sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Apostilas ANO 1

Convite à Loucura Nº1

 O que significa ser carnal?

   Vamos aprender nesse estudo que a pessoa carnal que desagrada a Deus, não é apenas um pobre bêbado ou drogado, vítima das circunstâncias da vida; o carnal que desagrada a Deus também são os religiosos hipócritas, arrogantes e presunçosos que acham que podem brincar com as coisas de Deus e sair impunes. Ainda têm aqueles que acham que se alguém gosta de tomar uma cervejinha é uma pessoa carnal. Os institucionais optam por uma abstinência rígida e acusam de carnais aqueles que não desejam se submeter a essas regras.
Diante disso:
A pergunta é: O que é ser carnal?
   Muito do que a igreja denomina carnalidade, não é! E o que é; ela não diz que é! Por exemplo: falam tanto em dividir o pão, mas, ela mesma não quer dividir o seu tesouro com ninguém, pessoas passam fome em sua calçada, enquanto eles ignoram esse fato.
Vamos ler Lucas 7.33-34 e ver quem era e quem não era carnal do ponto de vista de Jesus.Pois veio João Batista, não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!”O que os fariseus e escribas estavam querendo ver em Jesus — Abstinência rígida e um estilo de vida espartano — foi o que eles viram no ministério de João Batista, mas eles já o haviam rejeitado também.  Por isso Jesus disse que aquela geração era como meninos, não dançavam com a flauta, nem choravam com as lamentações (Lucas 7.31-32). O problema real residia na corrupção do coração deles, mas eles não reconheceriam isso. Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas Tito 1.15.
Carnal para Ele não é quem bebe o vinho, é o que não bebe e odeia aqueles que têm a coragem de bebê-lo, e continua não fazendo o que o outro faz apenas por medo religioso ou mera preservação da imagem. 
Observe que no texto o próprio Jesus foi chamado de bêbado ou beberrão que é a tradução literal do termo grego: inopo/////////thj(oinopótis)(bebedor de vinho).
Alguém acusaria Jesus de ser carnal? Ele bebia, e era acusado pelos fariseus de ser um beberrão! Esses hipócritas institucionais tentam tanto ser o “Espírito Santo” de seu próximo que se esquecem de ouvir a voz do Espírito para eles. Esse é o espírito farisaico institucional!

   Jesus viveu uma vida comum. Cristo sempre se revelou aos simples, e todo aquele que consegue enxergar divindade na simplicidade discerne a sua presença, (Lucas 10.21-24).  (leia o texto).  Jesus agradece a Deus por ele ter ocultado o conhecimento da salvação aos sábios e instruídos e revelou aos pequeninos. Deus revela Deus em Cristo, para que em Cristo possamos discernir Deus. Do contrário, estamos sem Deus no mundo.

  Observe cuidadosamente a bíblia e você verá que o que ela proíbe é a embriaguez, Efésios 5.18;“E não vos embriagueis com vinho...”. Isaías 28.7-8;“...estes cambaleiam por causa do vinho e não podem ter-se em pé por causa da bebida forte, são vencidos pelo vinho...”. Provérbios 23. 29-35; “Para quem são os ais? (...), os pesares? (...), as rixas? (...), as queixas? (...), as feridas sem causa? (...), os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada.”

Aquele que gosta de tomar uma cervejinha, sua consciência deve estar intacta. Ninguém, nunca na vida, deve vê-lo bêbado, nem cambaleante, nem errando o passo com o beiço meio caído, nem babando. Não existe nada que se deva prezar mais do que a inteireza de nossa lucidez. A maior onda de alguém tem que ser sua inteligência e sua lucidez e não é saudável negociá-la com nada, nem por coisa alguma. Provérbios 20.1,(O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio.), Não podemos deixar ser vencidos por bebida nenhuma, assim também como não nos deixaremos, confiando em Cristo, ser vencidos pela glutonaria, luxúria, ativismo religioso (necessidade obsessiva de servir a um sistema religioso, como se fosse ao próprio Deus). Pois, tudo isso, em exagero é pecado, e não somente beber uma cerveja.

   Esse papo institucional de que o vinho do Novo Testamento não embriagava, é conversa fiada, veja nesses textos o vinho relacionado com a embriaguez; Lucas 7.34; Efésios 5.18; Apocalipse 17.2, contudo, nunca se sabe que Jesus tenha se embriagado. Às vezes o vinho era até recomendado, 1Timóteo 5.23, e tinha como objetivo alegrar o coração do homem, mas não embriagar; Salmos 104.15; Zacarias 10.7; Deuteronômio 14.26. Com certeza Jesus nunca se embriagou, (João 8.46).

Alguém pode indagar: “E o texto de1Timóteo 3.2-3ª; que diz: ‘É necessário (...) que o bispo seja (...) não dado ao vinho.’” Ou seja; o texto diz que alguém que deseja ser bispo, não pode ser chegado ao vinho.

     Primeiro que a igreja proíbe todos de beber e não somente aqueles que desejam um cargo de liderança.

     Segundo que esse texto não está dizendo que o cara não possa gostar de vinho. Veja que no v.8, a recomendação para os diáconos é mais branda; “não inclinados a ‘muito’ vinho.” Muito vinho, significa dizer que deve haver coerência com o espírito de sobriedade e temperança. Um discípulo de Cristo não pode ser uma pessoa viajante, que vive fora de si, no mundo da lua devido à bebida. Não pode ser um camarada que prefere um estado de torpor à inteireza da sua consciência.

      A Bíblia não proíbe o indivíduo de tomar qualquer coisa que possa alterar a sua consciência, apenas se recomenda que seja moderado. Deve haver um nível de tolerância que nos leve à alegria, à boa experiência, ao relaxamento. Tudo isso é bom! Feliz, no entanto, é aquele que sabe o seu próprio limite.

O Discípulo mantém o Equilíbrio.
     O verdadeiro discípulo de Cristo mantém o equilíbrio. A gente não se equilibra indo para o pólo oposto, mas, nos equilibramos sendo equilibrados.
     Se você conhece alguém que bebe muito e realmente vê que aquilo é errado; daí você vai para o lado oposto, nunca colocando uma gota de bebida nenhuma na boca, e, no entanto, vive desesperado, julgando o outro o tempo todo. Desse jeito você também estará errando.
      É fato que a embriaguês é pecado, daí um bando de “crentão” de elite resolve virar a lei seca e determina que todo filho de Deus tem que ser assim, ficando no pólo de cá, julgando e apontando quem está no pólo de lá, mas, esse tipo de gente, nunca sabe viver no equilíbrio. Essa é a desgraça!

 Agora, atenção! Não pense que o que está sendo pregado aqui seja a libertinagem, se você é daqueles que não consegue dominar-se, o melhor é que não toque em bebida nenhuma, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus (Romanos 14.12). Esse folheto não é para fazer apologia a bebedeiras, mas o real problema é que os fariseus contemporâneos fazem um alarde em relação à bebida enquanto piores horrores são praticados em seu meio.
       A finalidade desse estudo é para que aquele que não faz; aquele que não bebe; não viva apontando e julgando aquele que faz; aquele que bebe! Com a arrogante presunção de achar que é melhor do que o outro. É isso que se deve evitar esse farisaísmo que se pode ver todos os dias sendo praticado nas denominações, ditas, evangélicas.

   Se há um conceito de “carnalidade” expresso por Jesus, ele não aparece em relação a quem bebe ou a publicanos, meretrizes e pecadores, mas sim, diretamente vinculado aos religiosos de seus dias.
 Para Jesus, de acordo com o evangelho, o homem carnal é, sobretudo, o religioso presunçoso e arrogante. É ele, o dono da verdade, aquele a quem o Senhor chama de hipócrita.  (Mateus 23.13-36).  A maior carnalidade para Jesus é não se enxergar e, ainda assim, ser capaz de julgar o próximo (Mateus 7.1-5). Cada um tentando ser o “Espírito Santo” do outro, e isso só revela cada vez mais sua carnalidade. E o pior é tentar cloná-lo; fazendo isso estão tornando seus prosélitos, duas vezes pior do que eles mesmos (Mateus 23.15).

    Do ponto de vista de Jesus um homem carnal é aquele nascido apenas da carne (João 3.1-15). Observe que não foi a um beberrão nem a prostitutas, seres que são apontados como carnais pelos fariseus, que Jesus disse que precisaria nascer de novo, mas a um “mestre em Israel”. Quem ousaria dizer uma coisa dessas a um presidente de convenção, a um conferencista itinerante ou a um pregador televisivo?
 Provavelmente Jesus falasse de novo nascimento entre nós exclusivamente entre os “mestres”, os bichões “formados”, os teólogos, os humanos que se sentem “concluídos” pela sua presunção de serem...

   O verdadeiro carnal não sabe que é carnal; afinal ele se vê como um ser acima de tudo e de todos, pois, em seu autoengano, está “formado”. Esse é, segundo Jesus, um carnal que precisa urgentemente nascer da água e do Espírito e se deixar levar pelas incertezas do vento.
    Lendo a Bíblia, não vemos Jesus associando “carnalidade” aos banquetes, às bebidas, às comidas, às festas, aos casamentos, às alegrias nas praças, aos erros humanos, ao cansaço, à irritação, à ira justa, ou mesmo à violência que, às vezes, somos obrigados a cometer. Ao contrário, veja essa sua afirmação em relação aos fariseus; (Mateus 21.28-32), diz Jesus que prostitutas, publicanos, e viciados de todo tipo, que apesar de serem, lutam, choram, caem e são levantados, tentam, se arrependem e não negam o que são, do contrário batem no peito e dizem: “Pai, perdoa-me pois sou pecador”. Esses entrarão no Reino antes dos hipócritas externamente religiosos. Ore, leia e medite nesse texto dando razão ao que estiver lendo e veja qual é o carnal designado por Jesus.


É isso que Jesus está afirmando!
  Observe este texto (Lucas 7.36-50) e veja que carnal, não é a mulher que vem da noite escura e ilumina a sala com seu amor, lágrimas e beijos nos pés de Jesus. Carnal para Jesus é o seu opositor cheio de justiça própria. A pobre mulher tida por todos como uma pecadora carnal e infeliz é a que recebe o perdão e o amor do Senhor Jesus. A maior carnalidade é não ser capaz de amar, ainda que equivocadamente, mas sim, a total falta de desejo de conhecer o amor (Lucas 7.47).        

    O carnal, para Jesus, é o fariseu, o hipócrita, o presunçoso, o arrogante, o seguro de si, o ser certo de suas certezas! Carnal é aquele que confia nos resultados de suas próprias produções legais, morais e religiosas. Portanto, de acordo com a Bíblia, o carnal é aquele que não se enxerga, mas vive da presunção de pensar enxergar o próximo. Carnal é um ser que se entristece com a manifestação da graça e do perdão.

    (Lucas 18.9-14), Veja que, carnal, para Jesus, é aquele crente que jejuava duas vezes por semana, dava o dízimo de tudo, que orava muitas vezes ao dia, e que agradecia a Deus em alto e bom som a bênção de não ser como o pecador que chorava culpado e aflito ao seu lado, sem nem mesmo ousar olhar para cima. Sim! O auto justificado, na visão dele mesmo, para Jesus, era o carnal!

     E pior ainda, para ele, carnalidade era não temer exercer o controle, comércio e juízo no território consagrado a Deus pelos homens (João 2.13-22).  O templo de Deus, que é esse território consagrado a Deus por ele mesmo, hoje, é nosso corpo, ou seja, o nosso eu que todo dia é explorado, por meio do dízimo, e tem sido um bom negócio para os cambistas atuais.

   Veja e observe que no episódio da mulher adúltera (João 8.1-11), para Jesus, mais carnal que a adúltera era a assembleia que se reunia, com pedras nas mãos, com o sádico intuito de apedrejá-la, na presunção de que isentos estavam do pecado. Aliás, todo aquele que aponta seu próximo, orgulha-se e vangloria-se de que não é tão pecador assim! Por isso, em Jesus, a carne, negativamente falando, é toda produção de arrogância humana, especialmente  a presunção do juízo sobre o próximo e sua tentativa de se auto justificar diante de Deus. E isso não inclui tomar uma cervejinha em dias quentes! (Isaías 64.6-7).

Conclusão:
   Carnalidade é não aceitar um convite para a loucura de Deus, e continuar a escandalizar-se como os gregos, intelectuais, judeus e todos os religiosos, que preferem optar pela sabedoria do mundo (1Coríntios 1. 18-25). Veja também o que significa ser um crente em Convite à Loucura Nº 06, e note que ser carnal é uma coisa antagônica ao ser um verdadeiro crente.




















Convite à Loucura Nº 02-03

  O Cristão deve dizimar?

       É comum ouvirmos frases do tipo: “O verdadeiro crente tem que dizimar”. Pode até ser para esses, que só quem é crente é quem dizima, contudo para o cristão, o discípulo de Jesus Cristo, para aquele que lê, ama e segue o evangelho, para esse, a Lei do Velho Testamento foi cumprida em Cristo, o qual nos justificou e nos livrou da obrigação de cumprir a Lei. Romanos 10.4; Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê. Gálatas 5.1-5, Romanos 6.14.

      O dízimo aparece na Bíblia? Sim! Pois é bíblico, assim como a guarda do sábado, a circuncisão, a necessidade de se oferecer sacrifícios, as festas religiosas, mas nada disso é para o cristão.
Tudo isso, incluindo o dízimo, pertence ao Israel antigo.

No primeiro século, não há registros de cristãos dizimando. As organizações religiosas adotaram Malaquias 3.8-10, para apoiarem a prática do dízimo. Os que querem viver do dízimo, querem que esse esquema continue sem se importarem se é bíblico ou não, e dizem: “Como a obra de Deus continuará sem o dízimo?” A “Obra de Deus”, naturalmente, significa assalariar o cargo de pastor e pagar as contas mensais para manter o edifício sem dívidas. O salário do clero é a raiz persistente detrás do constante empurrão para que as pessoas dizimem na igreja contemporânea. 

Muitos pastores sentem que é necessário pregar o dízimo e lembrar a congregação de sua obrigação de apoiá-los em suas programações. E usam uma promessa de uma bênção financeira para os que dizimarem, ou o temor de uma maldição financeira para os infiéis, e assim asseguram que os dízimos continuem sendo arrecadados.

      Deus se agrada daquele que não cobiça prata, nem ouro, nem vestes, Atos 20.33-35. Para pregar o evangelho não precisamos viver à custa de nenhum irmão (1Tessalonicenses 2.9).
Os falsos mestres eram quem pastoreavam por sórdida ganância (1Pedro 5.1-4). Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a Palavra de Deus...” (2Coríntios 2.17ª).

     Adotar Malaquias 3.8-10 como ensino doutrinário para cristãos, não passa de uma seleção arbitrária, onde se determina o que da lei nos é conveniente. Esse texto tem sua atualização na Graça, em 2Coríntios 8 e 9.
       A ideia de que quem não contribui é ladrão coloca aqueles que “cobram” no papel de sacerdotes-fiscais dos negócios de Deus aqui na terra. Agora, preste atenção: é certo que o cristão deve sustentar a verdadeira obra de Deus, Gálatas 6.6 nos diz que devemos fazer participantes de todas as coisas boas, aqueles que nos instruem. Ou seja, devemos sim, ajudar aqueles que nos ensinam, nos instruem, os que se afadigam no estudo para que o verdadeiro evangelho chegue até os crentes, sem adulteração. Isso sim é bíblico. Mas, não há uma quantia estipulada ( 2 Coríntios 9.6-9) ou que seja obrigatório (2 Coríntios 9.7) tinha que ser com alegria, de acordo com as posses de cada um (2Coríntios 8.11-15) e não por obrigação, ou quem não desse estava debaixo de maldição. O objetivo divino final era a igualdade e não o sustento de alguns que não queriam mais trabalhar, enquanto os irmãos que trabalham duro são oprimidos e envergonhados do púlpito, diante de todos.

      Veja no contexto de Malaquias 3.5 que as viúvas, os órfãos e os estrangeiros eram os dignos recebedores do dízimo. Por reter os dízimos, Israel oprimiu estes três grupos.
É aqui que está o coração de Deus neste texto de Malaquias.
Ele se opõe a opressão aos pobres.
 Não é que Deus queira o nosso dinheiro, ou que a obra de Deus vá estancar sem tal recurso, mas o propósito de alguns dizimarem era para ajudar os menos favorecidos para que houvesse igualdade ( Atos 4.34-35; Deuteronômio 15.4-5).
    No Antigo Testamento, os dízimos dos animais, cereais, frutas e legumes, eram para os levitas, da tribo de Levi, e para assistência aos pobres e necessitados (Levítico 27.30-32; Números 18.21-24; Hebreus 7.5).

     Com a morte e ressurreição de Jesus, todos os códigos cerimoniais, governamentais e religiosos que pertenciam aos judeus foram cravados em sua cruz e enterrados para sempre... Nunca mais usados para nos condenar ( Colossenses 2.13-17).
      O evangelho, acaso, apóia essa prática? Não! Não se encontra nenhuma base no Novo Testamento que sustente essa prática da lei do dízimo.
     Por que então essa “judaização” contemporânea em se obedecerparte da lei, quando sabemos por intermédio de Paulo que os que assim procedem têm o dever de guardar toda a lei? (Gálatas 5.3).
Atos 5.1-11.
      Talvez alguém, na tentativa patética de continuar a sugar os menos instruídos, diga: “Ora! Ananias e Safira em Atos 5.1-11 foram mortos por não ofertar aos apóstolos quando no início da igreja”.
Vamos analisar o texto. Podemos notar que ele fala da comunidade cristã primitiva, e expõe justamente aquilo que não se vê em uma instituição religiosa em nossos dias. Atos 4.32 diz que tudo lhes era comum. O versículo 34 diz que nenhum necessitado havia entre eles, pois vendiam suas propriedades e depositavam “aos pés” dos apóstolos, que distribuíam dependendo da necessidade de cada um. Veja que os Apóstolos distribuíam, e não ficavam para eles, para que o saldo de caixa da igreja fosse positivo.
     A diferença desses cristãos para as comunidades de crentes hoje é gritante. Hoje não há essa comunhão! Há muitos necessitados na igreja, ao passo que há outros esbanjando e esnobando riquezas materiais, fazendo vista grossa para o irmão que passa fome.
     As ofertas e dízimos não ficam nos pés, mas “na cabeça” dos líderes eclesiásticos de tal maneira que tudo que eles fazem, do sermão ao aperto de mão de um membro, é visando o lucro que terão com aquilo.
      Muitos pastores recebem a notícia de um novo convertido humilde quase com desprezo, e só falta soltar fogos de artifícios se esse novo convertido tiver dinheiro ou posição social, como um prefeito, por exemplo. São pobres almas avarentas que não cogitam sobre o ideal de Deus, e sim, no lucro, status e influência que aquela congregação vai ter com tal conversão.
      E para finalizar, o que o clero recebe como oferta ou dízimos não distribui com os necessitados, e muitas vezes são usadas para o conforto dos membros bajulados, afinal, eles são os contribuintes. Os pobres que se virem! É a lei de Mamom.
      São essas e muitas outras diferenças que há, da igreja atual para a Igreja do Novo Testamento.
      Esse texto de Atos 5 ensina que dá quem deseja. Dar sem desejar ou dar mentindo gera morte, não vida. Ananias e Safira morreram por terem traído a graça de dar ou não dar, ser ou não ser. Eram livres para não dar (v.4) não para mentir ao Espírito Santo. Dar não os tornaria maiores. Não dar não os tornaria menores. Mentir a Deus os destruiria!
      Se você é um líder eclesiástico, pare de mercadejar a palavra de Deus ( 2Coríntios 2.17ª). Se realmente você têm o chamado de Deus, arrume um emprego para se sustentar, e continue pregando o evangelho da Graça de Deus, sem cobrar nada! “... de graça recebestes, de graça daí.”( Mateus 10.8b).

“Porque vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus.” (1Tessalonicenses 2.9).

       Não há dúvidas que é obrigatório aos crentes sustentar a obra do Senhor financeiramente e ajudar os pobres generosamente, duas atitudes que as Escrituras ordenam, e o Reino de Deus também necessita. A Bíblia repetidamente afirma que os dízimos do Velho Testamento e as ofertas voluntárias do Novo Testamento têm o objetivo divino de igualdade entre os cristãos na grande família de Deus[1]. Hoje o principal objetivo das arrecadações, nada mais é do que enriquecer o alto clero, e o sustento financeiro dos traficantes da palavra. Enquanto filhos de pastores estudam em colégios particulares com mensalidades altíssimas, filhos de irmãos, amados por Deus, muitas vezes, não têm nem um chinelo pra ir para a escolinha do bairro.[2]
      Isso é igualdade? Essa é a vontade de Deus? Pelo amor de Deus! É verdade que o Novo Testamento encoraja os crentes a dar de acordo com sua possibilidade. Mas isso era feito, primeiro, para ajudar outros crentes (Atos 6.1-7; 11.27-30; 24.17; Romanos 15.25-28; 1Coríntios 16.1-4; 2Coríntios 8.1-15; 9.1-12; 1Timóteo 5.3-16). E segundo, sustentar Plantadores de igrejas (Atos 15.3; Romanos 15.23-24; 1Coríntios 9.1-14;16.5-11; 2Coríntios 1.16; Filipenses 4.14-18; Tito 3.13-14; 3João 1.5-8). Mas nunca para enriquecer ninguém, nem para engordar contas bancárias de nenhuma instituição religiosa.
      A “igreja” que quer ver os membros repartindo o que têm, não quer ver seu tesouro repartido.

Vejamos a História
        De acordo com historiadores, uns dos testemunhos mais notáveis da igreja primitiva estão relacionados em como os cristãos eram generosos aos pobres e necessitados. Hoje bem sabemos que os pobres que se lixem, quem mandou nascer pobre? A falsa piedade faz com que juntem “feirinhas” e outras coisas de que não precisam mais mesmo e dão aos pobres, depois se tocam trombetas na vanglória carnal de fariseus, como se algo de mais tivessem feito.
       No século III, Cipriano foi o primeiro escritor cristão a mencionar a prática de sustentar financeiramente o alto clero (isto é, os líderes da igreja). Seu argumento para apoiar essa prática era o Sacerdócio Levítico, o que representa um pensamento equivocado. O sistema levítico já foi eliminado. De acordo com a doutrina do “sacerdócio de todo crente”, expresso em Apocalipse 1.6; 1Pedro 2.5,9. Todos nós, agora, somos sacerdotes. Então, se um sacerdote exige o dízimo, todos os cristãos devem “dizimar-se mutuamente!”, ou seja, você me dá seu dízimo e eu lhe dou o meu! Um absurdo só!  (Leia Convite à Loucura Nº12).
        Nenhum escritor cristão antes de Constantino, além de Cipriano, jamais utilizou referências do Velho Testamento para solicitar o dízimo. Apenas no século IV, 300 anos depois de Cristo, alguns líderes cristãos começaram a defender o dízimo como prática cristã para sustentar o alto clero. Mas isso não chegou a ser comum entre os cristãos até o século VIII! Segundo um pesquisador, “nos primeiros setecentos anos isso (os dízimos) quase não foi mencionado”. Somente no final do século X, o dízimo passou a ser uma exigência legal para sustentar a igreja estatal, exigida pelo alto clero, e cumprida pelas autoridades seculares!

     Hoje, você não vai ser castigado fisicamente por não dizimar, mas se não for um dizimista será excluído das posições importantes do ministério. E sempre será culpado e agredido de cima do púlpito! É, ou não é assim? Digam se estou dizendo tolices!
    Importar o sistema bíblico do dízimo praticado pela antiga nação de Israel para nossa cultura hoje, no mínimo, é desonesto, heresia, falta de respeito pelas Escrituras e falta de amor para com Deus e o próximo.
    Hoje pra todo lugar que se olhe na igreja, se vê pobres necessitados e outros brincando com dinheiro, e o pior é quando o pastor se inclui nesse último. Observe que a última palavra na igreja geralmente é desses irmãos abastados, são os donos da igreja. Afinal de contas eles são os investidores, ou seja, aqueles que têm o maior número de ações (título de propriedade, representativo duma fração do capital satânico). Pelo amor de Deus!
    É irritante observar que você não encontra um livro nas livrarias evangélicas que ensine sobre o dízimo de forma correta, afinal de contas, todos são escritos por pastores e teólogos, pelos dízimos sustentados. Sendo assim, falta-lhes coragem e honestidade para se pregar a verdade. Que Deus tenha piedade desse sistema institucional religioso de nossos dias!
      E para os que foram expulsos de sua denominação, não fiquem tristes, Deus os ama. Reúnam-se dois, quatro, cinco, dez amigos, comecem a ler a palavra, orar, peguem algum livro, ou esse folheto, leiam um capítulo, discutam sobre aquilo que foi lido, leiam mais a palavra, discirnam devagar, aprendam, exortem-se uns aos outros. Evangelho é isso! O resto é vivê-lo no dia-a-dia!
Vocês acham que para ter evangelho tem que ter templo, placa, sino, cruz, púlpito. Pelo amor de Deus! Nós somos discípulos de Jesus, e não pagãos.
     E aos pastores e líderes que querem ganhar muito dinheiro, segue um conselho: Parem de trabalhar visando o lucro final, preguem o evangelho sem nada ganhar, a não ser o elogio do Senhor: Muito bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades”. (Lucas 19.17).
     Vocês verão como o Espírito Santo lhes usará maravilhosamente, pois vocês não temerão dizer a verdade. Não dependerão do sustento de ninguém, a não ser de Deus (Gálatas 1.10) Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” 

    Não somos contra os obreiros serem sustentados pelos irmãos, afinal isso é bíblico, o que somos contra é o camarada dizer que é um vocacionado que ama, e dá a vida pela obra de Deus, mas, na verdade, o que ele faz é visando o lucro financeiro.

    Queira ou não, o líder que recebe um gordo salário da igreja, vive do favor de homens, e assim sendo, procura agradá-los e dessa forma deixa de servir a Deus para ser servo de homens! Leia 1 Tessalonicenses 2.4-6, e veja que Paulo negou ser um pregador bajulador que tentava passar impressões favoráveis a fim de obter influência para benefício próprio, como a maioria dos pastores fazem em nossos dias!


Conclusão:
      Caros líderes, Não sejam como pastores que pressionam pobres missionários que estão no campo, pobres no sentido de pobreza espiritual, e não por que são coitadinhos, pois na ânsia de serem bem vistos por seus pastores, cobram dízimos de ovelhas que às vezes não têm nem o que comerem.
     Correm atrás do dinheiro para manter esse circo rodando para o “bem da causa do evangelho”. Que causa? E que evangelho?! Aquele a quem eu sirvo nasceu num coxo de dar comida para animais e morreu sem ter onde reclinar a cabeça!
      Pensem nisso!





























Convite à Loucura Nº 05 

Convite à loucura !
         O título do informativo mais apropriado foi esse, já que, a cada folheto o escândalo da graça nele contido,[3] revela, no poder de Cristo, a pessoa que está, ou no processo de salvação, ou no processo de destruição.[4] Os que rejeitam a Cristo, os quais estão no processo de serem destruídos, são pessoas que carregam em sua existência essa obsessão religiosa, achando que a instituição com seus rituais e programas é tudo de bom nesse mundo! Esse tipo de gente não pode aceitar as coisas do Convite à Loucura! (1Coríntios 2.14). O evangelho da graça é loucura (1Coríntios 1.18).[5] Para aqueles que são cristãos, é sabedoria poderosa.

      Os que escrevem contra, irão adorar esse título, pois é o que dizem sobre esse trabalho; que é loucura! “...mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” (1Corintios 1.24-25).

     Esse número do folheto é para explicar-lhes o porquê desse nosso trabalho, além de evangelizar!

     Ele é pra quem está se sentindo como ovelha em meio aos lobos dentro da instituição religiosa em que se encontram. É para quem esta no meio da “igreja”, aceita o que vê e escuta só por querer estar bem com todos, pois acha que assim viverá em paz, mas, sabe que há algo de errado!

       Este livro é para quem não acredita mais nas instituições religiosas porque não vê atitudes cristãs lá dentro. Jesus também sentiu a mesma coisa em sua época. Veja o que Cristo disse: (Mateus 23.1-12). Então, falou Jesus ás multidões e aos discípulos: Na cadeira de Moisés,[6] se assentaram os escribas e fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas.[7] Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens. Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é o vosso Mestre, e vós todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é o vosso Guia,[8] o Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar, será exaltado”.

       Este trabalho é para quem sabe que existe alguma coisa errada, mas não consegue explicar o que é, mas sente que há alguma coisa errada. Pessoas que passaram a vida toda sentindo que há algo errado com o cristianismo, pessoas que não querem ver isso, mas sabem que há. Sabem que há algo diferente da mensagem de Jesus, da igreja primitiva.

      Há dois grupos de pessoas que não têm essa consciência, são eles: aqueles que ainda não acordaram para essa realidade, e aqueles que nunca acordarão, pois estão embriagados com o sistema religioso e gostam disso. Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo. Porém, que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?[9] (Jeremias 5.30-31).

      Quem não tem o Espírito Santo, esse não pertence a Deus (Romanos 8.9), e sem a direção do Espírito Santo a pessoa só procura seguir seus desejos carnais, emoções e seu coração que é o setor mais corrompido do ser humano; Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9). Mas a palavra de Deus, que é bom, nada! Esse tipo de gente só lê a Bíblia como quem lê um horóscopo, pra saber o que vai acontecer com suas míseras vidas, mas o que guia mesmo essas pessoas são sonhos, visões, arrepios e todo tipo de bobagem que um “bruxo cristão”, denominado de pastor, vocifera de cima de um púlpito. É isso que esse tipo de gente deseja, e não o verdadeiro conhecimento.

       Mas, para o crente verdadeiro que tem a consciência do evangelho, sabe que há algo errado, e é justamente esse sentimento que fará você ler este periódico, pois estou falando do sistema religioso atual. Esse sistema está bem montado, durante anos tem enganado a todos, nos usado por dinheiro e poder, você vê esse sistema quando vai aos cultos[10] ou quando assiste aos programas religiosos de televisão, quando compra CD`s evangélicos, quando financia construção de templos, quando pratica a lei do dízimo. É o cristianismo que foi colocado diante dos seus olhos para que você não visse a verdade. E que verdade é essa? É que você é um escravo da Lei. Você acredita que precisa se submeter a líderes sacerdotais e sustentá-los, colocando-se sobre um jugo de servidão como uma prisão pra sua mente. (Gálatas 5.1).

       Infelizmente as pessoas acham mais difícil viver na graça,[11] foi exatamente por isso que crucificaram Jesus.

Esta é a sua chance, depois não há como voltar. Se parar agora de ler os meus folhetos, você continuará sua vida normal, vivendo na lei, servindo e acreditando nos lobos. Mas, lendo os folhetos, um após o outro, você conhecerá a verdade e viverá na graça, tomando posse daquilo que Jesus conquistou na cruz. Quem quiser continuar escravo desse esquema, como muitos quiseram, o problema é seu. Mas, se do contrário, quiser libertar-se, lhes ofereço a verdade do Evangelho, sem máscaras, sem maquiagem, sem hipocrisia e sem interesse financeiro, de graça, com graça e na graça de Deus.
  “Disse, pois, Jesus aos Judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8. 31-32).

    E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos (Efésios 2.5).

    Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mateus 22.36-40).

      Essa escolha, só você pode fazer; nem Deus lhe forçará a isso!    

 Mas, lembre-se! Tudo o que lhes oferecemos é a verdade; nada mais!

























Convite à Loucura Nº 06 

O que significa ser um crente?
     Aqueles que estão em uma “matrix” institucional, isto é, enganados pelo papo de desgraça do sistema religioso atual, têm me acusado de ter-me desviado do caminho certo. Na boca deles estou “afastado”, não sou mais crente!

A pergunta é: O que significa ser um crente?
     Na concepção da maioria, crente é aquele camarada que se identifica com uma sigla, uma nomenclatura, é membro de um clube; “É crente da primeira igreja num sei de onde, é crente da igreja pentecostal fulano de tal, é crente da igreja de sicrano renovada do Brasil, é crente da igreja assembleia de um deus qualquer”, e por aí vai. Eles não sabem o que é ser crente, não sabem nem o que significa ser evangélico. Para pessoas que acham que ser crente é ser isto, eu respondo que não sou mais “crente” justamente por ser crente demais!

O que devemos ser!
      Devemos, em nome de Jesus, ser crentes, evangélicos, discípulos, cristãos, ser homens de Deus, sem compromisso nenhum com a própria sobrevivência, e com todo compromisso em morrer pregando o evangelho da graça de Deus até o talo, doa a quem doer. Sim! Não devemos ter medo de morrer, pois o que ainda tem esse pavor da morte, não pode ser crente, pois não confia em Cristo Jesus (Hebreus 2.14-15).
     Jesus, através da sua morte e ressurreição, destruiu o poder que o diabo tinha, na morte, sobre nós. Livrou-nos do “Pavor” grego: fo///boj, (phobos) da morte, e nos libertou dessa escravidão (João 14.19).

Para o crente verdadeiro, Tragada foi a morte pela vitória”, (1Coríntios 15.54). Portanto o pavor da morte e sua escravidão espiritual foram destruídos por meio da obra de Cristo.


Crentes Televisivos
      Crente é o ser que diz: “O evangelho em mim encontrou morada”. Esse é o crente, o evangélico, o cristão, o discípulo, é o indivíduo que se deixou qualificar pelo conteúdo do evangelho!

Os crentes contemporâneos vão diante das câmeras de um circo espiritual e dizem: “Bom! Eu saí da igreja católica”, ou, “eu deixei um centro espírita, numa situação bastante angustiante, fui para a igreja, recebi uma oração, um demônio saiu de mim, fui batizado nas águas e agora eu creio no Senhor, confesso a palavra, vou às reuniões, frequento as correntes de oração, e, em troca disso, o Senhor tem me abençoado, já estou conseguindo comprar um carro novo, já determinei até a melhor marca do carro” isso é ser “crente” na concepção deles! O que, na verdade, não tem absolutamente nada a ver com o evangelho. Essas pessoas têm um compromisso com um clube humano fraterno, ao qual eles são fieis, porque são pessoas mal resolvidas, com famílias destruídas, sem vínculos afetivos estáveis, e que, encontra naquele ajuntamento de pessoas, a mesma coisa que um camarada criado na rua encontra numa turma de malandros, ou seja, acolhimento, afinidade. Por causa da carência, ele se envolve com aquilo sem saber bem o que é, ele só sabe que o nome de Jesus é invocado ali, que tem gente que se arrepia, grita, chora, bola pelo chão, sabe que tem um poder que vai descer de algum lugar, e ele grita: “ALELUIA!”. Mas esse indivíduo não sabe o que é ser evangélico, nem conhece o evangelho. Eles acham que Deus deve servi-los. O que eles creem e pregam não é a verdadeira palavra de Deus. Só que para ser um crente, discípulo, é necessário permanecer na palavra de Cristo (João 8.31-32).


      Ser crente é odiar sua vida neste mundo, e não determinar que ele se torne o seu céu (João 12.25; 18.36). O Reino de Cristo, do qual todo crente faz parte, não é deste mundo!



Rol de membros
       Existe a seleção dos salvos e alcançados, que a instituição inventou; o tal do “Rol de membros”, é ele, de acordo com a cabeça dos religiosos, que determina a listagem escrita no livro da vida! Nele, só entra os contabilizados no censo interno, na membresia. Essa prática não tem nada a ver com a verdade em Cristo, pois Jesus via quem era quem, e quem deseja o que em relação a ele. (João 2.23-25; 10.1-16).

       Esses que se acham crentes, mas não estão firmados em Cristo e nem em sua palavra, geralmente cercam-se de mestres de acordo com suas próprias cobiças, são líderes que tem espírito de fariseus, donos dos templos, chefes de religião, construtores de tradições humanas, cobradores dos impostos da alma, são os que determinam o modo como o ser humano deve ser. E os “crentes” que não são crentes se recusam a dar ouvidos a verdade, e entregam-se as falsas ideologias que se opõem a sã doutrina (2Timóteo 4.3-4).

Crente é o que se rende à graça!
        Repetindo, crente é o individuo que se deixa qualificar pelo conteúdo do evangelho da graça! Que mostra uma vida de graça, liberando e repassando a graça de Deus. É aquele que ama tanto a Deus quanto ao semelhante (Mateus 22.34-40; 1João 4.7-8; 1João 4.16; 1João 4.20). É aquele que crê para a salvação, e isso não é crer em Jesus como pessoa somente, ou como Deus somente, e sim, crer no que ele ensinou (João 5.24) “... quem ouve a minha palavra (...) tem a vida eterna. (...)passou da morte para a vida.”O crente é aquele que crê no que Jesus veio fazer nesse mundo, ou seja, trazer a salvação pela graça, e de graça.  Hoje os crentes acham que são, mas muitas vezes não creem que estão, de fato, salvos. Isso é duvidar da graça, não confiar, e nem crer no que Jesus ensinou. 

A descrença em Jesus
      A verdadeira descrença em Jesus, não é não crer nele, é não crer na graça por ele trazida! E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade... (João 1.14). porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.” (João 1.16).  O camarada diz que é crente, que é cheio de fé, mas quando as coisas não acontecem como ele esperava, volta a amar o mundo como antes.

     Sabe por que acontece isso? É porque não é fé que estava no coração desse camarada, e sim, crença, credulidade, e isso não é melhor do que aquelas ensinadas nos terreiros de macumba. O crente que é discípulo, que é cristão, evangélico, que é verdadeiramente um homem de Deus está preparado, o próprio Cristo o preparou para a vida, para a morte, para a cura, e para morrer sem cura, para saber e para não saber, para a revelação e para o mistério. Cristo nos prepara para o que der e vier! Pois sabemos que ele é o princípio e o fim, que é o alfa e o ômega. Sabemos que ele há de vir. Por isso venha o que vier, o crente vai poder naquele que lhe fortalece todos os dias! (Filipenses 4.13).

     O que pregamos aqui não é doutrina, no sentido de catequese cristã, mas uma consciência espiritual, fruto do entendimento do significado da cruz, é a consciência do evangelho da Graça.

     Tudo o que escrevemos só é ruim para o diabo ou para os diabos institucionais que nos rodeiam, pois nos acusam de liberais, exagerados, provocadores, de estarmos auto justificando nossos pecados. Mas, a aversão deles é o fato de estarmos pregando sobre a graça, a certeza da salvação, pois eles sabem que pregar a certeza da salvação liberta o povo, pois o que é pregado por eles dia após dia, ano após ano, é a incerteza da salvação, e por que isso? Porque isso mantém o povo dependente da validação da salvação pelo autodesignado cartório celestial, assim, em sua arrogância eles dizem quem é, quem não é, quem está, quem esteve e quem perdeu. E o povo não vê que, isso sim, é heresia, exagerado e provocador.




Conclusão
    
     Tiago 4.12 diz: Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer, tu, porém, quem és, que julgas o próximo?A palavra grega para “julgar” aqui é kri////nw (krinô), literalmente, nesse contexto, é: formar e expressar uma avaliação ou opinião quanto a qualquer pessoa ou coisa, mais frequentemente desfavoravelmente. É o que estão fazendo conosco, espalhando entre eles que estamos afastados, pregando heresia e que não somos mais crentes.
      O Senhor lhes repreenda!




























Convite à Loucura Nº 07 

Qual é a “igreja” verdadeira?
       Alguns têm nos perguntado, diante de tudo o que já escrevemos: qual é a verdadeira “igreja”? A resposta para essa pergunta é simples, e, ao mesmo tempo, chocante: NENHUMA!

       Quando se diz que nenhuma “igreja” é verdadeira, nos referimos às “igrejas institucionais”. Não se pode falar da verdadeira Igreja de Deus no plural, pois ela é singular. Não existem muitas igrejas, mas uma só. Já templos, que frequentemente se confundem com igreja, existem milhares. Essa confusão não pode existir. Só existe por causa de pessoas irresponsáveis que introduziram esse conceito na cabeça do povo.

         Existe a frequente confusão de reunião “da” Igreja com reunião “na” igreja, como se o templo fosse a própria Igreja. É preciso que não se confunda a igreja de Deus com reuniões de pessoas em prédios com placas de identificação.

        Tentaremos mostrar a grande diferença de “igrejas,”[12] para A Igreja. Veja que “igrejas” são estabelecidas por homens, já a Igreja foi estabelecida por Deus. As “igrejas” são visíveis, a Igreja é invisível. As “igrejas” são comandadas por homens, a Igreja é comandada pelo Cristo de Deus.

      Muitos fazem parte das “igrejas”, mas desses, poucos são da Igreja. E você de qual delas faz parte? Você acha que Deus habita na sua igreja? (Atos 7.48). O altíssimo não mora em casas construídas por seres humanos. Há até aquela jactância que diz: “A mão do Senhor está nessa igreja.” Ou “a igreja fulano de tal; o Senhor está aqui.” É ou não é assim?

       Hoje, tanto Deus, como suas bênçãos estão limitados a templo “A” e “B”. Mas isso só existe na cabeça de líderes adoecidos pelo poder. Não chamem de casa de Deus, catedrais, capelas e templos com suas logomarcas na fachada. Você, sim, é a casa do Deus vivo!

Vamos à Bíblia!
          Isaías 66.1-2: Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso? Porque a minha mão fez todas as coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra.” Não precisa ser um “professor” de seminário para ver que esse texto do livro de Isaías inicia o resumo final de sua profecia com um lembrete de que Deus não está interessado em templo de pedras, desde que, como criador de todas as coisas, o universo inteiro é o lugar de sua morada. Para que ninguém diga que estou fora de contexto, veja que Estevão também usou esta passagem para apontar o erro do sinédrio de limitar Deus a um templo feito por mãos humanas, (Atos 7. 49-50). E não é isso que acontece em nossos dias? A verdade é que 90% das instituições religiosas estão tentando servir a Deus com a mesma dureza de coração vazio que tinha os judeus no tempo de Isaías. Estão limitando Deus a uma caixa de concreto, e pregando que é ali que Deus está!

         Deus não quer que as pessoas procurem um templo, como é ensinado pelos fariseus modernos, ao contrário, ele é quem procura por corações em que possa morar, corações que sejam quebrantados, e não preso às formas externas de religiosidade.

 Focalizam tanto os templos, que chegam a confundir templos com Deus. Já ouvi pastores ensinarem que estou trabalhando para acabar com a igreja. Isso é mentira!  O que escrevo não é contra nada, nem ninguém, mas, defesa do evangelho.

     Quando alguém diz: “Não posso ir hoje para a igreja, pois tenho que trabalhar!” Em sequência ouve-se essa orientação: “Irmão! Você precisa colocar Deus acima de tudo!” Só que essas reuniões não são Deus, nem são a Igreja verdadeira de Cristo aqui na terra. E o que elas são? São aglomerações, ajuntamento de pessoas. Algumas, quase todas, são propagadoras dos falsos Cristos, dominados pelos falsos profetas que operam sinais e prodígios enganadores (Mateus 24. Versículos 5,11,24).

       Se você visitar alguns seguimentos que se dizem evangélicos, verá que cada um deles apresenta ao público crédulo um Jesus diferente. Como Jesus disse: Virão muitos em meu nome, dizendo: “Eu sou o cristo, e enganarão a muitos.” Vá a alguns desses lugares e você verá que existe Jesus milagreiro, cujo único propósito de existir é só pra fazer milagres, principalmente para aqueles que dão ofertas generosas. Existe Jesus que escolhe alguns para dar o “dom” de falar umas línguas esquisitas que para nada servem a não ser inflar o ego daqueles que a falam. Existe um Jesus milionário que promete enricar aqueles que o seguirem, diferente do Jesus da Bíblia que não tinha nem onde reclinar a cabeça. É Jesus materialista, Jesus pragmático, Jesus molenga, Jesus que permite o homossexualismo, Jesus bruxo, enfim, existe Jesus pra todo gosto e pra todo credo. Vieram e ainda vêm, muitos e muitos dizendo: “eu sou o Cristo” e estão e estarão enganando a muitos. Tendo a certeza disso, afirmo: “Nenhuma igreja visível é a verdadeira igreja de Deus, pois a Igreja de Deus é invisível e não tem nada a ver com essa coisa que está aí!” Apesar de a Igreja invisível estar na igreja visível, ambas não são a mesma coisa.[13]

       Aquele que, mediante a graça de Deus, adentra em sua Igreja, nunca mais sai. Já as igrejas institucionais frequentemente estão aplicando a chamada “disciplina cirúrgica”, onde, quando algum membro desobedece ou não se submete ao alto clero é expulso, ou proibidos de praticar seus rituais institucionais. Sem nenhum aviso prévio são excluídos do censo interno, da membresia, do “rol de membros”. E depois, são pressionados psicologicamente.

       Eles acusam os que estão fora da igreja institucional de estarem perdidos, afastados, não salvos. Essa ideia implica que é a instituição que salva, com isso cometem a mesma heresia da igreja católica em seus tempos de detentora do monopólio da salvação! Esse povo até para copiar heresias é ruim, ao copiar seus irmãos católicos medievais. Pra você ter uma noção, eles usam Mateus 18.15-20, para apoiarem essa prática de expulsar alguém do seu reduto. Só que, observando o texto, veremos como esses infelizes são hipócritas, pois usam o texto bíblico para satisfazerem seus desejos esdrúxulos. Esse texto não fala tanto de disciplina, mas fala principalmente de PERDÃO.

       Vejamos bem o texto: Se teu irmão pecar [contra ti], vai arguí-lo entre ti e ele só.(...) Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas (...), E, se ele não os atender, dize-o a igreja... Então, Pedro, aproximando-se lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” O objetivo desse processo é a restauração. E não a disciplina cirúrgica. Fala da insistência de ganhar de volta o irmão que está em pecado, de trazê-lo de volta.

      Os hipócritas dizem que estão obedecendo a Deus, cumprindo o que está escrito, e terminam desobedecendo ao que está sendo dito aqui, pois eles expulsam famílias inteiras da caixa de concreto em que eles se reúnem, e saem espalhando entre eles mesmos que aquela família está fora dos caminhos de Deus. A Igreja de Deus deve ser um lugar de inclusão dos perdidos e daqueles que são excluídos do mundo, mas as instituições só acomodam dizimistas, “santos” e todo tipo de idiotas que têm mentalidade de rebanho.Que prepotência desses fariseus contemporâneos. Que arrogância, raça de víboras, covil de serpentes venenosas, destilando veneno em nome de um Deus de amor e misericórdia.

        Se estiver escrevendo heresia, por que escondem meus folhetos da congregação? Por que não colocam por terra essa heresia?

Sabe por que muitos crentes verdadeiros são expulsos desse covil de salteadores de almas? É porque eles não querem, não desejam crentes lá dentro! Não, eles desejam ver seus prédios cheios de gente, para que as arrecadações sejam fartas, mas, não de crente! Crente só serve para encher o saco dos pastores. Crente, para os líderes da igreja de hoje, só dão prejuízo, pois eles inevitavelmente estudam a Bíblia e são, claro, levados a verdade de Deus, aí, começam a questionar o que se vê lá dentro, e isso não é bom para o negócio clerical. O estudo da Bíblia inevitavelmente leva o estudante à verdade. Verdade essa que o estudante pode aceitar como eu fiz, ou pode trocá-la por dinheiro, entrar no “esquemão”, vender a alma, preferindo e amando as facilidades que o mundo oferece do que ser fiel a Deus e a sua palavra. Essa última parte, eu escolhi, como Moisés que depois de adulto, recusou ser chamado filho da filha de faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto, considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão (Hebreus 11.25-26).

      Enquanto me acusarem de estar sem igreja, eu vou sendo igreja. Leia 1Pedro 2.5, e veja que cada crente é casa espiritual. Os judeus estavam acostumados a irem ao templo material de Jerusalém, a fim de adorarem. Agora o crente é o próprio templo, e Deus vem nele habitar. Assim se estabelece uma forma muito superior de adoração.Deus, o Espírito Santo, passa a residir para sempre no seu santuário terrestre, a Igreja, ou seja, todos os remidos (1Coríntios 3.16; 1Coríntios 6.19-20). O corpo do cristão é templo do Espírito Santo. Todo crente é santuário do Deus vivente, pois ele nos garantiu que andaria conosco, e seria nosso Deus (2Coríntios 6.16).

     Nunca mais deixe nenhum desses vampiros interferirem na sua consciência. Se você é um crente verdadeiro no Senhor Jesus,     você é Igreja, você não vai à igreja, você é Igreja, onde quer que você vá, você é a verdadeira Igreja de Deus, pois ele habita em você.[14] Isso não quer dizer que você deve deixar de se reunir com outros irmãos, não; a comunhão é vital na vida cristã,[15] só que não precisa ficar preso a uma instituição religiosa, fazendo-se de boneco de marionete nas mãos de homens pecadores como você. O próprio Jesus disse que onde estiverem dois ou três reunidos em seu nome, mesmo que cobertos com folhas de bananeira, ali tornou-se uma “catedral”.

      Não se deixe escravizar por uma arrogante minoria que se proclama homens santos de Deus, os quais, na realidade, seu deus é o ventre, o dinheiro, e, sua principal arma é a mentira diabólica. Leia Mateus 24.24-25.























Convite à Loucura Nº 08 

  Onde está o sábio?
     No passado, 23 séculos atrás, na Grécia, um ateniense, chamado Sócrates, foi a um santuário consultar um oráculo, entre os gregos antigos, essa pessoa especial costuma ser uma mulher chamada Sibila. Em Atenas, onde Sócrates morava, muitos diziam que ele era um sábio, e ele desejava saber o que significava ser um sábio, e se ele poderia ser chamado de sábio. O oráculo perguntou-lhe: “O que você sabe?” Ele respondeu: “Só sei que nada sei”. Ao que o oráculo disse: “Sócrates é o mais sábio de todos os homens, pois é o único que sabe que não sabe”. Sócrates, como espero que se saiba, é o patrono da filosofia.

     Queridos intelectuais e queridas intelectuais, como dizia Sócrates, começamos a buscar o conhecimento quando somos capazes de dizer: “Só sei que nada sei”. 1Coríntios 1.21: Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação”.

     Sócrates era o homem mais sábio, por ter chegado a essa maravilhosa conclusão de que não sabe. Ele deve ter dito: “Descobri que não descobri. Agora sei que de fato não sei”.
      Se eu tenho a ousadia de pegar em uma caneta para escrever, essa ousadia foi-me dada por Deus! Se me acusam de não ter o chamado de Deus, por ter desistido da congregação em Governador, eu digo: “Agora entendo qual foi o chamado de Deus pra minha vida!” Sabe qual foi? Lutar, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3). Defender o evangelho da graça de Deus, contra esses fariseus contemporâneos.
         Como já falei antes, sou um caminhoneiro sem formação acadêmica, mas pela graça de Deus, fui escolhido e chamado por ele, sem nenhum mérito da minha parte, pra pregar a verdade em uma época onde aqueles que deveriam estar fazendo isso, só pensam em dinheiro, riquezas, fama e aplausos do mundo. 1Coríntios 1. 27-28: Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aqueles que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”
      
Os Teólogos
          Talvez fosse melhor não falar dos teólogos, pois no meio deles têm homens santos. Têm alguns que admiro, gosto de outros, me espelho em poucos. Mas na sua maioria são uma raça orgulhosa. Dissecam um monte de assuntos que para nada servem no Reino de Deus, e esquecem-se do principal. Inumeráveis são suas sutis tolices, mas evangelizar que é bom, nada! Empenham-se tanto no estudo de besteiras, estendem-se longamente tratando da quadratura do círculo que não lhes sobra tempo sequer pra folhear uma vez ao menos a Bíblia Sagrada. E enquanto nos seminários se divertem com futilidades em papos descontraídos e hilariantes, acreditam que a Igreja de Deus se sustenta em seus silogismos e que ela haveria de ruir sem eles. Moldam e remodelam, a seu bel prazer, como a cera, as Escrituras Sagradas.
       Não, eu não sou teólogo, mas escrevo, e continuarei a escrever, enquanto vida, aqui na terra, tiver. Apesar de tudo que escrevi sobre os teólogos, pior do que eles são aqueles que não são, mas, agem como se fossem. Idiotas que nem a Bíblia conhece direito, animadores de auditórios, contadores de piadas, amantes da psicologia e pais de santo, dando uma de pastores. Mas, o que tenho mesmo contra essa gente, que nem teólogos são, mas na sua presunção, acham que são, é que; quando vão “ensinar”, ou “pregar”, leem apressadamente algum relato bíblico,  quando explicar o evangelho deveria ser sua única tarefa. Depois descarregam diante da multidão ignorante silogismos maiores e menores, conclusões, corolários, suposições e outras doidices frias e tipicamente escolásticas, sem terem a mínima ideia do que estão falando. O evangelho que é bom, nada! Diante disso Deus levanta um pobre caminhoneiro pra pregar o evangelho, e o que acontece? Essa raça orgulhosa, logo levanta-se contra mim, e tem a ousadia de pensar que Deus é seu cúmplice.

Seminários
      O traçado de um labirinto é menos complicado do que as bobagens que se estuda nessas escolas de pastores. Fiz quase oito anos de seminário e ainda estava longe de concluí-lo. Pelo que vi, meus dentes iriam cair de tão velho que estaria na conclusão do mesmo, se tivesse continuado.

       Nas disciplinas de: ”planejamento estratégico, psicologia 1 e 2, gerenciamento de recursos humanos, aconselhamento cristão, liderança, produção textual 1 e 2 e muitas e muitas outras baboseiras seculares que se veem no seminário, há tanta erudição e tanta complicação que os próprios apóstolos teriam que receber outro Espírito Santo para poder discutir esses assuntos com esse magote de teólogos. Na verdade, por outro lado, não seria justo esperar dos apóstolos o ensino de coisas tão difíceis, das quais seu mestre jamais dissera qualquer palavra.

Alguém poderia nos dizer, qual o seminário que Paulo frequentou? Ou Pedro, que foi chamado por Jesus  pra apascentar suas ovelhas? Ou Estêvão, João, Marcos, Mateus?  E Cristo?

A História
        Qualquer um que estuda um pouco de história verá que na igreja primitiva não tinha Novo Testamento, nem teologia elaborada, nem tradição estereotipada. Nada dessas coisas, muito menos essas doutrinas complicadas que se veem hoje nos seminários.  Os homens que levaram o cristianismo ao mundo dos gentios não tiveram nenhum treinamento especial, tiveram apenas uma grande experiência na qual todas as doutrinas morais e filosofias foram reduzidas à simples tarefas de caminhar na luz, pois a luz havia chegado. Cristo é a luz, e aquele que está com ele, recebe conhecimento que procede do Santo (1 João 2.20).

    O conhecimento teológico não prepara ninguém para o ministério. Isso não quer dizer que o conhecimento de mundo, da história da igreja, de teologia, de filosofia e de obras escritas são coisas sem valor. Tais conhecimentos podem ser muito úteis. Mas isso não é central. Somente a competência teológica e o intelecto de alto potencial não qualificam uma pessoa para servir na verdadeira casa de Deus.

        A ideia de que homens e mulheres formados pelo seminário ou pelas faculdades bíblicas são pessoas devidamente “qualificadas” é errônea, assim como tratar os que não passam por essas formações como “desqualificados” é um engano.Usando esse “padrão”, muitos vasos selecionados do Senhor não passariam por esse teste. Jesus e os doze apóstolos não eram eruditos: Então, os judeus se maravilhavam e diziam: Como sabe este letras, sem ter estudado?”  (João 7.15). Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus (Atos 4.13).  Como vimos, Jesus, Pedro e João não haviam sido instruídos nas escolas rabínicas e não tiveram instrução formal na teologia do Antigo Testamento.

    Pela misericórdia e graça de Deus, ele não chama para a salvação muitos que o mundo chamaria de sábios, poderosos e nobres: Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos (Mateus 11.25). A sabedoria de Deus é revelada ao louco, fraco e comum, ou seja, àqueles considerados nada pela elite, os quais creem em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

       Por isso, faço minhas as palavras de Paulo que disse: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crusificado.” (1Coríntios 2.2, Leia todo o contexto 1Co 2.1-5).
Convite à Loucura Nº 09-10 

O que é, e o que não é pecado?
      Nos domingos, das 06h ás 08h, uma igreja cujo pastor eu conheço, apesar de não querer ser chamado de pastor, mas, de seminarista, com medo de represálias por parte daqueles que determinam o modo como o ser humano deve ser. Os que têm espíritos de fariseus, donos dos templos, chefes de religião, construtores de tradições humanas, cobradores dos impostos da alma, os “mestres” de Natal, os bichões “formados”, os teólogos da convenção, os humanos que se sentem “concluídos” pela presunção de serem o que não são, pois só seriam se fossem em Cristo, o único que tem autoridade para dizer: “Eu Sou” (João 8.58).
        Muito bem! Ouvi o programa neste Domingo dia 24/07/2011 esperando algo que somasse ao evangelho. Pra minha decepção, ouvi a mesma coisa de sempre:[16] propaganda de seu clube evangélico, massagem no ego daqueles que nada sabem sobre Cristo, evangelho relacional[17] e humanista,[18] muita música com mensagens teologicamente erradas, apelos para que algumas pessoas afastadas, pelo menos da igreja, voltem para os “caminhos do Senhor”, há sempre essa associação de igreja ou instituição com os caminhos do Senhor. Isto é lastimável.
        Esse tipo de gente pensa que o evangelho é a igreja ou a instituição, de tal modo que eles mesmos se referem ao crescimento da igreja na cidade ou no país como o “crescimento do evangelho”. E pra acabar de vez, no final do programa, o camarada diz, em oração: “Que o Senhor livre o povo do pecado...” Aí ele dá uma lista do que ele acha que é pecado: “Do álcool, do fumo, das drogas, da prostituição.” Só isso? Só! Pecado para muitos é só esse tipo de coisa externa, visível, que está por fora ou vem de fora! E a inveja, a cobiça, a ganância, os pensamentos impuros, a raiva, o temor dos homens, a preguiça? E o que mais se vê no meio evangélico: a mentira?
      A abstinência a esses pecados que o irmão citou, não conseguem, de fato, crucificar o velho homem com os seus feitos. Esconder apenas os pecados externos, não tem poder contra os maus desejos da natureza humana.
      Eu conheço líderes de igrejas, que mentem tanto; que eles próprios acabam acreditando na sua própria mentira.

O que é pecado?
        Conheço um verdadeiro pastor que me disse uma vez: “O fato de uma pessoa apenas conversar com outra, já está pecando.” Nós somos pecadores, carregamos conosco a natureza pecaminosa. Por causa, justamente, dessa natureza pecaminosa que habita no ser humano, temos a tendência de amenizar a queda. Somos tentados a achar que somos bonzinhos, que sempre o outro é pior do que nós. Tudo isso é um engano.

       O nosso irmãozinho do programa radiofônico limitou o pecado à área do comportamento moral sexual. Conclui-se, com o que ele disse, que sem o consumo de drogas e sem a prostituição, o irmão ou a irmã, não pecam! Isso é uma falácia, um engano! Essa exortação para que se abandonem os pecados externos é a mãe e o pai da presunção de alguns que acham serem melhores do que outros. Ou seja, o camarada faz um esforço danado pra se libertar dessas coisas, e quando consegue, fica se achando, passa a ser o “santarrão” da comunidade, aí passa a apontar e acusar todo mundo!
Mas do ponto de vista da Palavra de Deus, o conceito de pecado cobre um vasto campo, e não somente na área do comportamento. Você peca, não só por fazer o mal, mas, também, por não fazer o bem, Tiago 4.17, Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” E o homicídio? Você pode dizer: “Ah! Eu nunca matei ninguém!” Tem certeza? Leia 1João 3.15, o ódio equivale ao homicídio, ou seja, a atitude equivale ao ato. Tenho certeza que muitos líderes e pastores já me assassinaram, ou seja, tiveram esse sentimento de ódio em relação a mim e aos meus folhetos (Mateus 5.21-22), a avareza, a soberba, as malícias, a blasfêmia e outros males que só Deus conhece. Quem pode dizer diante de Deus que está “acima” desses pecados?  Parem de se enganar e entendam a gravidade e a extensão da lista das coisas que Deus chama pecado, Leia Colossenses 3. 5-9.
Quem é pecador?
       Todos nós somos, todo pecado, não só uma parte externa ou interna, mas todo. Todos os seres humanos erram o alvo diariamente.[19]
      Somos pecadores! Veja a essência pecaminosa na vida de Paulo (Romanos 7.14-25). Paulo diz ser carnal (v.14). Não compreende nem a ele mesmo (v.15). E que é um desventurado por isso (v.24), e, que viver assim, sendo vencido pelo pecado, ele está perdido. Mas a conclusão de Paulo é gloriosa: Graças a Deus por Jesus Cristo,”(v.25). Na sequência, ele afirma que a graça o salvou da condenação do pecado, deu a ele um novo pendor, mas não tirou dele os equívocos e ambiguidades naturais de sua essência pecaminosa (7.25; 8.1-17). Deus deu a Paulo, e nos dá também, recursos para subjugar o pecado no nível do comportamento, mas, continua a luta contra a motivação de pecar (7.25). Motivação essa que só será retirada de nós quando esse corpo mortal for absorvido pela vida” (1Coríntios 15.53). Nisso Deus provou seu amor por nós, Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores, quando inimigos, ele nos acolheu, quanto mais agora que o amamos! Isso é maravilhoso! (Romanos 5.8-10; Efésios 2.4-10). Agora somos aceitos para podermos ser melhores, não somos melhores para poder sermos aceitos. Essa é a lei da Graça. (1João 2.1-2) Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. Embora o tempo todo Satanás processe os cristãos diante do Pai por causa do pecado (Apocalipse 12.10), o ministério de Cristo como sumo sacerdote garante não apenas empatia, mas também absolvição (Hebreus 4. 14-16). Somos pecadores redimidos pelo sangue de Jesus, contudo precisamos crucificar os maus desejos da natureza humana todos os dias.  
      
         Por isso precisamos andar no Espírito e no amor a fim de não alimentar nossa natureza caída, ainda que saibamos que, mesmo não vivendo mais na prática do pecado, não nos livramos de reconhecer todos os dias que somos pecadores e que, por essa mesma razão, pecamos mesmo quando pensamos que não estamos pecando. Contudo nos escondemos e nos gloriamos na cruz de Jesus: onde nosso pecado foi pago e de onde recebemos graça para purificar nossos pecados e recebermos perdão para as eventuais ou frequentes contradições do nosso ser.

        Sofremos do auto-engano de que os nossos pecados foram perdoados não porque sabíamos que Jesus era o Salvador, mas no dia em que levantamos a mão num templo e depois fomos à frente, um pajé denominado de pastor fez uma oração de entrega, desse dia em diante nós estamos entregues a nós mesmos. Não fomos nós, mas Jesus quem tirou, tira e tirará nossos pecados.

        Leia João 1.29, João disse a respeito de Jesus: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! O Cordeiro de Deus “TIRA” o pecado do mundo. “Tira”; grego: ai////rw, (aírô) . Aqui está no particípio presente que é um verbo contínuo. Expressa uma ação continuada ou repetida. Que diz que ele tirou, tira hoje, tirará amanhã. Glória a Deus! É um ato contínuo. Isso é pura graça, meu irmão, não se deixe enganar por àqueles que se acham, presunçosamente, donos de Deus.



Para os que sabem que são pecadores.
         Cristo veio por sua causa (Lucas 5.31-32) e não pelos institucionais impecáveis. Não importa o que você seja, Cristo te ama, lhe ama hoje como lhe amava quando você não sabia nada; ama-lhe hoje quando você pensa que sabe alguma coisa; te amará amanhã quando você souber tanto que saberá que não sabe de nada. Ele é aquele que nos ama com amor divino.

       Que Deus continue nos concedendo graça, para sempre, amém!

      Bom, ouvi também o programa do dia 31/07/2011. Foi uma programação típica de quem não tem a consciência do evangelho nele plantado. Perdoe-me se não estou sendo claro o bastante, pois não sou escritor, e sim, pregador do evangelho. Meus folhetos, não são nenhum ataque a nada nem a ninguém, como muitos dizem, mas sim, defesa do evangelho. No programa “evangélico”, falaram sobre: notícias futebolísticas, muitos apelos emocionais para restaurações de vidas, músicas ambíguas, onde o que se canta, tanto pode ser para Jesus, como para um cônjuge ou amante, muito testemunho de como Deus mudou pra melhor a vida de alguns camaradas, teve também muita propaganda. Teve até uma enquete: “O mês de Agosto, é um mês de desgosto?” Pelo amor de Deus! Até aonde chegamos. Mas, nada sobre o evangelho, arrependimento, a necessidade de negação do “eu”, mortificação dos desejos da carne. Afinal de contas, esses últimos temas não dão “ibope”, e por isso devem ser descartados.

Leia a palavra!
         Logo que o Senhor me converteu, os incrédulos diziam que ler a Bíblia toda, iria enlouquecer-me. Sempre achei isso ridículo! E agora vejo que essa mensagem diabólica também é pregada pelos evangélicos. Isso mesmo! Quer ver? Talvez baseados em Tiago 3.1, não tenho certeza, dizem que quanto mais você conhece a palavra, mais você é responsável; terá que prestar maior conta, inventam mais essa mentira para que ninguém queira conhecê-la. Se eu soubesse disso, e se realmente isso fosse assim, preferiria nunca ter sabido nada de Jesus, só assim eu viveria melhor. Porque se saber mais implica que eu vou me tornar um ser que eu sei que não sou, eu não quero nem saber, que é para eu poder ser quem eu sou com a paz da minha própria ignorância. Esse povo não consegue enxergar que esse texto de Tiago está falando deles mesmos, e não de todo crente que quer conhecer mais as Escrituras Sagradas. Os “mestres”, presbíteros, pastores e bispos, é quem terão que prestar contas com o máximo rigor, do que aprenderam e ensinaram de acordo com a iluminação que receberam.
        Em relação às muitas coisas que ensinei quando estava liderando uma congregação em Governador Dix-Sept Rosado, confesso que estava errado. Como meio de me retratar, digo: “Eu estava errado!” Não quero fazer como aqueles lá, institucionais, que são dissimulados, evasivos, mentirosos, os que jogam a culpa no drogado, naquele que ainda nada ouviu sobre Cristo, e vão transferindo, transferindo e transferindo. Se você é um crente em Jesus, um salvo, você tem o desejo de aprender, compreender, discernir, debater, assimilar, guardar e levar para a prática na vida diária. Leia a Bíblia! Crente é aquele que ama o evangelho.

O pecado.
        Voltando a questão do pecado, no programa do pastor, o irmão orou pelos pecados externos do povo, e eu me pergunto; “E os pecados internos?” Nós não só pecamos, como somos pecado!

      Para os que já sabem disso, quero lhes dizer que nossa dívida já está paga, e que Deus, por sua própria iniciativa, amor e graça, já se reconciliou com os homens! Até que muitos venham saber disso, sofre; e, frequentemente, entrega-se, pelo medo, a todo tipo de crenças, em obras, sacrifícios, esforços pessoais, e virtudes que lhes assegurem um “melhor acerto de contas entre eles e Deus.”
      É muito difícil não oferecer nada a Deus. É muito difícil apenas confiar que o sangue de outro cobriu você. Mas essa é a pura verdade de Deus. Confie nesse fato e viva! É loucura para os gregos e intelectuais; é escândalo para os judeus e para todos os religiosos (1Coríntios 1.18-25). Jesus disse: “Está consumado.” (João 19.30). E a nossa alma, em si mesma, pergunta: “O que mais eu devo fazer?” É natural que o homem com sua natureza pecaminosa aja assim!

     Nós não somos salvos pela lei, nem pela moral, nem pela ética e nem pelas obras de caridade. Todas essas coisas são boas, mas não são elas que realizam nossa salvação. Pois se assim fosse, ninguém precisaria de um salvador, bastando, para tanto, que fôssemos os salvadores de nós mesmos. Observo com pesar que membros de muitas instituições religiosas tentam, desesperadamente, ser o salvador deles mesmos, sua fé é doente e sua salvação uma meta a ser alcançada; sempre com muito esforça próprio.

       Sou crente em Jesus, mas também sou pecador. O que foi exigido para se receber a salvação foi a crença em Jesus, e não ser isento de pecado. (Romanos 3.9-18). Sou pecador e vivo feliz na companhia de irmãos que sempre sujam os pés na jornada. Por isso lavam os pés uns dos outros, crendo que quem já está limpo pela Palavra de Cristo não necessita lavar senão somente os pés.

 (João 13.10); Leia esse texto e veja que a purificação realizada por Cristo na salvação não precisa nunca ser repetida, uma vez que ela tenha acontecido, a expiação está completa. Mas nós que fomos purificados, necessitamos de lavagem constante no sentido experimental, na medida em que lutamos contra o pecado na carne, (Filipenses 3.8-9;12-14). Se houvesse um sacrifício a fazer  para agradar a Deus, como frequentemente ouvimos os chefes da religião vociferarem de seus púlpitos intocáveis e sacros, o sacrifício de Cristo não teria sido completo e nada estaria consumado, como Cristo disse na Cruz. E aqui há o problema, pois a Cruz foi tirada do lugar. Creia que você está salvo. Pois assim realmente estará. Fuja daqueles que dizem que para permanecer na salvação é necessário isso e aquilo. São lobos que tentam te devorar.




Você tem a consciência de que é pecador?
        Lucas 18.9-14. “Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilhar será exaltado.”

Saiba que você é pecador, se você tem um pecado e não consegue livrar-se dele, mesmo assim, saiba que você está salvo. Peça a Deus, força para deixar o pecado de lado, contudo se não conseguir, não tenha dúvidas, você está salvo. Algum fariseu institucional[20] safado, venal, subornável, encolerizado pela pregação do evangelho da graça, pode dizer: “Blasfêmia! Nós não podemos ter pecado, se você tiver um pecadinho doméstico, vai pro inferno, pois não está agradando a Deus!” Não se preocupe, porque um dia quando estivermos no tribunal de Cristo, e esses teólogos santos estiverem se auto justificando, Cristo interromperá toda essa ladainha de auto bajulação que não acabaria nunca, e dirá: “De onde vem esta nova raça de judeu? Reconheço por minha uma só lei e é a única de que ninguém me fala. A lei do amor. Não reconheço esses que exaltam demais seus méritos. Se quiserem parecer mais santos do que eu, que vão habitar se preferirem, o céu das testemunhas de Jeová. Ou que mandem construir um novo céu para aqueles que puseram suas mesquinhas tradições acima de meus preceitos.” Quando ouvirem essas palavras, que cara hão de fazer ao se olharem mutuamente?
         O perigo e a desgraça são quando a condição pessoal passa a ser um ensino coletivo. Esse é o perigo.
       O problema é que muita gente não cai em si e fica pensando que Deus se tornou seu cúmplice. Se você fizer como o camarada que bate no peito e diz: “Jesus, tem misericórdia de mim!”, misericórdia há para você; você descerá justo para a sua casa. Mas, preste atenção, não transforme seu pecado em doutrina para seduzir os outros. Nunca diga a ninguém: “Áh, eu tenho esse e esse vício, e mesmo assim Deus me ama, estou salvo, vamos pecar, pois podemos, somos livres!” Pois assim você estará transformando seu pecado em doutrina, fazendo com que outro tropece. Dessa forma meu amigo, você estará no caminho do inferno!

Quem são os Santos?
        Do ponto de vista de Deus, não há nenhum santo entre nós, a não ser aqueles que tiverem sidos santificados em Jesus Cristo; os que se apropriaram, mediante a fé, da graça que Jesus trouxe para nós e consumou em nosso favor. Assim, apesar de nós, nos tornamos a assembleia dos justos. É só nesse nível que somos santos. Você torna-se um diabo quando você pratica seu pecado de estimação, e além de praticá-lo, ainda usa a sua prática como doutrina. Não faça de seu pecado uma doutrina, a vítima será você. Se você pecar, e ensinar e seduzir, você é aquele que já recebeu juízo.
        Se com a graça de Deus você conseguir mudar de vida pessoalmente, largar seus vícios, receber a regeneração como dádiva de Deus, aleluia! Se não conseguir, e continuar lutando, batalhando, querendo melhorar, crescer, andará na luta junto comigo e com Jesus. Mas se você quiser sacerdotalizar e transformar a sua enfermidade em ensino para os outros, nós o calaremos em nome de Jesus! Se você é uma prostituta, um maconheiro, um drogado qualquer, um viciado em sexo, em pornografia, procure com todas as forças mudar, procurem se arrepender e não neguem o que são, do contrário, batam no peito e digam: “Pai, perdoa-me, pois sou pecador.” Saiba, querido irmão ou irmã, se você age assim, saiba que você entrará primeiro no Reino de Deus do que os hipócritas externamente religiosos, que na presunção arrogante e satânica, cogitam estar acima de tudo e de todos, (Mateus 21.31-32). Nesse texto aprendemos que o arrependimento e a fé são beneficiados pela justiça de Deus, e não somente o proferir de palavras. Aquele que faz, mesmo que tenha sido rebelde no início, é justificado, enquanto que aquele que hipocritamente se propõe para Deus e não faz é excluído por sua própria hipocrisia e mentira.




























Convite à Loucura Nº 12 

Você é um sacerdote de Deus!
       É muito comum ouvir alguém dizendo: ”Gostaria que o pastor fizesse uma oração por mim e por minha família.” Você deve estar se perguntando: “E o que isso tem demais?” Tem muita coisa! Pra começar essa mentalidade é medieval e herdada de nossos amigos católicos, que por sua vez já imitam os judeus da época do Velho Testamento.
       Essa ideia de que precisamos de um sacerdote humano, não faz parte da dispensação da graça. E o pior é que todos os pastores sabem disso, mas gostam de ver as pessoas dependendo deles! Nosso supremo e único sacerdote é Cristo, e não temos o direito de sermos sacerdotes uns dos outros. Essas pobres almas que estão aprisionadas e dependentes, em questões espirituais, de outros seres humanos, precisam de liberdade para amar a Deus, sem nenhuma mediação, a não ser de Jesus Cristo Nosso Senhor, (1Timóteo 2.5). Jesus é o único mediador que pode restaurar a paz entre Deus e o pecador. E muitos estão deixando de buscá-lo para designarem essa tarefa a outro homem.

Vamos à Bíblia!
        Leia Mateus 27. 45-54. Especialmente o versículo 51, diz assim: Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; Esse véu que se rasgou de cima para baixo, quando Cristo morreu na cruz, era a cortina que bloqueava a entrada para o lugar chamado santo dos santos, era onde se achava a presença de Deus (Êxodo 26.33; Hebreus 9.3). O rasgar do véu significou que o caminho para a presença de Deus estava agora aberto a todos por meio de um “novo e vivo caminho”(Hebreus 10. 19-22). Em o véu ter se rasgado de “cima para baixo” mostra que não foi um homem que o cortou, mas sim o próprio Deus.
      Nós temos acesso direto à Deus, não precisamos de um sacerdote além de Cristo. O papel dos pastores na congregação dos crentes é muito importante, mas, eles não são mais espirituais do que o resto da congregação, nem suas orações são mais eficazes, nem sua presença é indispensável, nem mais nada, apenas ele é mais um irmão que tão somente tem o chamado para cuidar do rebanho, que é do Senhor, e não dele.

         Apocalipse 1.6; aqui a Bíblia diz que Jesus nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos tornou sacerdotes do seu reino. Todos os que creem vivem na esfera do governo de Deus, um reino do qual cada um dos que creem são sacerdotes, e como tal temos o direito de nos colocar na presença dele! Sem a interferência de nada nem de ninguém!É por isso que a Bíblia diz que só existe um que pode intervir entre nós e Deus, um único mediador, o único que pode restaurar a paz entre Deus e os pecadores, e esse é Jesus Cristo! (1Timóteo 2.5). Através do evangelho obtivemos um acesso superior até Deus. (Hebreus 9.7). Cada crente individualmente tem acesso ao santo dos santos. Deus prometeu a Moisés que Israel estava destinada a tornar-se um “reino de sacerdotes”, uma nação santa. Em Cristo Jesus, entretanto, o “novo Israel” que é a Igreja, tornou-se um reino de reis; e, nesse reino, cada homem é um sacerdote. Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. (1Pedro 2.5). Coletivamente, o “novo Israel” (a Igreja) é uma “casa espiritual.” Individualmente falando, os seus membros são “pedras vivas”. E todos formam um “sacerdócio régio”, um sacerdócio em que cada indivíduo é um rei, dotado de autoridade majestática, conforme se aprende no trecho de 1Pedro 2.9-10.
       “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil anos.” (Apocalipse 20.6).

Leigo e alto clero!
           Essa diferença de alto clero e leigos é um resquício do catolicismo romano pré-Reforma e um retorno ao sacerdócio do Antigo Testamento. É um obstáculo ao pleno ensino do evangelho,[21] porque cria a falsa idéia de que apenas “homens santos”, nomeadamente, ministros ordenados, são realmente qualificados e responsáveis pela liderança. No Novo Testamento há distinções funcionais entre vários tipos de  serviços, mas não existe uma divisão hierárquica entre alto clero e leigos. Há diferenças nas funções do serviço entre os irmãos, mas não existe aquela divisão que diz; “Esse é mais importante do que aquele!” Do contrário a hierarquia divina é: “Mas o maior dentre vós será vosso servo.” (Mateus 23.11).
Todos nós somos irmãos!
        A estrutura de liderança atual, na igreja institucional, vem de uma mentalidade posicional, como em uma empresa, que confunde autoridade dada por Deus com papéis a serem preenchidos, descrições de trabalhos a serem cumpridas, títulos a serem preenchidos e posições a serem galgadas. O povo está tão acostumado com essa ideia de clero e leigos na igreja que não querem acabar com essa tradição. As palavras de Jeremias são pertinentes: Jeremias 5.31, Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo.” Em síntese, cléricos e não cléricos são os responsáveis pelas doenças da igreja atual. No Novo Testamento nada se sabe sobre “clero”, ou seja, uma minoria ungida e abençoada que tem privilégios diante de Deus. Crer nesse sistema, ilustra que esses camaradas não levam muito a sério o Novo Testamento. A prática do “clero” é uma heresia que deve ser repudiada. Pois ataca profundamente o sacerdócio de todos os crentes que Jesus comprou na cruz. Contradiz a forma que o Reino de Jesus tinha de tomar quando ele disse: Vocês são todos irmãos.” (Mateus 23.8).
Pastores na presunção de serem!
          Hoje é pastor fulano de tal que veio de fora, é o “grande” pastor da igreja com a maior contribuição ao plano cooperativo. É mestre cicrano, doutor beltrano e por aí vai. Enquanto Jesus disse que nós não devemos querer ser chamados de mestres nem de pais, nem de guias, porque todos nós somos irmãos, e só ele, Cristo, é o mestre, o guia, o Senhor, e quem quiser ser o maior deve ser servo, (Mateus 23. 6-11). Nós somos irmãos e sacerdotes de nós mesmos. (1Pedro 2.5;9-10; Apocalipse 1.6; 5.10; 20.6). E como sacerdotes, os crentes têm o direito de se colocarem na presença de Deus. O único mediador entre Deus  e o crente é Jesus Cristo, (1Timóteo 2.5).
     Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.” (1Pedro 2. 9-10). O texto se refere a todos nós, e não somente a alguns mais espirituais!
        Eu mesmo respondo por mim. Pois sou sacerdote de mim mesmo e da minha consciência na presença do único sacerdote que é Jesus. Por isso eu respondo por mim.
      O diabo todo dia dá gargalhada do camarada que quer dá uma de sacerdote para os outros; dizem eles: “Eu libero isso, eu decreto aquilo, eu..., eu..., eu...”. São os que determinam o modo como o ser - humano deve ser, e fazem isso em nome da santidade.
        Não se deixem mais serem enganados; nós somos sacerdotes de nós mesmos. Necessitamos de pastores e líderes no local onde nos reunimos, é muito   bom e importante, contudo, eles são apenas mais uns irmãos com  dons diferentes do seu. Não os trate como se eles fossem mais qualquer coisa do que você! Mais santos ou mais espirituais ou mais amigos de Deus do que você, e, se eles agirem como se fossem algo mais do que você, repreenda-os e coloque-os em seu lugar!
     Jesus é o único sacerdote que intercede por nós, todos os outros que querem ser sacerdotes do próximo são usurpadores, pilantras, hereges e merecem ser calados e desmascarados para sempre; são lobos em pele de ovelhas!
Convite à Loucura Nº 13 

O Púlpito e o Sermão.

     Jesus e os discípulos pregavam  por todas as cidades e lugares, (Mateus 11.1; Marcos 16.20), nas sinagogas (Atos 9.20), desertos (Mateus 3.1) de aldeia em aldeia, Lucas 8.1. Pregavam a verdade sagrada de Deus e nada se fala sobre o púlpito ou o modo como se prega hoje em dia. Por que estou dizendo isso? É porque hoje nas igrejas o púlpito é considerado uma coisa sagrada, quem ali vai, torna-se um super crente, muda até de voz! Fala o que bem quer e ninguém pode interrompê-lo, nem questioná-lo. Outro erro é que pra eles, o sermão é a única maneira de alguém se edificar. Tudo isso não passa de falácia, de engano!

De onde veio a ideia do Púlpito ser Sagrado?

       Na época da igreja primitiva ninguém usava púlpito, nem pra segurar as Bíblias. As escrituras naquela época eram rolos de papiros contendo livros do “Antigo Testamento” e pergaminhos que eram folhas em velino de pele de animais tratadas, extremamente caras.
        Quatrocentos anos depois de Cristo, a taça e o pão (elementos da ceia) eram vistos como objetos que intimidavam, causavam medo e mistério. Por considerarem esses elementos sagrados e de mistérios, algumas igrejas colocaram uma armação ornamental, um dossel sobre a mesa do altar onde ficavam os elementos da ceia.
      No século XVI, mil e seiscentos anos depois de Cristo, colocaram grades sobre a mesa do altar. Essa é a mesa onde a sagrada comunhão é colocada. O altar-mesa significa o que é ofertado a Deus (o altar), e o que é dado ao homem (a mesa). Essas grades significavam que a mesa do altar era um objeto santo a ser tocado somente por pessoas santas, por exemplo, o clero. No século IV, o leigo já tinha sido proibido de ir ao altar. No centro da igreja ficava o altar. Antes, os altares eram feitos de madeira, posteriormente, no início do século VI, começaram a ser feitos de mármore, pedra, prata ou ouro. O altar era considerado o local mais santo da igreja por duas razões. Porque era lá que frequentemente ficavam as relíquias dos mártires. Em segundo lugar, porque sobre o altar ficava a eucaristia (o pão e a taça). No século XVI, estourou a reforma protestante. A maioria dos reformadores era ex-padres. Sendo assim, haviam sido inconscientemente condicionados aos padrões de pensamento do Catolicismo medieval. Os reformadores fizeram pequenas mudanças nas práticas da igreja, pois a massa não estava pronta para mudanças radicais.Eles fizeram do púlpito o centro dominante ao invés de centralizar a mesa do altar, como era feito antes!
       A reforma foi construída sobre a ideia de que as pessoas não poderiam conhecer a Deus, ou crescer espiritualmente ao menos que ouvissem pregações.
      O púlpito foi movido para mais perto de onde as pessoas sentavam, tornando o sermão uma parte fixa do culto.
       No fim da Idade Média, o púlpito tornou-se comum em igrejas de paróquias.
       Com a Reforma, tornou-se a peça central da mobília na igreja.
       O púlpito simbolizava a substituição da centralidade da ação ritualística, que era  a missa, abolida pelos reformadores, e transformou-se na instrução verbal clerical, que é o sermão.

       Tudo isso faz parte de tradições de homens. Tradições que impedem que o povo de Deus o adore em espírito e em verdade.

O Sermão, ou Pregação!

         Alguém diz: “Fulano de tal é um bom pregador; prega como o Apóstolo Paulo.” Nenhum pregador que conheço prega como Paulo! Não falo sobre questões teológicas, mas, no modo de se pregar hoje em dia.
          O camarada vem todo arrumado, às vezes até sabemos quem vai pregar só pela forma como o camarada está vestido, aí sobe no púlpito, e começa sua homilia. Fala, fala, fala e ninguém diz nada, nem faz uma perguntinha, e ele, fala, fala, fala, promete, mente, torce as escrituras, e todo mundo fica calado, até quem sabe que ele está errado, e ai de quem disser um pio ou fazer qualquer questionamento. O homem está “ungido”; não podemos atrapalhar o Espírito Santo. E pegue mentira, erro e ladainha! Isso não tem nada a ver com as pregações de Jesus nem de seus apóstolos, mas foi emprestado diretamente da associação pagã da cultura grega!

O Surgimento do Sermão de nossos dias!

       No século V, antes de Cristo, havia um grupo de mestres peregrinos chamados Sofistas. De acordo com estudiosos, eles inventaram a retórica, que é a arte de falar persuasivamente. Eles costumavam recrutar discípulos e exigiam o pagamento dos que estivessem interessados em ouvir seus discursos.
      Os Sofistas eram experientes na arte de debates. Eram mestres em usar os adequados apelos emocionais, aparência física e linguajar para “vender” seus argumentos. Com o tempo, o estilo, a forma e a destreza da oratória dos Sofistas chegaram a ser mais estimada do que sua exatidão. Por isso, um bom orador poderia usar seu sermão para influenciar sua audiência a acreditar numa coisa que ele sabia que era falso. Para a mente grega, ganhar um argumento era uma virtude maior do que pregar a verdade.
     É daqui que vem a forma do sermão que ouvimos hoje em dia nas igrejas. Hoje, os seminaristas pagam uma disciplina chamada homilética para aprender a pregar, com todas as técnicas de retórica dos Sofistas.
      Como se vestir, como se portar, o cuidado com os gestos, a eloquência, o cuidado para não ferir os ouvintes com alguma palavra “pesada”! Pelo amor de Deus! É por isso que eu disse que ninguém prega mais como Paulo.   
       Jesus e os apóstolos não usavam púlpitos, não queriam atrair ninguém pelo modo de falar nem de vestir, eles desejavam que as pessoas fossem atraídas por Deus Pai. Paulo disse: A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.” (1Coríntios 2.4-5). Aqui, Paulo está indiretamente se referindo à eloquente oratória dos sofistas.

      É dos Sofistas também que surgiu essa prática de um só camarada falando (o pregador), e todos os demais ouvindo passivamente, sem falarem nada, nem questionarem coisa nenhuma.
      Como é diferente da verdadeira pregação, e o conteúdo nem se fala, as diferenças são gritantes.
       O sermão de hoje não tem raízes nas Escrituras, mas, é emprestado, recuperado e adotado da cultura pagã para a fé cristã. Essa verdade pode escandalizar, mas é verdade!
       Vejamos algumas diferenças.

Velho Testamento

         No sermão do Antigo Testamento havia participação ativa e interrupções. Profetas e sacerdotes pregavam incomodando os ouvintes, abordando um tema atual, ao invés se usar anotações. Eles falavam em resposta a acontecimentos específicos, e não proferiam discursos ou mensagens regularmente ao povo de Deus, (Deuteronômio 1.1; 5.1; 27.1; 9; Josué 23.1; 24.15; Isaías; Jeremias; Ezequiel; Daniel; Amós; Zacarias; etc).
Nessa época o sermão era esporádico, era algo que fluía e havia abertura para a participação pública.

Novo Testamento

       As mensagens que Jesus compartilhou a maior parte das vezes com os discípulos, eram consistentemente espontâneas e informais.
       Seguindo o mesmo padrão, a pregação apostólica registrada em Atos, era esporádica,ministrada em ocasiões especiais para tratar de problemas específicos, Atos 2.14-35; 7.1-53; 15.13-21;32;  17.22-34; 20.7-12; 17-35; 26.24-29.
      Era improvisada e não tinha uma estrutura retórica. Incluía debates e interrupções por parte do povo, ao invés de um mero monólogo.

        A palavra grega frequentemente usada para descrever a pregação e os ensinos do primeiro século é: diale/////gomai, (dialégomai), (Atos 17.2; 17; 18.4; 19; 19.8-9;20.7;9; 24.25). Ela literalmente significa raciocinar, ensinar com método de perguntas e respostas, discursar, mas sempre com a ideia de estímulo intelectual, é dessa palavra grega que vem o termo português, “diálogo”. Ou seja, é uma conversação entre duas ou mais pessoas. Mas o que se vê nas reuniões religiosas de hoje é um camarada falando e os demais ouvindo passivamente.
      Em poucas palavras, o púlpito e os sermões contemporâneos são alheios tanto ao Antigo, quanto ao Novo Testamento.
       Não existe absolutamente nada nas Escrituras que indique sua existência nas reuniões da Igreja primitiva.
       Que o Senhor nos dê discernimento para compreender a sua verdade.























Convite à Loucura Nº 14 

Cuidado com a libertinagem!
     Alguns leem meus folhetos devido achamada busca pela verdade. Outros gostam do que leem, não por entender a graça de Deus, nele contido, mas pra fofocar, pra criticar e, pior ainda, existem aqueles que leem porque pensam que estou pregando a libertinagem.
     Libertinagem é o modo comum como age um libertino, libertino é um ser que se acha tão livre que pensa poder tudo. É um camarada desregrado em seus costumes, é uma pessoa devassa, depravada. É pra esses últimos que dedico esse folheto!

O que já escrevi!
       Já escrevi que Jesus já foi acusado de bêbado, e que muita coisa do que a igreja chama de carnalidade, não é! E o que é, ela não diz que é! (Convite à loucura N°1). Vou explicar isso melhor; dizem que beber uma cervejinha, mesmo sem se embriagar, é pecado. Mas  sabemos que Jesus bebia com os pecadores! A Bíblia diz que os mentirosos não herdarão o Reino dos Céus, (Apocalipse 21.8), e mesmo sabendo disso eles usam da mentira para arrecadar dinheiro para manter seus luxos (Convite à loucura N°2 e N°3). Escrevi também sobre o que é ser um crente verdadeiro em Cristo, que crente é aquele camarada no qual o evangelho da graça, nele encontrou morada, e não somente aquele que se identifica com uma sigla, uma nomenclatura. Crente não é aquele que faz parte de um clube religioso, mas aquele que mostra uma vida de graça, liberando e repassando a graça de Deus. (Convite à loucura N°6). Escrevi no Convite à loucura N°7 que nenhuma dessas igrejas são verdadeiras, nem estão dentro da vontade de Deus, pois elas não são uma congregação de crentes, ao contrário são um ajuntamento de incrédulos, e que, quando há um crente em seu meio, logo arruma-se um jeito de expulsá-los, pois eles dão prejuízo para os negócios clericais. Escrevi que pecado faz parte do nosso ser. Pecado não é só aquela coisa externa e visível, mas é também aquela coisa interna, invisível aos olhos humanos. É por isso que necessitamos de Cristo Jesus (Convite à loucura N°9 e N°10). Escrevi tudo isso e muito mais, mas, nunca disse que poderíamos pecar à vontade. Nunca preguei a libertinagem. Nunca incentivei ninguém a ser um libertino!

      Quem quiser cumprir os desejos homicidas daquele que é mentiroso e pai da mentira, (João 8.41-59) que o façam, contudo não usem meus escritos para isso!

Vamos à Bíblia!
      Paulo ensina que onde abundou o pecado (a lei de Moisés fez com que o pecado do homem aumentasse) muito maior é a graça de Deus para perdoar todos os pecados, (Romanos 5.20-21).

       Para que não ficasse brecha para a libertinagem, ele escreve; “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” (Romanos 6.1). E a resposta, do próprio Paulo, é imediata: “De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6.2). Paulo, o pregador da graça, também teve que dar instruções sobre o não abusar da graça. Pois ele sabia que seus críticos iriam dizer que ele estava incentivando as pessoas a pecar, quando pregava a justificação, baseando-se somente na graça de Deus.   
      Todos têm que conhecer Jesus. E se você o conhece, não pode mais continuar a existir como se dele nada soubesse. Pois o que entra no coração só se faz verdade quando se torna confissão da boca ao todo da vida, (Mateus 7.21-23). Se você é desses que confundiram a graça com a libertinagem, lembre-se que a precariedade desse tipo de fé mostra o seu verdadeiro caráter; “Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.” (Mateus 7.20). A fé que diz, mas não faz é, na verdade, descrença. (Romanos 10.8-13).

       Aqueles que receberam graça, esses são filhos dela, e praticam-na com amor e misericórdia, (1João 3.16) “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos.”

      Não pense que a graça de Deus nos dá carta branca para fazermos o que bem quisermos! Se você é um crente, você não pertence mais a você mesmo, mas a Cristo, e deve fazer a vontade dele, (Mateus 16.25; Romanos 8.13; 14.25; 1Coríntios 6.20; 2Coríntios 5.14-15; Gálatas 2.20). Não pensem que estou pregando a libertinagem, devassidão, licenciosidade. Apenas tento mostrar-lhes a diferença do que é de fato pecado para o que a instituição religiosa diz ser pecado.

O que sofro em nome de Cristo!
       Por pregar a graça de Deus, sou odiado por aqueles que antes diziam me amar. Continuarei pregando, mas não admito ser motivo de desculpa para quem não tem o Espírito Santo e quer achar um meio de pecar tendo Deus como seu cúmplice. Até ameaças de ser processado, já recebi, mas não esquento com isso, pois, sei que é a Palavra se cumprindo. “E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas (...) um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão. Sereis odiados de todos por causa do meu nome. (Mateus 10.17-22). É isso que aconteceu, acontece e sempre acontecerá com quem está ao lado de Cristo. Podem me levar aos tribunais, contudo, lembrem-se do que Paulo escreveu em Romanos 6.1-7!E sobre beber, escrevi no Convite à loucura N°1, que não há problema em tomar uma cervejinha, desde que você não se embriague. Mas, também escrevi que “Se você é daqueles que não consegue dominar-se, o melhor é que não toque em bebida nenhuma.” Para que não façam como um irmão que está querendo abusar da graça, e não consegue dominar-se, pois, por achar que está livre, caiu no engano de achar que a liberdade em Jesus dá respaldo para colocar o álcool acima da família, dos amigos e dos irmãos em Cristo. Tornando-se assim um libertino!

      Realmente é muito tênue a linha que separa a graça da libertinagem, e é por isso que devemos vigiar e orar diariamente!Divirtam-se, amem-se, vivam alegremente, pra ser crente não precisamos ser uma pessoa triste, ranzinza, iracunda. Sorriam, comam e bebam o que quiser, mas também amem as Escrituras, obedeçam-na. Preguem o evangelho, ajudem os necessitados, suportem uns aos outros. Façam tudo isso de livre e espontânea vontade em amor, e não por obrigação como as instituições religiosas ensinam. Tudo isso tendo a certeza de que quando nossa jornada aqui nesse mundo findar, teremos a eternidade ao lado de Cristo, onde o próprio Deus enxugará nossas lágrimas e viveremos eternamente em um gozo sem fim! Imaginem isso!

























Convite à Loucura Nº 15

Evangelho Diabólico!
      “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.”1Coríntios 15.19.
        Os homens que pregam a teologia da prosperidade centram-se na saúde e na prosperidade material, e não na salvação, sendo assim um desvio do verdadeiro evangelho de Cristo. Diante disso, sinto-me na obrigação de escrever, e alertar à Igreja de Deus sobre esse câncer que se espalha rapidamente sobre a face da terra.
         Tudo bem que Paulo estava falando sobre a ressurreição em 1Coríntios, capítulo 15. Mas esse versículo (19), foca justamente a questão de quem não estava crendo na ressurreição, e consequentemente só cria em Cristo em relação ao temporal, secular e terreno. Esse grupo ainda existe hoje, são os que pregam um evangelho da prosperidade. Para os que pregam essa teologia, o maior poder da ressurreição de Jesus é a ressurreição dos negócios e a restituição de finanças dos falidos.
        Foi-se o tempo em que a designação “evangélico” era símbolo de seriedade e respeito. Hoje, é motivo de chacota. Esse evangelho maldito, falso e hipócrita, não gerou uma igreja rica e poderosa, como desejam que pensemos; produziu, sim, líderes ricos, poderosos e gananciosos, e cada vez mais distanciados da simplicidade de Cristo, enxergando a vida piedosa como meio de ganho. Loucos pelo poder, criam mega-igrejas, réplicas do templo de Salomão e até igrejas cidades. Compram mansões, tornam-se celebridades. Corrompidos pelo poder. E o povo que os sustenta, cada vez mais pobres, se não financeiramente, mas espiritualmente.
       Sua teologia não produziu crentes melhores, mas crentes doentes, confusos e em eterno conflito, pois estes não veem os resultados práticos da aplicação dos princípios que fazem de seus líderes o que eles mesmos querem ser. Já vi alguns traficantes da palavra ensinarem que ser doente é resultado de uma vida de pecado. O interessante é que esse camarada que ouvi pregando isso, usa óculos de grau. E aí? Isso é uma vagabundagem, um descaramento.
      95% do que se ouve nas caixas de concreto que prega a teologia da prosperidade é relacionado ao dinheiro. Dinheiro, dinheiro, dinheiro, riqueza, bom emprego, altos cargos e sucesso! Enquanto a Bíblia diz que: Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ser ricos caem em tentação, e cilada, e  em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1Timóteo 6.8-10). Como o ensino bíblico é diferente do que se ensina hoje!


Curandeiros de Satã.
Alguns que se dizem apóstolos andam mercadejando a Palavra de Deus, vendendo toalhinhas, martelinhos, bugigangas, quinquilharias por preços exorbitantes, prometendo curas e alimentando a pagãnice de um povo místico como o brasileiro.

     O povão otário, crédulo, coitados, cheios de esperança e carência, são diariamente enganados com esse cristianismo folclórico e místico.
      Esses pagãos que procuram esses charlatões se esquecem de que frequentemente é a doença do corpo que Deus usa para curar a alma e o espírito do camarada. E frequentemente é por estarem doentes da alma e do espírito que a doença física se somatiza no corpo.
     A cura do corpo do camarada se não for acompanhada do ensino do evangelho, pode até perverter sua mente, pois ele fica mais pagão, mais mágico, mais básico, mais crédulo, mais “o homem da corrente de oração”, mais tudo. Mais estúpido, mais burro, mais alienado, mais pensando que Deus responde à dinheiro e às mecânicas propostas pelas macumbas que estão aí na TV e nas caixas de concreto armado, chamadas de igrejas!
     Se quiserem continuar dando dinheiro pra esses safados, o problema é de vocês, vendam tudo o que tem, e deem a eles, se vão ou não serem curados, não sei! Só sei que, se não aceitarem Jesus, o verdadeiro Jesus, o Jesus da Bíblia, o Jesus que não alimenta pagãnice, o Filho de Deus vivo, se não aceitarem esse Jesus e viverem de acordo com o seu evangelho, quando morrerem vão para o inferno, não importa o quanto têm dado a esses venais safados.
      Muitos que vieram para as igrejas em busca de saúde e riqueza, hoje, estão decepcionados. Veja essa oração de um verdadeiro perseguidor da sabedoria. Provérbios 30.7-9. “Duas coisas te peço; não mas negue, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus.”

     Veja também Jesus reprovando a avareza; “Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque  a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lucas 12.15).

Cuidado você também!!!
     Se você é de alguma igreja que acha que não prega  a teologia da prosperidade, você está muito enganado! Daqui por diante observe na pregação de seu pastor , bispo ou presbítero. Eles dizem assim: “Aceitem Jesus e viva uma vida melhor, sejam mais felizes.” É, ou não é assim? Quando alguém está desempregado, o outro logo diz: “Não se preocupe irmão, Deus vai abrir as portas!” Quem disse isso? Onde está isso na Bíblia? Quem disse que Deus enviou seu Filho pra morrer na cruz para nos dar boa vida, emprego, cônjuge de volta, livrar nossos filhos das drogas? ISSO É MENTIRA DIABÓLICA!“Deus pode transformar sua vida para melhor!” “Deus vai mudar sua sorte!” Tudo isso é heresia, invencionice de homens avarentos e bajuladores. Não é isso que a Bíblia diz. Mas, o que ela diz?

Vamos à Bíblia!
        Assim como Paulo, devemos nos contentar na abundância e também na escassez, na necessidade. (Filipenses 4.11-13). “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.”

 Muitos fazem da fé um mercado (2Coríntios 2.17). “Porque nós não estamos como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus.”  Jesus disse que enquanto estivermos no mundo passaríamos por aflições (João 16.33). A Bíblia diz que nosso maior tesouro está guardado nos céus (1Pedro 1.3-4). É bíblico que nós os crentes somos abençoados, só que nossa bênção é espiritual e não material (Efésios 1.3). “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.” (Romanos 8.28; 2Pedro1.3; Salmos 92.12-14).

     É um grande engano ver a prosperidade material como um fim em si mesmo. A nossa prioridade deve ser o Reino de Deus, (Mateus 6.33). E seu Reino não é deste mundo (João 18.36). O engano está no seguinte: a prosperidade ensinada pelo homem, é a material. A prosperidade, ensinada por Deus, é a espiritual.

HUMANA   Prosperidade material---ensinada pelo homem.
BÍBLICA     Prosperidade espiritual---ensinada por Deus.
    
      Em lugar nenhum da Bíblia, há uma afirmação de que Deus existe para nos dar alívio, segurança ou vida boa aqui na terra. Se a razão de Deus existir, é o nosso bem-estar, ou, se a vinda, e a morte de Jesus tivessem sido para o melhoramento da vida dos que creem, eu gostaria que alguém me tirasse uma dúvida! O que vocês me dizem sobre a prosperidade dos ímpios? “As tendas dos tiranos gozam paz, e os que provocam a Deus estão seguros;” (Jó 12.6).
     Não só vemos isso no dia-a-dia, como a bíblia também afirma, que muitos homens ímpios, maus e profanos são prósperos em seus caminhos, enquanto muita gente crente e boa sofre mais que sovaco de aleijado.

       Leia Salmos 73.1-13, especialmente os versículos 3-5; 12. “Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos. Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio. Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens. (...) Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas. Ver também  Jó 12.6; Jeremias 12.1.

     Contudo se você olhar mais profundamente verá que, embora os ímpios prosperem nesse mundo material, no porvir eles serão miseravelmente destruídos, enquanto os crentes terão prosperidade eterna (Salmos 73. 18-20; 92.6-9). 

     Que Deus nos ajude nessa tarefa de evangelizar esse mundo pagão e místico, e que ele abra os olhos daqueles que só pensam em Jesus pra melhorar suas vidas nesse mundo. “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” (1Coríntios 15.19).

Convite à Loucura Nº 16

  Examinai Tudo.
        “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.” (1João 4.1). Se você ler um pouco antes, em 1 João 3.24, João menciona o Espírito Santo, e isso faz com que ele informe seus leitores que existem outros espíritos, ou seja, espíritos demoníacos, que geram falsos profetas e falsos mestres para propagar sua falsa doutrina. Todo cristão deve ser como os de Beréia, que estudavam a palavra e examinavam as Escrituras para distinguir a verdade do erro (Atos 17.11-12).

        Não se pode repudiar uma coisa sem antes tê-la examinado minuciosamente. Paulo diz: “Provai os espíritos.” PROVAI. A palavra “provai”, em grego; dokima///////zw (dokimázô),  é um termo usado na metalúrgica para falar da análise de metais no sentido de determinar sua pureza e valor. Com isso aprendemos que antes de aprovar ou rejeitar qualquer ensino, os cristãos devem submetê-lo à prova. Estou tocando nesse assunto, porque muitos estão reprovando meus folhetos sem nunca tê-los lido. Isso é ignorância em relação ao que a Bíblia ensina. “Julgai todas as coisas, retende o que é bom.” (1 Tessalonicenses 5.21). “Julgai”, nesse versículo é o mesmo termo grego; dokima////zw, (dokimádzô). Mais uma vez Paulo está ensinando que devemos colocar em prova, testar, examinar e só depois do teste, aprovar, ou não. Muita gente está deixando de ler meus folhetos só por que seus “pastores” dizem ser heresia e produto de quem está afastado. Meus irmãos, pelo amor de Deus! Livrem-se dessa prisão sem grade, isso tudo é um cárcere para a sua alma. A Bíblia diz que devemos usar de um exame crítico para tudo, e esses traficantes da palavra dizem para que ninguém leia. Quando eu digo que são traficantes da palavra ainda ficam com raiva. Isso não é traficar a palavra, por acaso?

      1Tessalonicenses 5.20-21, diz“Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom.”
 Se estou ensinando dentro da Bíblia Sagrada, então é ensino que vem de Deus, quando a palavra de Deus é pregada ou lida, deve ser recebida com grande seriedade.

É O Espírito quem converte!
       Algumas pessoas reclamam que ninguém entende o que escrevo, pois falo de coisas que eles nunca ouviram. Ora, a minha preocupação é em pregar o evangelho da graça de Deus, e não estou querendo fazer o papel do Espírito Santo, pois é ele que deve fazer com que as pessoas entendam, se convertam e sejam curadas.

      Atos 28.23-31; O texto diz que Paulo na sua residência em Roma, pregou para os principais Judeus de manhã até à tarde, e diz o texto que ele “procurava persuadi-los a respeito de Jesus.” O versículo 24 diz que: Houve alguns que ficaram persuadidos pelo que ele dizia; outros, porém, continuaram incrédulos.” O dever de todo pregador da palavra é pregar a palavra, e não enfiá-la à força na goela do povo; os que não entendem o que escrevo é porque não lhes foi dado a entender, e isso é com Deus. Veja os versículos 26-27; “...De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis. Porquanto o coração deste povo se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os olhos, para que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o coração, e se convertam, e por mim sejam curados.” E mais; Jesus disse que felizes aqueles que  o Senhor fez com que entendessem seu evangelho,  (Mateus 11.25-27). Paulo disse que o deus deste século, que é o diabo, cegou o entendimento dos incrédulos, para que a luz do evangelho não lhes resplandeça (2Coríntios 4.4). O diabo cega os homens para a verdade de Deus, por meio do sistema  mundano dirigido por ele.

    É por isso que algumas pessoas não entendem o que escrevo. Ninguém deve pregar o evangelho para converter ninguém, mas, para detectar os escolhidos.
Os escolhidos estão lá, só precisam ouvir o verdadeiro evangelho, e o resto é com o Espírito Santo. É esse o espírito dos meus folhetos, essa é a intenção de se pregar o verdadeiro evangelho da graça de Deus.
         
Necessitamos de Discernimento.
       Toda a igreja deveria observar, julgar, discernir todas as coisas, no entanto os “líderes” dizem as pessoas para que não leiam isso ou aquilo. Por que esse medo? Por que ordenar que as pessoas se fechem para o novo? Não será pelo mesmo motivo que as seitas ensinam aos seus adeptos a se fecharem? Isto é, medo de que eles cheguem ao conhecimento da verdade?
       “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensino de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência...” (1 Timóteo 4.1-2).
          A Bíblia deve sempre ser nossa orientadora e não homens pecadores como nós, não se deixem enganar.
          Não quero que acreditem em mim cegamente, examinem o que eu digo, comparem com a Bíblia, confiem no Espírito Santo que habita em vocês; se é que vocês têm o Espírito, pois aqueles que não o têm, não pertencem à Cristo. (Romanos 8.9).
        O que escrevo é pura loucura, vista da perspectiva de um incrédulo. O homem natural, ou seja, o incrédulo, não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente (1 Coríntios 2.14). Por meio da iluminação da Palavra, o Espírito Santo concede aos seus santos a capacidade de discernir a verdade divina, verdade essa que os mortos espiritualmente são incapazes de compreender. E é por isso que você não pode deixar de examinar alguma coisa baseada no discernimento de outro. E se esse outro não tiver o Espírito Santo? Só por que um camarada tem um título de pastor, não quer dizer que seja crente de verdade. Os crentes não podem se contentar apenas em ouvir a Palavra de Deus, têm que colocá-la em prática. “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tiago 1.22).
  Sabendo disso, vamos obedecer ao que Paulo disse em 1 Tessalonicenses 5.21, vamos julgar todas as coisas e reter o que é bom! Ou preferem ficar debaixo das ordens daqueles que querem que vocês vivam escravos de seus ensinos? A escolha é de vocês, se querem ser zumbis espirituais, que sejam, a minha parte estou fazendo.




























Convite à Loucura Nº 17  

“Igreja Amigável!
       A igreja que você frequenta é uma igreja amigável? Vou explicar isso melhor! Sua igreja é daquelas que faz de tudo pra atrair o maior número de pessoas possível? A maioria  das instituições que conheço são assim. São aquelas igrejas pragmáticas que abraçaram a filosofia de “Marketing.”

O que é a Filosofia de Marketing?
       Filosofia de Marketing, no meio cristão, é “Fornecer aos não-cristãos um ambiente inofensivo e agradável. Se for possível pregar um sermão, torne-o breve e recreativo. Tudo para que os incrédulos sintam-se bem.” Isso é uma filosofia de Marketing que cada vez mais se torna comum no meio evangélico.

        Hoje em dia, nada mais é impróprio para o culto a Deus, vemos nas igrejas rock nostálgico, heavy metal, rap, dança sensual, comédia, palhaços, mímica e magia teatral; tudo isso se tornou parte do repertório evangélico, nas igrejas amigáveis.

       A igreja amigável está repleta de “ministros” que adulam os homens sem se preocuparem com Deus, seu produto (evangelho) tem que satisfazer seus clientes. Quão diferente eles estão do ensino bíblico. Paulo escreveu aos Gálatas: “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” (Gálatas 1.10) veja também 1Tessalonicenses 2.4-6.
      Na filosofia de Marketing a satisfação do cliente é o objetivo maior a ser alcançado. Os líderes não declaram às pessoas o que Deus requer delas, mas seu objetivo é descobrir quais são as exigências das pessoas e fazer o que for necessário para satisfazer essas necessidades. O público é soberano, e não mais Deus. Toda atividade deles tem como fonte a estratégia humana, e não a Palavra de Deus.


Vamos à Bíblia.
    Os primeiros cristãos causavam alvoroço, agitaram e transtornaram o mundo (Atos 17.6). Hoje, é o mundo que transtorna e vira as igrejas de cabeça para baixo. O mundo se infiltra nas reuniões da igreja como nunca. Conheço até instituições que mais parecem um restaurante ou uma pizzaria com cardápio variado oferecendo pizza, feijoada, sucos de açaí e por aí vai. É o mundo entrando e bagunçando cada vez mais a “igreja”.
     A igreja de Jerusalém não era nem um pouco amigável. Era exatamente o oposto. Veja que o episódio do castigo de Ananias e Safira inspirou grande temor a todos (Atos 5.11). Os descrentes apesar de admirarem muito os crentes, só de pensar em frequentá-la aterrorizavam seus corações (Atos 5.13). A igreja, sem dúvida alguma, não era um lugar para os pecadores sentirem-se à vontade, era um lugar que causava medo! Mesmo assim isso não impediu que os verdadeiros eleitos fossem tocados pelo Senhor, (Atos 5.14).
Pragmatismo.
         Na ância de se tornar amigável, a igreja tornou-se pragmática. Pragmatismo é a noção de que o significado ou o valor de algo é determinado pelas consequências práticas. O pragmatismo define a verdade como aquilo que é útil, significativo e benéfico. É sempre praticado aquilo que dá certo e não o que está certo.

      Na “igreja” o que funciona, ou seja, o que enche templos é o que vale. Qualquer prática que funcione é válida. Você pode estar pensando: “Não tem nada de mal nisso.” Só que, a verdade espiritual e bíblica não é determinada baseando-se no que “funciona” ou no que “não funciona”. Veja que o evangelho frequentemente não produz uma resposta positiva (1Coríntios 1.22-23; 2.14). Por outro lado, as mentiras satânicas e o engano podem ser bastante eficazes (Mateus 24.23-24; 2Coríntios 4.3-4). A reação da maioria não pode ser um parâmetro seguro para determinar o que é válido (Mateus 7.13-14), e a prosperidade não é uma medida para a veracidade (Jó 12.6).

        Novos métodos como a dramatização, dança, comédia, variedades, grandiosas atrações, concertos populares e outras formas de entretenimento, segundo o pragmatismo são, supostamente, mais “eficazes”, ou seja, atraem grandes multidões.

       Por atrair muitas pessoas, essas táticas pragmáticas são mais eficazes e mais valorizadas do que a própria Bíblia Sagrada.

       Jesus Cristo não banalizou o pecado na igreja para deixá-la mais amigável, ao contrário, ele dá instruções claras de como tratá-lo em Mateus 18.15-20.

       Se “amigável” for isso que considera esse moderno movimento pragmático, com certeza Jesus não era um pastor “amigável.” Veja como ele tratou alguns que queriam segui-lo, (Lucas 9.57-60) e o jovem rico que queria saber sobre a salvação, (Marcos 10.17-22) e veja como ele tratou alguns que se escandalizavam com sua doutrina, e até mesmo os doze (João 6.60-71).

        O temor de Deus sempre foi uma doutrina central na igreja primitiva. Incrédulos e crentes foram ensinados a temê-Lo. Esse movimento da “igreja amigável” ao invés de suscitar o temor a Deus, procura mostrá-lo como um Deus “legal”, festivo, pacato, manso e permissivo.

       Pecadores arrogantes, que deveriam se aproximar de Deus com grande temor, são encorajados pelos ministros das “igrejas amigáveis” a abusarem do seu amor. Não ouvem nada sobre a ira divina. Ver: 1Pedro 4.17-19; 2Coríntios5.11.

       Não podemos fazer uso do entretenimento como uma ferramenta para o crescimento da igreja, isso é falta de confiança em Deus, em suas promessas, e em sua palavra. Não se pode render homenagens ao deus entretenimento.

       A nossa mensagem deve ser aos descrentes: “Convertam-se a Cristo!” Aos crentes: “Santifiquem-se em Cristo!” E aos hereges: “Voltem-se para Cristo!.” Que é o que estou fazendo nesse momento, exortando para que esses líderes institucionais de “igrejas amigáveis,” voltem-se para Cristo. Eles precisam parar de entreter bodes e voltar a alimentar as ovelhas. Não podemos apresentar o Cristianismo como uma opção atrativa. Nada nas escrituras indica que a igreja deveria atrair as pessoas à Cristo. O evangelho não tem o objetivo de ser atraente, no sentido do Marketing moderno. O evangelho é uma “pedra de tropeço e rocha de escândalo” (Romanos 9.33; 1Pedro 2.8; Isaías 8.14-15). Para todos os que crêem, Jesus é o meio de salvação; para os que não crêem é o meio de juízo, para os que rejeitarem o evangelho.O evangelho é perturbador, chocante, transformador, confrontador, produz convicção de pecados e é ofensivo ao orgulho humano. Não há como “fazer Marketing” do evangelho bíblico.
     Aqueles que procuram remover a ofensa, ao torná-lo entretenedor, inevitavelmente corrompem sua mensagem.
     Cuidado, o crescimento quantitativo pode ser enganador. Vemos muitas “igrejas grandes”, onde na verdade não passa de uma proliferação de um movimento social ou psicológico mecanicamente induzido, uma contagem numérica, mas não da verdadeira igreja de Deus. Seus membros não têm vida.
Esse é o resultado do evangelismo de Marketing.

Mas, como é a igreja verdadeira?
A verdadeira igreja de Deus é uma comunhão vibrante, amigável, honesta, adoradora e comprometida de crentes que ministram uns aos outros, assim como a igreja de Atos 4, uma igreja que se abstém do pecado; onde os crentes se mantém responsáveis uns pelos outros e que ousadamente proclamam a verdade completa das Escrituras. As pessoas que amam as coisas de Deus talvez não achem tal lugar muito “amigável”. Mas a bênção do Senhor estará sobre essa comunhão de verdadeiros crentes, que estão reunidos em um lugar tendo tudo em comum uns com os outros, pois foi pra isso que Deus ordenou que a igreja deve ser. E, como prometeu, ele haverá de acrescentar pessoas à Igreja.

Convite à loucura Nº 18 

Como seria se recebêssemos uma visita de Jesus?
         Para quem crê nas Escrituras, é fato de que quando Jesus vier será rara a fé no mundo. Será como nos dias de Noé (Lucas 17.26), e de Ló (Lucas 17.28). O período anterior à sua volta será marcada por perseguição, apostasia e descrença, (Mateus 24.9-13; 24). O próprio Jesus levantou essa questão. “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lucas 18.8).
       Hoje, o mundo secular vive em total desarmonia com a vontade de Deus, e não é diferente no mundo religioso. Com isso, tomo a liberdade de imaginar como seria se Jesus viesse nos fazer uma visita, hoje?

       Em qual igreja ele se congregaria? Quem ouviria sua palavra? Basear-se-iam em quê,  pra ouvir ou não sua palavra? Vamos usar um pouco nossa imaginação e juntar com o que vemos no dia-a-dia e vamos imaginar essa situação.

       É claro que se trata de uma situação fictícia, não é doutrina nem de fato será assim, mas uma obra de ficção, e quero com ela provocar a imaginação de quem está lendo-me. Estou exercendo o privilégio de ter recebido a bênção da imaginação. E quero compartilhar isso com vocês.

A Reação das Instituições!
       Uma denominação iria dizer: “Esse camarada é muito pobre pra ser o Senhor Jesus, O Senhor é dono do ouro e da prata, ele tem que ser rico!”
       Outra diria: “Ele opera muito milagre e muita maravilha, dá pra nós não! Vamos deixá-lo pra lá. Somos Calvinistas Supra-lapsarianos secos e não acreditamos em milagres.”
      Já outra, seria muito severa e diria: “Ele não fala língua estranha, não tem o Espírito Santo. É um herege, pois suas pregações não têm fogo!”
      Uma quarta denominação religiosa diria: “Ele tem que fazer seminário e ir fazer um treinamento no Rio de Janeiro, já que ele não tem formação acadêmica. Pra ter autoridade para pregar e até pegar em uma caneta pra escrever algo, tem que ser preparado!”

A Reação de Alguns!
        Depois de ser rejeitado por todas as instituições, o Senhor vai para as ruas pregar como antigamente. E, para sua surpresa, a reação das pessoas não é diferente das instituições.

       Uns dizem: “Nada a ver! Esse cara é muito radical.” Outro, depois de ouvir Jesus falar por mais de duas horas, disse:“Meu pastor nunca me ensinou isso aí, por isso, não vou acreditar em você. Eu amo o meu pastor e acredito em tudo o que ele diz.” Já outro totalmente indignado disse: “Sou membro de tal igreja, sou presidente do comitê de arranjos florais, líder de jovens, vice presidente do conselho administrativo e muito amigo do pastor. Acha que vou trocar tudo isso pelo que você acabou de falar? Não sei nem quem é você.” Uma terceira pessoa disse: “É, acho bastante sensato o que você está ensinando, contudo já estou muito tempo na igreja tal, sou dizimista, mesmo sabendo que dizimar não faz parte do Novo Testamento, mas todos me respeitam quando dizimo, o pastor me bajula muito e isso me faz parecer que sou importante, me faz bem, me faz sentir aceito e eu adoro isso.”

         Um pouco triste, o Senhor resolve juntar-se a um pequeno grupo que se reúne em uma casa. E, para sua surpresa ele viu que aquele grupo orava, lia as Escrituras, estudavam o que estava sendo lido. Todos participavam, não existia hierarquia entre eles, até o Senhor participou, já que era um novo membro desconhecido. E Jesus melancólico chorou lembrando-se do passado com seus discípulos. Viu que ali existia amor, compreensão, todos estavam convictos de que eram pecadores, ninguém era mais do que ninguém, do contrário, todos eram iguais e exortavam e ensinavam uns aos outros em amor. Então Jesus disse: “Encontrei minha igreja!”

Jesus é Procurado!
        Em outro lugar, não muito longe, todas as instituições reuniram-se e chegaram a essa conclusão: “Queridos e amados irmãos,diante de tudo que vimos e ouvimos do Senhor Jesus, ou seja, suas idéias que, são muito radicais, seus pensamentos libertinos e sua doutrina muito perigosa para o nosso conforto. Levando em consideração que vivemos todos esses anos tendo tudo sobre controle e agora estamos desestabilizados com tudo o que ele ensinou. Tudo o que ele disse está em desacordo com nossas crenças e tradições. Algumas de nossas igrejas fecharam com o fundo de caixa no vermelho, porque Jesus tem ensinado que o dízimo sagrado faz parte da Lei do Velho Testamento, fazendo assim com que muitos de nossos assíduos dizimistas desistam dessa prática.
      Diante de tudo isso decidimos em unanimidade que o Senhor Jesus não veio em boa hora, e que, por isso, devemos crucificá-lo novamente.”

      E depois dessa declaração, todos gritaram em uníssono: “Amém!”
      Juntaram-se com a polícia local e foram procurar por Jesus, que foi encontrado numa reunião em uma casinha com um grupo de crentes. Arrastaram-no para fora e crucificaram-no novamente.

Conclusão!
       Essa ficção ilustra a rebeldia daqueles que se dizem líderes espirituais, e que em seu subconsciente acham que são donos de Deus, contudo vivem totalmente para seus objetivos e amam e seguem suas tradições mais do que sua Palavra. Essa é uma triste realidade em que se encontra o sistema religioso atual.
      A próxima vinda do Senhor Jesus será para completar a salvação dos fiéis (Hebreus 9.28; 1Pedro 1.5). Ser glorificado em seus santos (2Tessalonicenses 1.10). Trazer à luz as coisas ocultas das trevas (1Coríntios 4.5). Julgar (Salmos 50.3-4; João 5. 22; 2Timóteo 4.1; Judas 15; Apocalipse 20.11-13). Destruir a morte, (1Coríntios 15.25-26). E reinar (Isaías 24.23; Daniel 7.14; Apocalípse 11.14).
      Deus nos deu sua Lei para que vejamos o quanto estamos longe de agradá-lo, e por isso o que podíamos esperar era o fogo do inferno ardente, onde o desobediente será atormentado dia e noite por toda a eternidade (Ap 20.15; 2Pe2.4-9; 2Ts 1.6-10). Deus resolveu esse problema, enviando seu Filho pra morrer por nós ( Rm 5.6-8;18-19).
     Se tivéssemos que pagar, ficaríamos separados de Deus para sempre, por isso, ele mesmo se tornou homem, nascendo de uma virgem para pagar o preço em nosso lugar. Ninguém pode queixar-se de Deus. Ele provou seu amor fazendo tudo o que podia para a nossa salvação. Deus mesmo sofreu o castigo, e deste modo, é ao mesmo tempo “Justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3.26).






















Convite à Loucura Nº 19

Dízimos: Graça ou Lei ?

        Já escrevi dois folhetos sobre o dízimo, o Nº2 e o Nº3. Com eles tentei ensinar que “É um dever do cristão sustentar a verdadeira obra de Deus, contudo o que se vê por aí é alguns ficando rico com os dízimos, enquanto outros passam fome. Além disso, os líderes institucionais em sua ganância,  ensinam que os que dizimarem serão abençoados, e os que não, serão amaldiçoados.” É essa mentira que queremos combater!

      As reações foram diversas; alguns ficaram surpresos, outros indignados, por terem sido enganados por todo esse tempo, e, como não podia ser diferente, os que são sustentados com o dízimo ficaram furiosos.

Vamos estudar mais!
        Vejamos um pouco mais o que a Bíblia diz sobre dízimos. A Palavra de Deus registra três tipos de dízimos; o que diferencia ainda mais o dízimo bíblico para o dízimo praticado hoje nas igrejas.

         Primeiro Dízimo: Era para o sustento dos sacerdotes Levitas que serviam ao povo (Números 18.20-26). Por não terem herança entre os filhos de Israel, todos os outros tinham que sustentá-los. Quando o dízimo foi instituído pela lei, tinha a finalidade de manter os filhos de Levi, pois esses não receberam parte nem herança na terra prometida (Números 18.24). As demais tribos de Israel dizimavam aos Levitas o necessário para a manutenção cotidiana, pois não possuíam propriedade na terra.
       Hoje, os trabalhadores, na sua maioria assalariados, sustentam os que vivem sem trabalhar e em abundância de bens, mantendo suas mordomias sob o pretexto de ministrarem a obra de Deus.

       Segundo Dízimo: Deuteronômio 14.22-29, Produção agrícola, praticado e consumido nas celebrações das convocações aos cultos no santuário, esses dízimos era da produção de cada um, e era consumido pelos próprios dizimistas (Deuteronômio 12.6-7).

       Terceiro Dízimo: No terceiro e no sexto ano do ciclo sabático, era ofertado um dízimo beneficente, esse era o terceiro dízimo, para o auxílio, além dos Levitas, também para os estrangeiros, órfãos e viúvas. Em vez de o Israelita levar esses dízimos ao santuário central, eram armazenados nas cidades. Pois se destinava a alimentar os Levitas, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros que moravam no meio deles. (Deuteronômio 14.28-29; 26.12; Números 18.26-32).

    Confira na sua Bíblia, é a palavra de Deus que está afirmando isso. Eu quero ver algum bruxo ou pajé institucionalizado dizer que eu estou fora de contexto!

Será que temos que dizimar pra sermos abençoados?
      Para receber a graça e as bênçãos do Senhor, não precisamos pagar mais nada, Mateus 10.7-10, principalmente o final do versículo 8 “...de graça recebestes, de graça daí.”

É Cristo que nos dá a vida, a respiração e todas as coisas (Atos 17.25). Não se deixem enganar por esses venais autoritários que se desviaram da fé e a si mesmos se atormentarão com muitas dores, pois amam o dinheiro, e esse amor é a raiz de todos os males.

        Eles exigem que os dez por cento dos rendimentos sejam entregues nesses lugares onde ninguém mais sabe o destino desse dinheiro, retrocedendo, dessa forma, às fábulas judaicas no rudimento da lei, anulando assim o sacrifício do Cordeiro de Deus.





E Mateus 23.23?

         Em Mateus 23.23, Jesus repreende os escribas e fariseus por estarem dando excessiva atenção ao dízimo das pequenas hortaliças do campo e estavam “negligenciando os preceitos mais importantes” da misericórdia e da fé. Então, Jesus disse que eles deveriam se concentrar nas questões mais importantes “sem omitir” as outras.

     Alguns que não conseguem ver a divisão que existe na Palavra entre o Antigo Testamento (feito de leis, cerimoniais e rituais) e o Novo Testamento (totalmente da Graça), aqueles que ainda trazem no lombo o pesado fardo da lei, podem levantar-se e dizer: “E em Mateus 23.23, Jesus não está ratificando a prática do dízimo?” Sim, Jesus está dizendo aos escribas e fariseus que a lei deveria ser cumprida, mesmo em seu ministério. Jesus era judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4). Ele estava na tutela da lei de Moisés, por isso ele reconheceu-a, e disse dessa forma, devido sua responsabilidade de cumprir toda a lei (Mateus 5.17-18).

       Ele cumpriu toda a lei. Foi circuncidado ao oitavo dia e apresentado na sinagoga (Lucas 2.21-24; 39). Assumiu o sacerdócio aos trinta anos de idade (Lucas 3.23; Números 4.43;47). Quando curou leproso mandou que eles apresentassem a oferta ao sacerdote, cumprindo assim a lei de Moisés (Mateus 8.4; Levítico 14.1-7).

         Porém quando ele morreu na cruz, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. A prática do dízimo é uma tentativa de costurar esse véu novamente, pois anula o sacrifício de Cristo e volta para a era do Velho Testamento.

      Cristo não veio ensinar os Judeus a viverem bem a velha aliança.
       Do contrário, ele nos deu uma nova aliança (Mateus 26.26-28). E um novo mandamento (João 13.34). Por isso, de agora em diante a justiça não provém mais da lei, nem de obras (Gálatas 2.21).
      “Mas, agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” (Efésios 2.13-16).

      Já fomos comprados por um bom preço, mas alguns continuam vendendo-se a homens fraudulentos em troca de milagres e vida boa (1Coríntios 7.23).

Um Recado para os Líderes Religiosos!
      A lei do Velho Testamento foi abolida (Lucas 16.16; Romanos 10.4; Efésios 2.15; 2Coríntios 3.14; Hebreus 7.12; 18-19). E ao líderes religiosos, digo: “Se quiserem servir a Deus, contentem-se em terem o que vestir e o que comer, e deixem de luxar e regalar-se à custa dos santos de Deus.”

     Que bom seria se esses falsos mestres parassem de enganar. Mas, a responsabilidade é de cada um em observar as Escrituras e orar, pedindo discernimento a Deus para não serem enganados.










Convite à Loucura Nº 20 

O Cristão deve guardar o Sábado?
      Sinto necessidade de escrever sobre esse tema que muitos têm confundido a cabeça de muitos cristãos. Existe um grupo pregando que, para sermos salvos necessitamos obedecer a lei do Velho Testamento que ensina que no sábado nenhum trabalho deve ser realizado. Não vou falar sobre o que eles creem, vou ensinar o que a Bíblia ensina sobre o Sábado.

Vamos à Bíblia.
       Êxodo 31.12-18. Só pra começar, veja que o sábado foi dado ao povo de Israel, não para os cristãos (v.16-17). Veja o que o sábado significava para eles - Deuteronômio 5.15. Enquanto os Israelitas foram escravos no Egito, não lhes era permitido descanso do contínuo labor; portanto, o sábado também devia servir como sinal de descanso no qual a libertação da escravidão seria relembrado com gratidão como sinal de redenção e santificação contínua. Veja também Ezequiel 20.12;20.

      Os Dez mandamentos literalmente como foram escritos faziam parte do Antigo Concerto, que foi abolido por Cristo. A Antiga Aliança foi dada a Israel na saída do Egito, junto ao monte Sinai (Êxodo19. 1-6; Hebreus 9.18-20). O povo Israelita, por sua vez, aceitou as condições da Antiga Aliança que assim foi firmado entre Deus e Israel; observe que não foi dirigida a todos os homens (Salmos 147.19-20). O Senhor não mostrou sua palavra e seus preceitos a nenhuma outra nação. Ele escolheu Israel dentre todas as nações (Êxodo 19.5-6; Deuteronômio 7.6-8; 14.2; 26.18-19; 2Samuel 7.23-24).

     Como o povo não foi fiel às exigências da Antiga Aliança, Deus prometeu estabelecer uma Nova Aliança (Jeremias 31.31-34; Zacarias 11.10). Este Novo Concerto ou Nova Aliança ou Novo Pacto foi estabelecido, fundado, inaugurado, instaurado por Jesus Cristo Nosso Senhor, como declara o Escritor de Hebreus. (Confira Hebreus 8. 6-13).
    Em Hebreus 12.18-24, referindo-se aos crentes em Jesus, é dito que eles não chegaram ao monte Sinai (onde foi dado o Antigo Concerto), mas ao monte Sião... a Jesus, o mediador do Novo Concerto; o mesmo é repetido em Gálatas 4.21-31 (na comparação entre as duas mulheres de Abraão: Sara e Agar) “Lança fora a escrava” (Gálatas 4.30) significa: lança fora o Antigo Concerto. Logo, o sábado, que dele fazia parte, não vigora para o cristão.

Só pra refletir.
       Esses que pregam a guarda do sábado, também deviam circuncidar-se. Leia atentamente João 7.22-23, Jesus censura os Judeus e fala claramente que o sábado é violado para a circuncisão de uma criança, logo, a lei da circuncisão é maior do que a lei do sábado. Os que guardam o sábado deviam também circuncidar-se. Entendeu?
       Vamos a outro exemplo; Mateus12.5. Os sacerdotes ofereciam sacrifícios no sábado, e para isso carregavam água, acendiam fogo, cortavam lenha, tudo isso era proibido em dia de sábado. Ou seja, o sábado era violado para se oferecer sacrifícios no templo, logo, os sacrifícios eram maiores do que o sábado. Os que guardam o sábado deviam oferecer sacrifícios de oblação. Entendeu? Por que só o sábado é obedecido, se esses dois eram maiores do que o sábado e não são mais obedecidos hoje em dia?

        Leia atentamente Hebreus 3.7-4.13. Preste atenção do versículo 3.7 ao 4.13. Você pode observar que os Israelitas, a quem foi dado o sábado, nunca entraram no descanso de Deus, apesar de guardarem o sábado fielmente. Quem tem inteligência e o Espírito de Deus, conclui que o descanso de Deus não é o sábado (3.19). Mas aquele que crê é que tem acesso a esse descanso (v.4.3; 4.6; 4.9-11).
      Os aspectos cerimoniais da lei do Antigo Testamento eram meras sombras que apontavam para Cristo (Colossenses 2.16-17). Desde Cristo, a realidade veio, e a sombra não tem mais valor (Hebreus 8.5; 10.1).
        O que diz Romanos 10.4?  Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê. Paulo diz aqui que quem crê em Cristo como Senhor e Salvador põe um fim à busca inútil pela justiça por meio de suas tentativas imperfeitas de salvar a si mesmo pelos esforços em obedecer à lei (Romanos 3.20-22; Gálatas 5.1-6). Os que procuram ser justificados pelas obras da lei caíram da graça e estão obrigados a guardar toda a lei (Tiago 2.10).

Para os verdadeiros cristãos.
         Fazemos parte da Nova Aliança (Hebreus 8.6; 13).
      Gálatas 4.8-11 - Embora a salvação de Deus seja um dom gratuito, ela traz consigo uma séria responsabilidade de sermos santos. Essa obrigação é para com os princípios morais e espirituais imutáveis que refletem para sempre a natureza de Deus; todavia, ela não inclui os rituais e cerimônias exclusivas a Israel sob a lei mosaica (dada a Moisés) como afirmavam falsamente os judaizantes e afirmam hoje os desgraçados legalistas sabatistas. “...como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco.” (Gálatas 4.9b-11). Aqui Paulo temia, caso os irmãos na Galácia caíssem novamente no legalismo, que seu esforço em estabelecer e edificar as igrejas dos gálatas tivesse sido em vão.

      Oséias 2.1 - O sábado foi abolido. Essa profecia de Oséias cumpriu-se em Cristo (Gálatas 4.4-5). Aquele velho sistema chamado de “lei” foi abolido (Romanos 6.14; 7.4-6; Gálatas 2.19; 3.24; 4.9-11; Efésios 2.14-17; 2Coríntios 3.6). Veja o descanso obrigatório a todos em Mateus 11.28-30. Cristo é o descanso do povo de Deus. Os que buscam a salvação por meio das próprias obras seguindo a lei do Velho Testamento, desprezam a Cristo, negam a graça de Deus e tornam-se maldito (Gálatas 3.10-14).
      Veja que os sabatista de hoje estão tão longe da verdade tanto quanto os judeus do tempo de Jesus. Perdem um bom emprego para guardar o sábado, num fanatismo absurdo que Jesus nunca ensinou. Jesus ensina que o sábado era para o bem do homem e não para o mal. (Lucas 6.9; Marcos 2.27).

       Se as pessoas lessem mais a Bíblia, orassem e dependessem de Deus jamais cairiam nas garras de homens inescrupulosos que torcem a palavra para seus fins egoístas. Todo dia milhões de pessoas são enganadas com idiotices que bastava alguém ter o mínimo de conhecimento bíblico para evitar tal erro. O que eu posso fazer, estou fazendo para ajudar.

      Querendo ou não, estão pregando que Jesus e sua morte vicária não foi suficiente para salvá-las. Vão para o inferno com esse pensamento, tornaram-se malditos devido sua teimosia. O justo viverá pela fé e não por obras da lei. Vocês que são da lei estão debaixo de grande maldição (Gálatas 3.10) pois jamais serão capazes de cumpri-la totalmente (Tiago 2.10). Lembre-se, a lei de Deus é singular e quem quiser viver por ela, deve obedecê-la completamente. Contudo se você quiser descansar dessa tarefa impossível, aceite a Cristo o Salvador!


















Convite à Loucura Nº21

  Cristo é o Senhor!
O crente não se torna filho de Deus pelas boas obras, mas é, tão somente, pelas boas obras que ele prova ser filho de Deus.

Vamos à Bíblia.
       2Coríntios 6.1-3, Paulo ao dizer que hoje é o tempo oportuno para se anunciar a salvação, ele diz que nós não podemos dar motivo de escândalo, para que o ministério de evangelização não seja desacreditado. Ou seja, o fiel embaixador de Cristo não faz nada para desacreditar o seu ministério, mas faz tudo o que pode para proteger a integridade do evangelho e a integridade de Deus. E acredite: cada um tem a obrigação de falar de Cristo. Esse é o ministério de evangelização. Evangelizar é falar os ensinos de Jesus para os outros. E isso é dever de cada um! O evangelismo que as instituições fazem é juntar gente para sua membresia, agregar pessoas em suas dependências, chamar para dentro. O verdadeiro evangelismo é “chamar para fora”. Esse é o verdadeiro significado da palavra “igreja”, no gregoekklhsi///a(ekklisía).

       Falo isso, pois existem alguns camaradas libertinos e incrédulos que acham em suas cabecinhas incrédulas que podem ser cristãs e, ao mesmo tempo, viverem como querem, criando contendas, embriagando-se em público. Hipócritas incoerentes que não leem a Bíblia, pois se lessem sabiam que sempre que possível devemos ter paz com todos os homens (Romanos 12.18), e não ficariam querendo pregar suas ideias enquanto estão embriagados pelas calçadas, são amantes do álcool e da libertinagem.

     Em nome de Jesus lhes ofereço a oportunidade de rever seus caminhos, a considerar, a retomar e retornar o rumo proposto por Cristo e seu evangelho. Ou seja, de sermos parecidos com ele e não meros reflexos fantasmagóricos de nosso contexto social, secular e demoníaco. Se vocês querem ser livres, saibam que ser livre é poder escolher a quem servir. E servir à Cristo é a verdadeira liberdade (João 8.36). Do contrário, vocês estarão servindo a Satanás e contribuindo para a sua, já derrotada, obra! (Lucas 11.23) Quem não está com Jesus está contra ele; não existe meio termo.

     O camarada só em ingressar na faculdade acha que sabe de tudo, e se incha o ego citando fulano e beltrano para apoiar suas práticas anticristãs. O que gera insanidade é exatamente abusar da razão. Um cristão que não usa o cérebro para honrar a Deus se inclui na condenação do evangelho: “Servo mau e negligente!...” (Mateus 25.26-27).

    O que se pode dizer desse tipo de pessoa hoje, é o mesmo que já se disse no passado do povo judeu: “O nome de Deus é blasfemado por vossa causa.” (Romanos 2.24).
    O saber é uma coisa que agrada aos faladores e contadores de vantagem, mas o que agrada a Deus é o agir em santidade.
    O que precisamos fazer é orar, amar, perdoar e basear nossa vida no que a Bíblia ensina, e em nada nem ninguém mais.

A única chance de viver é morrer antes de morrer, pois quem não morrer fica só (João 12.24; Mateus 16.24-26).

     A ilusão de ser cristão sem obediência a Cristo, o Senhor, é diabólica! Tornar-se cristão compromete o nosso ser total. Pedro disse a Jesus em nome dos Apóstolos: “Nós deixamos tudo para seguir-te.” (Mateus 19.27) Os Apóstolos haviam se envolvido na vida de fé com Cristo. Precisamos fazer o mesmo!

    A graça não é desculpa pra sermos o senhor de nós mesmos. Cristo deve ser o  Senhor de nossas vidas!
    Combato severamente heresias que o diabo plantou em meio à igreja institucional, só que Deus, por sua graça e misericórdia, mostrou-me que não existe igreja pura, e que ser cristão é reconhecer, aceitar e obedecer a Jesus Cristo como Senhor absoluto, diária e permanentemente. E não tentar limpar a igreja, coisa que só Deus tem a capacidade de fazer.

     Jesus nos disse que não devemos fazer nada objetivamente para separar o joio do trigo. Em nome de Jesus, peço que leiam a Bíblia Sagrada que contém a verdade absoluta de Deus e que diz: “Deixai-os crescer juntos até à colheita,...” (Mateus13.30ª). Veja que o próprio Jesus disse que devemos deixar o joio crescer junto com o trigo para que no tempo certo seus anjos façam a colheita e queime o joio eternamente.

     O “joio” são os filhos do diabo. Eles fazem parte da outra “igreja” dentro da Igreja: falsos crentes, prosélitos sem conversão e crentes tolos. Não existe igreja sem “joio”. Por isso há duas igrejas. Sempre foi assim. Sempre será. Até que o Senhor venha. O que não podemos é odiar todos os irmãos por causa desses joios.

     As igrejas locais, institucionais, são imperfeitas e mistas. Elas são formadas por cristãos e não cristãos. Crentes e ímpios. Mas não precisamos de uma igreja perfeita para sermos salvos, e sim de um perfeito Salvador. Se andarmos no Espírito, não importa quantos falsos crentes haja em nossas reuniões, saberemos o que devemos ser, e como devemos agir!

      Pare de tentar erradicar diretamente o mal. Se alguém da instituição lhe fez o mal, lembre-se que a Deus pertence a vingança! (Romanos 12.17-21).

      O crente deve ser fiel mesmo estando em meio ao trono de satanás!

      O Senhor está nas reuniões da igreja (falo de reuniões de crentes no Senhor, sejam em templos, casas, debaixo de árvores ou em alguma instituição religiosa), com uma veste que chega aos seus pés, e um cinturão de ouro ao redor do seu peito. Sua cabeça e os seus cabelos brancos como a lã, tão brancos como a neve, e os seus olhos como chama de fogo, seus pés como bronze numa fornalha e sua voz como o som de uma grande cachoeira, dizendo: “Sei onde você vive, onde está o trono de satanás. Contudo você permanece fiel ao meu nome e não negou a sua fé em mim.” (Apocalípse 2.13). O que importa para o Senhor é que continuemos fiéis a ele, não importa se os que estão ao nosso lado são fiéis ou não, cada um dará conta de si mesmo naquele dia. (Romanos 14.12).
    As cartas às sete igrejas do Apocalípse mostram que o crente tampouco deve perseguir qualquer instituição por causa de suas contradições. Veja que a igreja em Pérgamo tinha pessoas que seguiam a doutrina de Balaão e seguidores dos nicolaítas, que eram ensinos e práticas inaceitáveis a Jesus. O Senhor exige reforma, não dissolução ou destruição. Ele diz: “Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora...” (Apocalípse 2.16).
Cristo é o Senhor!
     Sabe o que eu acho desses camaradas que estão brincando de evangelho? São ateus covardes que não têm coragem de se declarar. São inimigos da cruz de Cristo. Só que: Filipenses 3.19 diz que “o destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com coisas terrenas.” Coisas como embriagar-se, criar contendas com outros, teimando com membros de caixas de concreto sobre assuntos que nem mesmo eles conhecem.

     Cristo é o Senhor de todos, e até mesmo esses, um dia, dobrarão seus joelhos e irão declarar abertamente essa verdade; (Filipenses 2.10-11).
















Convite à Loucura Nº 22 

 “Céu e Inferno:” realidades que, um dia, todos experimentarão!
      O Diabo tem feito muita coisa para tentar fazer com que as pessoas acreditem que nem o Céu nem o Inferno e nem mesmo ele existem. Algumas seitas heréticas pregam que o céu não existe, nem o inferno e que quando alguém morre entra em um sono eterno. Já pensou? Tudo heresia.
Qual é a verdade?
     Jesus disse que não precisamos temer aqueles que podem matar o corpo; pois eles não podem matar a alma; contudo Deus pode fazer perecer tanto o corpo quanto a alma no “Inferno”. (Mateus 10.28). Quando o crente (aquele que crê) morre, o corpo volta para a terra de onde veio e o espírito volta para Deus, (Eclesiástes 12.7).
      Quando o ser humano morre, no estado intermediário, entre a morte e a ressurreição do corpo, a alma permanece em estado consciente em um paraíso, se for cristão.Vejamos mais; em Lucas 23.43, Jesus disse ao malfeitor que foi crucificado com ele que: “...Hoje estarás comigo no paraíso.”No entanto, três dias depois Jesus ressuscitou, apareceu a Maria Madalena e disse a ela: “Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai...”(João 20.17). Ora, ele disse ao malfeitor que ainda naquele dia estaria com ele no paraíso, contudo três dias depois disse a Maria que ainda não tinha subido para o Pai que está no céu. Concluímos que esse paraíso, citado por Jesus a primeira vez, ainda não é o céu, ou seja, ainda não é o lugar onde se encontra o Deus Pai, mas, um lugar para onde vai o crente que morre no Senhor.
      2Coríntios 5.6-8. Veja que enquanto o cristão estiver vivo na terra, ele estará afastado da plenitude da presença de Deus. E então Paulo expressa um forte desejo de estar em casa (no céu) com o Senhor. O cristão pode esperar por um céu que não vê. Um dia estaremos com o Senhor Jesus para sempre, e não dormindo (1Tessalonicenses 4.17).Um dia o crente estará com o Senhor e não dormindo. (Filipenses 1.21-23). E o incrédulo (aquele que não creu no evangelho) irá para o inferno ou hades (Lucas 16.22-25) para o lago de fogo e enxofre (Apocalípse 19.20; 20.10; 14).
       Quem pensa que pode fazer o que quiser nesse mundo e depois irá dormir, está muito enganado. Por ocasião da ressurreição, o corpo (que agora jaz no pó da terra) e a alma serão reunidos novamente, só que será um corpo glorificado, transfigurado, ressuscitado, incorruptível, será como o de Jesus depois da ressurreição, (1Coríntios 15.35-54; 1João 3.2-3; Lucas 24.36-43; João20.19-20; 26). Os cristãos ressuscitarão e possuirão a imortalidade do corpo (1Coríntios15.51-53; 1Tessalonicenses 4.14-17).
Os crentes dormem?
      E os textos que falam da morte como se fosse uma dormida? Como a vida de um crente é eterna, os escritores a descrevem como se fosse uma simples dormida; é um conhecido eufemismo do Novo Testamento para a morte que descreve o aspecto do falecido. Retrata o corpo morto, não a alma. Dormir é usado para filha de Jairo (Mateus 9.24), a quem Jesus ressuscitou da morte, e para Estevão, que foi apedrejado até a morte (Atos 7.60; João 11.11; 15.6; 18; 51; 2Pedro 3.4).
Veja que em 1Tessalonicenses 4.13-15 são identificados os que dormem. E um pouco mais na frente em 1Tessalonicenses 4.16, fala dos mesmos, como “os mortos em Cristo.” Entendeu? O mesmo texto que diz que dormem, também diz que estão mortos.     Veja também que em 1Coríntios 11.30;15.51 e 1 Tessalonicenses 5.10, dormir é uma designação para a morte dos crentes verdadeiros no Novo Testamento. Jesus também usou esse termo com seu amigo Lázaro, deixando até os discípulos confusos (João 11.11-14).
      O texto de Deuteronômio 34.5-6, diz claramente que Moisés morreu, contudo em vez de estar em sono eterno, ele aparece a Jesus na transfiguração (Mateus 17.1-3).
      Apocalipse 19.20, diz que a besta e o falso profeta foram lançados no lago de fogo e enxofre e em Apocalipse 20.10 diz que, mil anos depois, o Diabo também foi lançado lá, e, que ainda estava a besta e o falso profeta, provando com isso que estavam em sofrimento consciente e não dormindo ou destruídos. O fato desses dois ainda aparecerem lá mil anos mais tarde refuta a falsa doutrina da aniquilação da alma. (Apocalipse 14.11; Mateus 25.41; Lucas 3.17; 2Tessalonicenses 1.9).
      Tormento contínuo e sem alívio será o estado final de Satanás, dos anjos caídos e de todos os homens não redimidos. (Apocalipse 20.10; 15).
O que é o céu?
      O céu é onde Cristo está (Marcos 16.19; Hebreus 8.1). Todos os crentes têm um chamado especial para o céu, e não para estar dormindo ou para outro lugar qualquer (Hebreus 3.1; 11.16; 12.22). É no céu que Jesus está, e é pra lá que um dia iremos.
      Apocalipse 3.21. Vemos aqui que Cristo está no céu à direita de Deus Pai, e esse texto diz que o vencedor sentar-se-á ao seu lado, logo concluímos que isso será no céu. O que vencer terá o privilégio de assentar-se com Jesus em seu trono. Ele, Cristo, já está lá preparando um lugar para nós (João 14.3) e um dia virá nos buscar para estarmos com ele (João17. 24). A esperança do crente em Jesus é o céu, e não a terra ou um sono eterno (Filipenses 3.20-21; 2Coríntios 5.1-2; Mateus 25.31-40). Isso é o que a Bíblia ensina sobre o céu, agora se você prefere acreditar que é de outro jeito, o problema é seu. Minha parte estou fazendo!
O que é o inferno?
        O inferno é o lago de fogo e enxofre, lugar de punição eterna de todos os rebeldes impenitentes, angélicos ou humanos (Apocalipse 20.10; 15).
         O Novo Testamento fala muito sobre a punição eterna (Apocalipse 14.10-11; Mateus 13.40-42; Marcos 9.43-48; Lucas 3.17). Eterno é eterno, não tem fim, é para sempre.
        O inferno foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mateus 25.41), mas, os homens que não têm Jesus como o Senhor, irão para lá também (João 3.18; 2Pedro 2.4-5; 9; 2Tessalonicenses 1.6-10; Apocalipse 20.14-15). Contudo você que é crente, pode dizer com todas as letras que sua morada eterna é no céu, ao lado de Cristo (Colossenses 3.1-4).
       Essa galera que prega, e os que acreditam no sono da alma, lhes dou um conselho: “Aproveite para dormir e sonhar, enquanto estão nesse mundo, pois, depois da morte do corpo, a alma viverá eternamente ou no céu ou no inferno, já que essa é uma realidade que um dia todos experimentarão!”

Em Cristo

Francisco Rodrigues Filho




[1]Ou seja, ajudar aos pobres e necessitados e sustento da obra missionária.
[2]Conheço irmãos que passam por essa triste experiência.
[3]Escândalo da graça é o ensino bíblico em que somos salvos totalmente pela graça de Deus, e que nada há em nós para que possamos agradá-lo, pois até nossos atos justos são, para Ele, trapos imundos (Isaías 64.6).
[4]Ou seja, o que está no processo de salvação, ou salvo, alegra-se com a graça oferecida. O que está no processo de destruição, ou perdido, ira-se com a graça, envergonha-se dela e teme. E a palavra de Cristo torna-se tropeço para esses que estão se perdendo (1Pedro 2.6-8).
[5]O termo grego: mwri/////a(môría) , estupide z, absurdo, tolice, está em 1Coríntios 1.18, traduz a palavra na qual “débil mental” é derivado.
[6]A expressão “cadeira de Moisés” é equivalente ao termo universitário “cátedra”. Sentar-se na “cadeira de Moisés” era ter a mais elevada autoridade para instruir sobre a Lei. Apesar de haver um sentido legítimo no qual os sacerdotes e levitas tinham autoridade para decidir sobre questões da Lei (Deuteronômio 17.9), Jesus os condenou por acrescentarem tradição humana à palavra de Deus (Mateus 15.3-9).
[7]Alargar os filactérios e alongar as franjas era a tentativa de parecerem especialmente espirituais.
[8]“mestres (...) pai (...) guias.” Cristo está proibindo o uso de tais nomes como títulos espirituais ou num sentido de ostentação que conceda autoridade espiritual indevida a um ser humano, como se ele fosse a fonte da verdade, e não Deus. Isso é bastante visto em nosso meio. O camarada se auto-intitula “apóstolo”, e o que tem de babaca aos seus pés, não é brincadeira.
[9]Aqui estão incluídos os profetas com mensagens falsas, como também se vê no meio institucional, os sacerdotes que querem afirmar a sua própria autoridade e também os seus seguidores, que toleram tais falsidades. Todos são culpados diante de Deus.
[10]Esse sistema está tão bem montado que muitos quando faltam ao culto sentem-se mal. E o pajé quando sabe disso, aproveita e diz que é o Espírito Santo inquietando-os... só se for um espírito maligno.
[11]Por isso, quando se lê sobre a graça nos meus folhetos, muitos ficam irados. Se, pelo contrário, eu pregasse que para agradar a Deus teriam que fazer isso ou aquilo, se submeter a tal e tal, depositar tanto no “altar do Senhor”, todos diriam “amém.” É a tendência natural do pecado que reside no ser, onde se tem a consciência de ter que fazer algo. Para estes a Graça de Deus não basta, e por isso, estão perdidos.
[12]Quando falo em “Igreja”, com I maiúsculo, é o que Jesus e o Novo Testamento definem como Igreja; ou seja, o encontro com Deus e uns com os outros em torno do nome de Jesus e em acordo de fé com o Evangelho. Quando falo “igreja”, com i minúsculo, me refiro a representação histórico-institucional do fenômeno histórico, social, econômico, político e culturalmente autodefinido como “igreja”. Aquela que tem uma hierarquia, sigla, geografia - fixa e membros sócios!

[13]A Igreja invisível é aquela que só Deus conhece, é a noiva de Cristo, é a verdadeira e única Igreja, são pessoas que ainda frequentam igrejas institucionais. E as igrejas visíveis são prédios, templose instituições e que nessas últimas pode haver verdadeiros servos de Deus lá dentro, até conhecerem a verdade.
[14]Já escrevi sobre o que é ser um crente verdadeiro. (Convite à loucura Nº06).
[15]Leia o Convite à Loucura Nº36, sobre comunhão.
[16]Coisas que costumamos ouvir em programas evangélicos de rádio e televisão; adulação e massagem no ego daqueles que gostam desse tipo de coisa, afinal para continuar no ar, eles têm que adular, bajular o povão, a massa, seja ela “crente” ou não!
[17]Evangelho relacional é aquele evangelho falsificado onde se tenta ajuntar gente através dos relacionamentos.
[18]É aquele evangelho também falso aonde o ser humano é colocado em um pedestal. Também conhecido como evangelho antropocêntrico, aquele que tem o homem como referencial único, o homem, e não Deus é o centro de tudo.
[19]A palavra grega básica para designar pecado é amarti/////a, (hamartia), que significa errar o alvo e não participar da premiação. Todos erram o alvo, e por isso estão destituídos da glória de Deus. Romanos 3.23.
[20]Pessoas que vivem de dízimos e por isso fazem de tudo para prender as pessoas dentro dos templos religiosos, para que assim arrecadem mais dinheiro, que é o seu deus.
[21]A verdade é que existem muitos obstáculos ao pleno ensino do Evangelho, que diz que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.


Mas, lembre-se! Tudo o que lhes oferecemos é a verdade; nada mais!