Convite à Loucura
Nº29 O Cristão deve falar em Línguas Estranhas? (Parte 5)
Até aqui, nesse pequeno estudo, vimos
que o verdadeiro dom de línguas foi aquele do livro de Atos, folheto Nº25. No
folheto Nº26, observamos o contexto da sociedade de Corinto, influenciando os
cristãos imaturos, fazendo-os usar esse dom de forma fraudulenta. Depois no
folheto Nº27 vimos o apóstolo Paulo repreendendo os exageros dos coríntios e
como eles desobedeciam as Escrituras quando falavam em línguas. No folheto
Nº28, vimos mais heresias criadas pelos que defendem esse linguajar estranho. E
como esse povo interpreta mal os textos de 1Co 13; 1Co 14.2 e Mc 16.14-20.
Vamos finalizar esse estudo vendo mais
uma má interpretação do grupo que defende as línguas estranhas no texto de
Mateus 3. 11.12. E para finalizar iremos ver uma admoestação bíblica no tocante
a essa questão de que todos os líderes batizados com o Espírito Santo devem
falar em línguas estranhas.
Mateus 3.11-12
Os defensores da doutrina das línguas
estranhas alegam que esse texto é mais uma confirmação de que estão certos.
Dizem eles que esse texto prova que existe o batismo com água feito pelo homem,
e existe o batismo com o Espírito Santo e com fogo feito por Jesus; e que esse
batismo com fogo é justamente o fogo do Espírito que trás poder ao que é
batizado. Será que o texto está dizendo isso mesmo? Vamos analisá-lo!
João, o batista, iniciou sua pregação no
deserto da Judéia; sua mensagem era o arrependimento (versículos 1-6). Ele dirigiu-se
aos fariseus e saduceus falando-lhes sobre a ira vindoura; era uma repreensão
ofensiva para os líderes judaicos, que imaginavam que a ira divina estava
reservada apenas para os não judeus. João batista inicia chamando-lhes de raça
de víboras, e no versículo 10, ele diz metaforicamente que quem não produzir
bom fruto será cortado e lançado ao fogo, fogo que pressupõe ser o inferno!
Depois disso, ainda no contexto da repreensão condenatória, ele diz que
batizava apenas para arrependimento, simbolizando limpeza, mas também afirma
que virá outro (referindo-se a Jesus) que batizará os crentes com o Espírito
Santo, e batizará os não arrependidos (que era o caso dos líderes judeus) com
um batismo de castigo, pois nesse contexto, o fogo é usado como meio de
punição, veja no versículo anterior e posterior; ou seja; versículos 10 e 12.
vs 10.
Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao FOGO.
vs 12.
A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu
trigo no celeiro, mas queimará a palha em FOGO inextinguível.
Esse fogo nada diz sobre poder; mas sim
sobre castigo.
Veja nesses textos que fogo sempre está
relacionado a juízo; Mateus 25.41; Lucas 9.54; 12.49; 1Coríntios 3.13; 2
Tessalonicenses 1.7-8; Hebreus 12.29;
Judas 7.23; Apocalípse 21.8; Isaías 66.15-16; Joel 2.30-31; Amós 1.7; 10-14;
2.2; 5; Malaquias 3.2; 5. É isso! Esse negócio de: “Fogo de Deus caia sobre
nós!” Isso é coisa de maluco fanático que não conhece as Escrituras.
Duas passagens bíblicas nos faz ver o que
acontece com aqueles sobre os quais fogo de Deus, ou, fogo dos céus, cai sobre
eles; Jó 1.16 e Lucas 9.54, ou seja; QUEIMA e CONSUMI! Lavem suas mentes com
sabão espiritual, livrem-se desses ensinamentos loucos e rendam-se ao Evangelho
do Senhor Jesus Cristo. Talvez ainda tenha esperança!
A Liderança têm que
Falar em Línguas Estranhas?
De acordo com os advogados da doutrina
das línguas estranhas, todo líder eclesiástico deve ser “batizado com o
Espírito Santo” e consequentemente deve fala em “línguas estranhas”, uma vez
que uma coisa está ligada a outra.
Existe grupos institucionais, “igrejas”,
que não só incentivam os seus membros a que sejam faladores de línguas
estranhas, como também só permitem que tais membros exerçam algum papel dentro
da comunidade se falar as tais línguas. Ou seja; se o camarada não falar essas
línguas não pode ser presbítero nem pastor nem bispo nem nada! É apenas um
crentesinho merreca, criando assim duas classes de crentes, um pobre coitado,
que no máximo só pode receber os outros na porta da igreja, e outro especial,
mais amado por Deus! Isso é diabólico! E vai de encontro ao que a Bíblia diz
que o falar em línguas estranhas não capacita ninguém a nada.
Pra ser um obreiro de Deus basta ser
convertido genuinamente, coisa que muitos e muitos e muitos desses líderes que
falam essas línguas não são!
Vamos à Bíblia!
1Timóteo 1.5-9. O propósito de Paulo ao
escrever essa carta foi instruir Timóteo sobre as reuniões dos irmãos como
igreja (vs 14-15). É muito importante para qualquer reunião da igreja é que
seus líderes estejam qualificados para ensinar e dar exemplo aos demais (isso
não quer dizer que eles eram superiores aos demais irmãos, como se ver nas
caixas de concreto hoje, mas todos edificavam-se mutuamente).
Esses versículos descrevem as
qualificações de pastores e diáconos e em Tito 1.5-9, encontramos deveres e
qualificações de outros ministros de Deus, mas o que importa no atual estudo é
que dentre todas essas qualificações nada se fala sobre o falar em línguas
estranhas nenhuma.
Expliquem-me por que nessas instituições, alguém só pode
servir a Deus com liberdade se falar tais línguas! Tudo isso é engodo, falácia
e mentira pra escravizar as pessoas a um tipo de alto clero que querem ser mais
do que os outros.
Conclusão.
Esses dons de manifestação temporária,
que usa palavras comuns para falar em outras línguas e interpretá-las, como os
outros (milagres, curas) eram para a autenticação da verdade e daqueles que a
pregavam. Esse dom verdadeiro foi claramente identificado em Atos 2.5-12, como
línguas, o que validava o evangelho como divino. Eles foram, entretanto, devido
a imitação que havia na cultura grega, exaltados de modo desproporcional e
seriamente abusados em Corinto. Daí, houve a necessidade de Paulo repreendê-lo
severamente em sua carta.
Gênesis 11.1-9, se vê aqui que; em Babel
as línguas humanas, de forma sobrenatural, foram confundidas e as nações
espalhadas por todo o mundo. Em Jerusalém, no dia de pentecostes, a barreira linguística foi, também de forma sobrenatural, vencida; Deus uniu novamente,
pelo seu Espírito, todo o mundo. Agora a sua palavra pode ser pregada a toda
nação, como sinal de que o grande dia em que o povo remido será escolhido “de
todas as nações, tribos, povos e línguas (Apocalípse 7.9). Nossas diferenças linguísticas não impedirão de um dia nos reunirmos nos céus, como nos diz o
livro de Apocalípse.
No Novo Testamento se vê a restauração
da unidade que foi perdida em Babel. Em Babel a terra, orgulhosamente, tentou
subir ao céu, enquanto que em Jerusalém, o céu humildemente desceu a terra.
Que Deus ilumine nossas mentes nos
abençoando com sabedoria e humildade para que possamos entender a sua palavra.
Levem em consideração que essa mentira
já reina no mundo evangélico a mais de um século, e por isso é impossível
combatê-la em tão poucas linhas.
Se alguém desejar esclarecer alguma
dúvida ou aprofundar-se ainda mais no assunto entre em contato conosco! Mas se
você prefere continuar no engano, crendo nas baboseiras que seus líderes
ensinam, o problema é de vocês; eu só estou fazendo a minha parte!
Em Cristo
Francisco Rodrigues Filho
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