sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A verdade sobre a Ceia do Senhor


A verdade sobre a Ceia do Senhor

Recentemente, estive freqüentando um edifício religioso, que está passando por uma reforma, e se concluída, logo se tornará uma bela catedral, e nessa oportunidade, tive a chance de participar de um ritual legalista religioso e hipócrita, que eles denominam de “Ceia do Senhor ou Santa Ceia”, onde, fui muito criticado pelo meu comportamento em relação à liturgia, ou seja, no modo como o ritual era ministrado.

As objeções surgiram, quando, antes do sacerdote, ou melhor, sacerdotisa, que na ocasião, era uma mulher que ministrava a cerimônia, ler o trecho bíblico de 1Co 11.23..., onde, ninguém, jamais, em tempo algum, poderia comer aquele minúsculo pedaço de pão e beber aquele copinho com suco de frutas cítricas industrializado com sabor de uva. O sistema clerical moderno quer impor na marra, que tudo aquilo feito naquela reunião e em muitas outras pelo mundo, é um momento genuinamente cristão denominado de Ceia do Senhor.

Mas, na verdade, o que é a Ceia do Senhor? Existe alguém hoje que celebra esse sacramento ou ordenança seriamente hoje? Essas e outras perguntas serão respondidas a luz da palavra de Deus e do testemunho histórico.

Basta uma leitura atenta do texto Bíblico para logo poder perceber que a Ceia tinha um lugar especial na vida dos cristãos do primeiro século, e de acordo com as mais deferentes tradições eclesiásticas de nosso mundo moderno, ela pode ser tomada semanalmente, mensalmente ou até mesmo anualmente, mas no texto Bíblico Também podemos perceber essas tradições, mas o que importa aqui não são tradições e sim a importância e a forma de cear dos cristãos, e também, não menos importante, o significado. Frank Viola dá um conceito muito legal sobre a ceia quando diz:

“O partir do pão também nos recorda da cruz de nosso Senhor. O pão é feito de trigo moído. O vinho, de uvas pisadas. Ambos os elementos representam morte. Quando através da Ceia, comemos da carne de Cristo e bebemos o seu sangue, recebemos sua vida que nós é comunicada (Jo 6.53). Este é o princípio da ressurreição: a vida que brota da morte.”

Hoje em nosso mundo gospel, esse conceito não existe mais, pois o momento da Ceia tornou-se, principalmente em ambientes pentecostais, à hora da revelação e lavagem de roupa suja, onde os agregados da congregação são ameaçados com a morte física e doenças se caso tome a Ceia indignamente. Mas, quanto à explicação desse misticismo, será assunto de outra publicação em breve. Com isso, a igreja torna-se num lugar sombrio, onde se observa quem tomará ou não a Ceia, pois é o momento ideal para se identificar pecados na igreja. E o pior de tudo, é a hipocrisia de quem ministra, pois está muito interessado em saber quais são os possíveis escândalos da igreja que serão revelados através do medo e achando que está sendo o mais santo de todos por ser um sacerdote de meia tigela.

Uma leitura atenta de 1Coríntios 11, derruba por terra toda essa farsa que é a atual Ceia de nossas instituições eclesiásticas, e desmascara esses falsos profetas, lobos devoradores travestidos de ovelhas, mercadores e traficantes da Palavra. 1Coríntios 11 deixa bem claro que os cristãos primitivos se reuniam para tomar a Ceia como uma refeição! Alguns apressadinhos comiam e nem esperavam os atrasados chegarem e outros até bêbados ficavam (1Co 11.21-22). Agora pense um pouco! Poderia um cristão ficar bêbado com um simples copinho de suco de frutas cítricas com sabor de uva e se fartar com um pedacinho de pão? Claro que não! Então, já começa com tudo errado essas reuniões cerimoniais denominadas de Ceia, pois é menos gasto para uma congregação de 100 pessoas comerem um simples pedacinho de pão e um copinho minúsculo de suco. Ora, quanto seria para os cofres eclesiásticos a cada reunião um banquete para 100 pessoas? Com certeza esse gasto mensal quebraria a banca e não haveria dinheiro para a mesada do sacerdote fiscal dos negócios de Deus aqui na terra.

Com essas atitudes eclesiásticas hodiernas, podemos perceber claramente a verdadeira intenção desses comerciantes da fé em ministrar a “ceia” em nossos dias. Para entender-mos melhor, veremos o que é a Ceia do Senhor.

Os cristãos tomavam a refeição simbólica da Ceia do Senhor para  relembrar e comemorar a Última Ceia, na qual Jesus e seus discípulos observaram a tradicional festa judaica da Páscoa[1]. Na Páscoa os judeus regozijavam-se porque Deus os havia libertado de seus inimigos na terra do Egito. Na  Ceia do Senhor, os cristãos celebravam o modo como Jesus os havia libertado do pecado e sua esperança pelo dia quando Cristo haveria de vir   (1Co 11.26).  A princípio, a Ceia do Senhor era uma refeição completa que os cristãos partilhavam em suas casas[2]. Cada convidado trazia um prato para a mesa comum. A refeição começava  com oração e com o comer de pedacinhos de um único pão que representava o corpo partido de Cristo. Encerrava-se a refeição com outra oração e a seguir participavam de uma taça de vinho, que representava o sangue vertido de Cristo.

Algumas pessoas comentavam que os cristãos estavam participando de um rito secreto quando observavam a Ceia do Senhor, e inventaram estranhas histórias a respeito desses cultos. O imperador Trajano proscreveu essas reuniões secretas por volta do ano 100 dC. Nesse tempo os cristãos começaram a observar a Ceia do Senhor durante o culto matutino de adoração, aberto ao público.[3]

Assim era Ceia que Jesus havia ensinado e praticado com os apóstolos no Cenáculo. Era o partir do pão entre os irmãos, tudo feito "com alegria e singeleza de coração", longe dos ritualismos do templo e das regras cerimoniais da religião. A partir de metade do século II, essa prática simples e natural feita entre os irmãos, de partir o pão e beber o vinho em memória de Cristo, foi recebendo elementos místicos[4]. Alguns, entre eles, Tertuliano e Orígenes, começaram a ensinar que o pão e o vinho, após serem consagrados por meio de oração, se transmutavam no próprio corpo e sangue de Jesus através de um processo místico. Uma doutrina que não havia sido ensinada nem por Jesus nem pelos Seus apóstolos.
 Então, com o andar dos séculos, a Ceia foi perdendo sua forma original. A simplicidade, alegria e singeleza de coração no partir do pão nas casas foram abandonadas descaradamente em função do misticismo, cerimonialismo e liturgia institucional. Atualmente, com a deturpação sofrida não somente por essa prática, mas por muitas outras, a narrativa de Atos 2:42-46 pode até causar espanto. Pessoas partindo o pão em suas casas, com alegria e singeleza de coração??? Isso não pode ser a Santa Ceia!!! Cadê o templo? O altar ou púlpito devidamente adornado? Tinha algum líder devidamente credenciado e vestido para celebrar essa cerimônia[5]?
 E a liturgia? Poderão questionar alguns, condicionados pela religião a pensar que a Ceia é uma ritual cheio de regras, maneirismos, misticismos e tantos outros "ismos" que vemos nas igrejas atuais[6]...
 A Ceia era a manifestação externa daquilo que aqueles irmãos já viviam em sua rotina diária[7]. Lucas nos mostra que "todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum" (Atos 2:44). Não havia divisões nem sectarismos. Logo, a Ceia era uma manifestação externa daquilo que eles já viviam espiritualmente como Igreja. Não havia necessidade de rituais vazios.
Se fôssemos ao 1º século e víssemos como os irmãos celebravam a Ceia, perceberíamos a gritante diferença que há entre aquela sincera celebração e o ritual no qual se transformou hoje. Nos primórdios da Igreja, a Ceia estava inserida numa autêntica refeição. Os irmãos se reuniam, comiam juntos e, inserido nesse momento de alegre refeição coletiva, compartilhavam um pão e um cálice de vinho, como forma de comunhão, em memória de Cristo. Sem cerimonialismos, palavras decoradas, constrangimentos ou qualquer tipo de misticismo. Algo simples, mas, ao mesmo tempo, profundo.

Então, a Ceia está inserida num contexto maior de verdadeira comunhão. Se não houver verdadeira e genuína comunhão no seio da Igreja, a celebração da Ceia perde o seu significado. Com o passar dos anos, essa prática foi virando um ritual, realizado exclusivamente por "homens especiais" devidamente autorizados a realizá-lo, adotando todo o ritualismo próprio das religiões e dos religiosos, participando desse ritual, geralmente realizado num templo, pessoas que, muitas vezes sequer se conhecem ou mantém qualquer comunhão no dia a dia[8]...

Que o Senhor Jesus nos guie à verdadeira comunhão que deve existir em Sua Igreja. Uma comunhão sem sectarismos, dissensões, denominacionalismos, institucionalismo, vaidades pessoais e os rituais e conceitos próprios das grandes religiões. A Igreja de Cristo não é uma religião. É comunhão sincera entre irmãos, que pertencem a um mesmo Corpo e Senhor. A celebração da Ceia deve estar inserida nesse contexto. Se não estiver, não passa de um dentre as centenas de rituais vazios feitos em nome de Deus.
Então, com tudo isso, pode existir alguma verdade nas igrejas institucionais de nossos dias?

sábado, 10 de novembro de 2012

Compilador e escritor dos Folhetos "Convite à Loucura".


FRANCISCO RODRIGUES FILHO é motorista carreteiro, casado e pai de três filhos. Nasceu no Ceará, em Abril de 1971. Fez bacharelado em teologia por quase oito anos em faculdade Batista, foi missionário plantador de igreja durante cinco anos no interior do Rio Grande do Norte, é um eterno estudante da Bíblia, livre pra pregar o Evangelho puro e simples, pregador da Palavra e servo de Jesus Cristo.

Devemos ser testemunhas de quem?


Convite à Loucura Nº31 Os Cristãos devem ser Testemunhas de Jeová? 
    Vou procurar ser o mais conciso possível. Algumas pessoas dizem ser testemunhas de Jeová e procuram persuadir a outras a que sejam também! Dizem eles que todos estão errados em adorar o Deus da Bíblia e que eles são os únicos a adorarem Deus como realmente ele merece! Será? É o que veremos nesse folheto.
Testemunhas de Cristo Jesus.
     “Vós sois minhas testemunhas, diz o SENHOR, o meu servo a quem escolhi; para que saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” Isaías 43.10.

      Os Israelitas sempre foram testemunhas de Jeová, eles não falharam nessa tarefa. Contudo a questão é; nós os cristãos devemos ser testemunhas de Jeová? De acordo com a Bíblia, não. Devemos ser sim testemunhas de Jesus Cristo, Atos 1.8, “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”

     Ser testemunha de Cristo em todo mundo é o dever de todo cristão fiel.

       O foco do nosso testemunho é a ressurreição de Jesus Cristo. Atos 2.32; 3.15; 5.32; 10.39-43; 13.30-31. Nós do Convite à Loucura somos testemunhas de Cristo.
O Nome de Jeová.
       Andam de porta em porta ensinando suas doutrinas heréticas e uma delas é a questão do nome de Deus. Vamos à Bíblia!

a)     - A Bíblia, referindo-se a Jesus, diz que não há outro nome, pelo qual importa que sejamos salvos, Atos 4.11-12.

b)    - É por meio do nome de Jesus que recebemos remissão do nossos pecados, Atos 10.43.

      c) - A verdadeira Igreja deve se reunir em nome de Jesus, Mateus 18.20; 1Coríntios 5.4.

      d) - Na tribulação dos últimos tempos, os cristãos serão odiados por causa do nome de Jesus, Marcos 13.13; João 15.21; 1Pedro 4.14.

       e) - Para sermos filhos de Deus, devemos crer no nome de Jesus, João 1.12; 3.18. E aí por diante, poderíamos encher dez folhetos mostrando que; o que importa para o cristão é o nome de Jesus e não o de Jeová.

        O verdadeiro nome de Deus é o tetragrama, hebraico, YWHW. E esse nome é tão sagrado para o Israelita que eles nem ousavam pronunciá-lo, por isso eles preferem O SENHOR. Veremos o que realmente importa para os cristãos.

O Exemplo do Senhor Jesus.
         O Senhor Jesus nunca iniciou suas orações dizendo: “Deus Jeová.” Ou “Jeová Deus”, mas: “Pai.” Mateus 11,25; 26.39-42; Lucas 10.21; 22.42; 23.34-46; João 11.41; 12.27-28; 17.1-26. A oração modelo foi iniciada da seguinte maneira; “Pai nosso”, (Mateus 6.9; Lucas 11.2), e nos dá a conclusão de que o nome real de Deus não precisa ser invocado, principalmente com tanto destaque como ensinam as Testemunhas de Jeová. Não é necessário ser muito inteligente para deduzirmos que se fosse tão importante pronunciar o nome de Jeová, Jesus teria nos ensinado. Além do mais, o nome dado aos cristãos para que fosse invocado na nova aliança é o do Senhor Jesus; “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”  Filipenses 2.9-11.

Trindade.
       Os adeptos das Testemunhas de Jeová, e outras seitas heréticas, não creem na Trindade por não entendê-la como querem! Esse estudo se dirige a todos eles.

       É verdade que a palavra Trindade não está na Bíblia. No entanto, nem sequer a palavra bíblia está na Bíblia! E nem por isso deixaremos de crer na Bíblia. Não me deterei (por enquanto) a explicar o que seja Trindade. Até por que, existem milhares de livros tentando explicar essa difícil doutrina.

Perguntas que não querem calar!
       O que farei é algumas perguntas, e se forem respondidas de uma forma bíblica e convincente por esses hereges, seremos ganhos para a sua religião. Renegarei tudo o que escrevi e serei um deles! Então vamos lá!

       1)-Por que o verbo do capítulo 1 de João, que é Jesus, tem prerrogativas de Deus? O verbo é eterno v.1, é criador v.3; Colossenses 1.16-17; Hebreus 1.2. Como a Bíblia diz que Jesus é criador, enquanto que Isaías 44.24, diz que Deus Pai fez tudo sozinho?
       2)-Como pode, Lucas 2.11; Filipenses 3.20; 2Timóteo 1.10; 1João 4.14; e muitos outros textos dizerem que o Senhor Jesus é Salvador, e Isaías 43.11 e Isaías 45.21, dizem claramente que não há outro Salvador além de Jeová?

       3)-Gostaria que nos explicasse o porquê que em Isaías 42.8 e 48.11, diz que a Glória pertence a Jeová e que ele não a reparte com ninguém; enquanto que em João 17.5; o próprio Jesus reivindicava a Glória que ele repartia com Jeová, antes que houvesse mundo. Ou seja; no início, Jesus repartia essa Glória com Jeová.

       4)-Se o Deus Pai, Jeová é o “Senhor dos senhores”, Deuteronômio 10.17; Salmos 136.3. Como  pode, Jesus, o cordeiro, também ser o “Senhor dos senhores?”; Apocalípse 17.14; 19.16.

       5)-Qual a explicação para esses versículos; Mateus 1.23, Jesus é Deus conosco. João 20.28, Tomé chama Jesus de Deus e Senhor. Tito 2.13, diz que Jesus é o Grande Deus e Salvador. 2Pedro 1.1, diz que Jesus é Deus Salvador. 1João 5.20, diz que Jesus é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Apocalípse 1.8, diz que; aquele que há de vir, ou seja, Jesus; é o Senhor Deus, e, é Todo Poderoso.

       6)-Como pode ser explicado toda essa igualdade do Pai com o Filho? João 5.17-18; 23; 10.30; 14.8-9; 1João 2.22-23; Colossenses 1.15; 2.9.



        O próprio Jesus diversas vezes disse, claramente, ser Deus. A prova disso é que os Judeus achando isso uma blasfêmia, queriam apedrejá-lo. João 8.58-59 e João 10. 31-33. Se Jesus não estava dizendo ser Deus, por que então os Judeus queriam apedrejá-lo?

       Existem muitas outras questões que só a doutrina da Trindade Divina pode explicar, no entanto ficaremos só com essas que já são o bastante para calar aqueles que não crêem na Trindade nem que Jesus é Deus Todo Poderoso.

       Traga uma resposta convincente para cada questão, e nos ganhará para sua religião. Se vocês não têm respostas Bíblicas para essas perguntas, eu tenho; a Trindade é a única explicação Bíblica.

       Em Cristo

       Francisco Rodrigues Filho