que esse batismo com fogo é justamente o fogo do Espírito que trás poder ao que é batizado. Será que o texto está dizendo isso mesmo? Vamos analisá-lo!
      João, o batista, iniciou sua pregação no deserto da Judéia; sua mensagem era o arrependimento (versículos 1-6). Ele dirigiu-se aos fariseus e saduceus falando-lhes sobre a ira vindoura; era uma repreensão ofensiva para os líderes judaicos, que imaginavam que a ira divina estava reservada apenas para os não judeus. João batista inicia chamando-lhes de raça de víboras, e no versículo 10, ele diz metaforicamente que quem não produzir bom fruto será cortado e lançado ao fogo, fogo que pressupõe ser o inferno! Depois disso, ainda no contexto da repreensão condenatória, ele diz que batizava apenas para arrependimento, simbolizando limpeza, mas também afirma que virá outro (referindo-se a Jesus) que batizará os crentes com o Espírito Santo, e batizará os não arrependidos (que era o caso dos líderes judeus) com um batismo de castigo, pois nesse contexto, o fogo é usado como meio de punição, veja no versículo anterior e posterior; ou seja; versículos 10 e 12.

     vs 10. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao FOGO

     vs 12. A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em FOGO inextinguível.

     Esse fogo nada diz sobre poder; mas sim sobre castigo.
     Veja nesses textos que fogo sempre está relacionado a juízo; Mateus 25.41; Lucas 9.54; 12.49; 1Coríntios 3.13; 2 Tessalonicenses 1.7-8;  Hebreus 12.29; Judas 7.23; Apocalípse 21.8; Isaías 66.15-16; Joel 2.30-31; Amós 1.7; 10-14; 2.2; 5; Malaquias 3.2; 5. É isso! Esse negócio de: “Fogo de Deus caia sobre nós!” Isso é coisa de maluco fanático que não conhece as Escrituras.

    Duas passagens bíblicas nos faz ver o que acontece com aqueles sobre os quais fogo de Deus, ou, fogo dos céus, cai sobre eles; Jó 1.16 e Lucas 9.54, ou seja; QUEIMA e CONSUMI! Lavem suas mentes com sabão espiritual, livrem-se desses ensinamentos loucos e rendam-se ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Talvez ainda tenha esperança!

A Liderança têm que Falar em Línguas Estranhas?
      De acordo com os advogados da doutrina das línguas estranhas, todo líder eclesiástico deve ser “batizado com o Espírito Santo” e consequentemente deve fala em “línguas estranhas”, uma vez que uma coisa está ligada a outra.
     Existe grupos institucionais, “igrejas”, que não só incentivam os seus membros a que sejam faladores de línguas estranhas, como também só permitem que tais membros exerçam algum papel dentro da comunidade se falar as tais línguas. Ou seja; se o camarada não falar essas línguas não pode ser presbítero nem pastor nem bispo nem nada! É apenas um crentesinho merreca, criando assim duas classes de crentes, um pobre coitado, que no máximo só pode receber os outros na porta da igreja, e outro especial, mais amado por Deus! Isso é diabólico! E vai de encontro ao que a Bíblia diz que o falar em línguas estranhas não capacita ninguém a nada.
    Pra ser um obreiro de Deus basta ser convertido genuinamente, coisa que muitos e muitos e muitos desses líderes que falam essas línguas não são!

Vamos à Bíblia!
    1Timóteo 1.5-9. O propósito de Paulo ao escrever essa carta foi instruir Timóteo sobre as reuniões dos irmãos como igreja (vs 14-15). É muito importante para qualquer reunião da igreja é que seus líderes estejam qualificados para ensinar e dar exemplo aos demais (isso não quer dizer que eles eram superiores aos demais irmãos, como se ver nas caixas de concreto hoje, mas todos edificavam-se mutuamente).
      Esses versículos descrevem as qualificações de pastores e diáconos e em Tito 1.5-9, encontramos deveres e qualificações de outros ministros de Deus, mas o que importa no atual estudo é que dentre todas essas qualificações nada se fala sobre o falar em línguas estranhas nenhuma.

       Expliquem-me  por que nessas instituições, alguém só pode servir a Deus com liberdade se falar tais línguas! Tudo isso é engodo, falácia e mentira pra escravizar as pessoas a um tipo de alto clero que querem ser mais do que os outros.

Conclusão.
       Esses dons de manifestação temporária, que usa palavras comuns para falar em outras línguas e interpretá-las, como os outros (milagres, curas) eram para a autenticação da verdade e daqueles que a pregavam. Esse dom verdadeiro foi claramente identificado em Atos 2.5-12, como línguas, o que validava o evangelho como divino. Eles foram, entretanto, devido a imitação que havia na cultura grega, exaltados de modo desproporcional e seriamente abusados em Corinto. Daí, houve a necessidade de Paulo repreendê-lo severamente em sua carta.
       Gênesis 11.1-9, se vê aqui que; em Babel as línguas humanas, de forma sobrenatural, foram confundidas e as nações espalhadas por todo o mundo. Em Jerusalém, no dia de pentecostes, a barreira linguística foi, também de forma sobrenatural, vencida; Deus uniu novamente, pelo seu Espírito, todo o mundo. Agora a sua palavra pode ser pregada a toda nação, como sinal de que o grande dia em que o povo remido será escolhido “de todas as nações, tribos, povos e línguas (Apocalípse 7.9). Nossas diferenças linguísticas não impedirão de um dia nos reunirmos nos céus, como nos diz o livro de Apocalípse.

       No Novo Testamento se vê a restauração da unidade que foi perdida em Babel. Em Babel a terra, orgulhosamente, tentou subir ao céu, enquanto que em Jerusalém, o céu humildemente desceu a terra.

       Que Deus ilumine nossas mentes nos abençoando com sabedoria e humildade para que possamos entender a sua palavra.

       Levem em consideração que essa mentira já reina no mundo evangélico a mais de um século, e por isso é impossível combatê-la em tão poucas linhas.

      Se alguém desejar esclarecer alguma dúvida ou aprofundar-se ainda mais no assunto entre em contato conosco! Mas se você prefere continuar no engano, crendo nas baboseiras que seus líderes ensinam, o problema é de vocês; eu só estou fazendo a minha parte!

     Em Cristo
     Francisco Rodrigues Filho

Nenhum comentário:

Postar um comentário