quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Faladores de Línguas Parte 4


Convite à Loucura Nº28 O Cristão deve falar em Línguas Estranhas? (Parte 4)
   
       Vimos no folheto Nº25, que o verdadeiro dom de línguas era aquele do livro de Atos. No folheto Nº26, podemos observar o contexto da sociedade de Corinto, e como esse contexto influenciava os cristãos imaturos, fazendo-os usar esse dom de forma egoísta e fraudulenta. No folheto Nº27 vimos o apóstolo Paulo repreendendo os exageros dos coríntios e como eles desobedeciam as Escrituras quando falavam em línguas. Veremos agora mais heresias criadas por esses que defendem esse linguajar estranho.
1Coríntios 13.1
     Os defensores das “línguas estranhas” dizem que o barulho que eles fazem, não dá pra ser entendido por ninguém aqui na terra, pois são línguas dos anjos.

     Isso é mais uma evidência de como esse povo é ruim em interpretação Bíblica.

      Dizem eles que as línguas estranhas são idiomas dos anjos, baseando-se em 1Coríntios 13.1; “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.” Não necessita ser um teólogo para ver que nesse versículo Paulo está usando uma hipérbole, uma figura de linguagem que engrandece ou diminui em demasia a verdade das coisas; é um exagero. Observe que Paulo continua com a figura de linguagem no versículo 2, dizendo que: “Ainda que eu (...) conheça todos os mistérios e toda ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes,...”. RACIOCINE! Paulo não sabia todos os mistérios, e não tinha todo o conhecimento, e nem tinha fé capaz de mover montanhas. Com isso deduzimos que ele também não falava essa suposta língua dos anjos.

     Outra observação a se fazer nesse texto é que Paulo diz; “ainda que eu fale...” Isso mostra que ele não falava essas línguas. No entanto em 1Coríntios 14.18, ele afirma categoricamente que falava em outros idiomas mais do que qualquer irmão de Corinto.

      O Apóstolo Paulo estava escrevendo em termos gerais hipotéticos. Não há nenhum ensino Bíblico a respeito de alguma língua dos anjos especial que as pessoas pudessem aprender a falar. E para finalizar, a Bíblia está repleta de textos em que anjos se comunicam com os humanos e em nenhum desses textos eles falavam em alguma língua desconhecida dos homens.

1Coríntios 14.2
      Os defensores dessa doutrina usam esse versículo para dizer que o dom de língua é um mistério e não um idioma qualquer.

      Para a correta interpretação desse capitulo, é fundamental atentar-nos para as formas singular; língua, e a plural línguas. Paulo parece usar o singular para distinguir o falso dom da algaravia pagã e o plural para indicar o dom genuíno de uma língua estrangeira. Apesar de em algumas traduções não esteja indicado, de modo consistente, a distinção entre a forma singular e a plural. Mas o que nos interessa são os originais e não as traduções.

     Singular, veja versículos, 2; 4; 13-14; 19; 27. Plural, veja versículos, 6; 18; 22-23. Quando está no singular indica que se trata da falsa algaravia do falso discurso extático pagão. Quando é usado o singular é por que a falsa língua não pode ser plural; não existem diversos tipos de línguas inexistentes. Existem, todavia, diversas línguas estrangeiras; assim, nesse texto, quando fala a respeito do verdadeiro dom de línguas, Paulo emprega o plural a fim de fazer a distinção. Com isso aprendemos que mesmo na época de Paulo essas línguas extáticas já existiam, mas que nada tinham a ver com o verdadeiro dom de línguas.

    Veja também que quem estava falando essas línguas não se dirigiam a homens, mas sim a “deus”.  Pois a melhor tradução para esse trecho seria; “a um deus”. O texto em grego não tem o artigo definido, e por isso, não se refere ao nosso Deus Todo Poderoso, e sim a um deus, ou demônio. A algaravia deles era adoração a deuses pagãos. Mesmo que inconscientemente os coríntios estavam adorando a deuses pagãos com seu falso dom de línguas.
      A Bíblia não apresenta nenhuma ocorrência de qualquer cristão falando a Deus em nenhuma outra língua a não ser na língua dos seres humanos.

      “...visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.” Os Coríntios carnais, usando o falso discurso extático do paganismo, não estavam interessados em ser entendidos, mas em apresentar um espetáculo dramático. O espírito por intermédio do qual falavam não era o Espírito Santo, mas o próprio espírito humano deles ou algum demônio; e os mistérios que eles declaravam eram do tipo associado às religiões pagãs de mistérios, que era adotado pela sua profundidade que somente alguns poucos iniciados tinham o privilégio de conhecer e entender. Esses mistérios são totalmente diferentes daqueles mencionados nas Escrituras, os quais eram revelações divinas de verdades que antes eram escondidas.
      Se você costuma entrar em transe e balbuciar palavras que não compreende, cuidado; você pode estar cultuando a demônios.

Marcos 16.14-20
      Os que defendem a doutrina de línguas estranhas, dizem que esse texto conclui que essa doutrina é irrefutável, contudo, mais uma vez o que se conclui é como essa gente é ruim em interpretação bíblica. Dizem eles que esses sinais que estão registrados aqui, devem marcar a vida de todos os que crêem em Jesus. Mas, será mesmo isso que o texto está dizendo? Vamos analisá-lo!
      Depois de ressuscitado, Jesus apareceu a Maria Madalena que imediatamente foi anunciar a boa nova aos companheiros de Jesus, e eles não acreditaram nela (versículos 9-11). Jesus também apareceu a dois companheiros seus que foram imediatamente contar aos outros, mas também não lhes deram crédito (versículos 12-13). Finalmente foi necessário o próprio Jesus aparecer a eles. E assim sendo, lhes repreendeu a sua incredulidade e a sua dureza de coração, já que não tinham dado crédito aos que já o tinham visto ressuscitado. (versículo 14). Eles não acreditaram no testemunho da ressurreição, Lucas 24.10-11. Nisso Jesus diz: “Vão por todo o mundo pregar o meu evangelho, pois estes sinais vão lhes acompanhar, se vocês crerem...”. Daí ele descreve essa pequena lista de sinais. Jesus diz que esses sinais seguiriam os que cressem e não os que continuassem com a “incredulidade e dureza de coração.” E realmente quando eles creram, os sinais confirmaram suas palavras, veja versículo 20.
       Veja que o versículo 20 começa com; “e eles...” Quem eram esses, eles? Todo mundo que crer em Jesus? Claro que não! O contexto claramente diz que eram os discípulos.
        Esses sinais foram prometidos à comunidade dos apóstolos (Mateus 10.1; 2Coríntios 12.12), Não a todos os crentes de todas as épocas.
        Não há base bíblica para acreditarmos que todos os que crêem em Jesus têm o dever de operar esses sinais descritos em Marcos 16.17-18. Se bem que os defensores de línguas estranhas, não querem nem de longe beber alguma coisa mortífera, como o veneno; ou querem?
neós ou kainós ?
         Outro fato que derruba essa heresia é o termo grego “novas”, pois o texto diz que: “Falarão novas línguas.” Pois bem; a língua grega conhece basicamente duas palavras para expressar a idéia de novo, néos e kainós, neós é novo, não existente antes. Mas a que é empregada aqui é “kainós”, não descreve algo novo no sentido temporal, e sim algo não usual, nada corriqueiro. Não usado no momento, mas que já existia. Essa heresia poderia ser sustentada se o termo usado aqui fosse neós, mas é kainós. As “novas” línguas desse texto são as “outras” línguas de Atos 2. Obviamente, não eram novas para os ouvintes, e sim para aqueles que as falavam.

       Para quem acha que eu estou errado, pode até ser que eu esteja, escrevam-me, tenham coragem, mas só aceito objeções se forem pautadas na Bíblia Sagrada!
       Em Cristo
       Francisco Rodrigues Filho




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Faladores de línguas parte 3


Convite à Loucura Nº27 O Cristão deve falar em Línguas Estranhas? (Parte 3)
   
       Vimos no folheto Nº25, que o verdadeiro dom de línguas era aquele do livro de Atos, onde os homens de Deus pregavam sua palavra em vários idiomas que não foram por eles aprendidos. No folheto Nº26, podemos observar o contexto pagão em que se encontrava a sociedade de Corinto, e como esse contexto influenciava os cristãos imaturos, fazendo-os usar esse dom de forma egoísta e fraudulenta; vimos também o quanto o dom de línguas do livro de Atos era diferente do que era praticado em Corinto; e como nos dias atuais pratica-se a mesma heresia do tempo de Corinto.  Nesse folheto Nº27 veremos o que mais Paulo tem a nos ensinar nessa área.
O Que Paulo nos diz?
1Coríntios 14
     Os fenômenos ocorridos entre os coríntios devem ser olhados com cautela, procurando explicações deles no que o Apóstolo Paulo ensinou.
     Veja que no inspirado entender de Paulo, as línguas extáticas, inarticuladas, faladas em Corinto são:

      a)- Sem proveito 1Co 14.6 (...em que vos aproveitarei,...).

      b)- Sem entendimento 1Co 14.9 (...como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar.)

      c)- Infrutífera, 1Co 14.14 (... a minha mente fica infrutífera.)

      d)- Sem edificação para a igreja, 1Co 14.17 (...o outro não é edificado.)

      e)- Sem instrução, 1Co 14.19 (...prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua.)

       f)- Sem maturidade, 1Co 14.20 (...sede homens amadurecidos.)

      g)- Sinal de insanidade e não de equilíbrio, 1Co 14.23 (Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?).     

     Veja que, quando o dom de língua era exercido dominantemente e descontrolado na reunião, a confusão reinava e o evangelho era desonrado e desacreditado como acontece nos dias de hoje. Assim como acontece nos dias atuais, quando todos se reúnem e falam em línguas estranhas são taxados de loucos por aqueles que deveriam estar sendo evangelizados. Essa palavra “louco”, no grego: maínomai, significa estar num frenesi descontrolado. Quando o verdadeiro dom foi utilizado em Atos 2, não houve loucura e muitos entenderam na sua própria língua o que estava sendo dito. Já aqui em Corinto, havia um caos carismático, como acontece nos dias de hoje.
     Essas línguas de Corinto duramente repreendidas por Paulo não são as mesmas de Atos. Talvez sejam as mesmas faladas hoje em dia. E, se Paulo viesse para os nossos dias, com certeza ele repreenderia esses irmãos que usam essas línguas para parecerem mais espirituais do que os outros, e que não se reúnem para a edificação mútua, mas, para a confusão e desordem.
     Pode-se dizer que as línguas que se ouve hoje nessas igrejas são; ou línguas extáticas ou línguas fraudulentas; é o que vamos ver agora, pois o verdadeiro dom de línguas é uma habilidade que o Espírito Santo concede ao crente, com o objetivo do crescimento espiritual e o aperfeiçoamento dos que fazem parte da igreja, mas, nunca leva o crente a um estado de êxtase, como se vê hoje nas igrejas.

    Existem regulamentos para se falar em línguas que hoje são desobedecidos.

Regulamentos Para se Usar esse Dom.
   Devido à desordem estabelecida em Corinto, Paulo dita alguns regulamentos para se falar em línguas. Regulamentos que não devem ser esquecidos ou negligenciados, eles foram estabelecidos por Deus por intermédio de Paulo divinamente inspirado. E, acreditem, Deus não daria o seu dom se sua palavra fosse desobedecida.

   Em 1Coríntios 14.26-40, encontram-se vários regulamentos para o uso das línguas na Bíblia. Hoje, esses regulamentos são totalmente desrespeitados.

 Quatro Regulamentos Desobedecidos.
   1)- 1Coríntios 14.27 “...que não sejam mais do que dois ou quando muito três,...”. Desrespeitando essa regra, nos ajuntamentos de hoje, às vezes, tem dúzias falando no mesmo tempo.

    2)- 1Coríntios 14.27, “...e isto sucessivamente, ...”. Isto é, numa sequência, um após o outro, em vez disso atualmente muitas pessoas falam simultaneamente.

   3)- 1Coríntios 14.27, “...e haja quem interprete.” Tudo que fosse falado em línguas no culto ao Senhor, tinha que ser interpretado. Hoje a bagunça é feita quer haja intérprete ou não. Geralmente não há!

    4)- 1Coríntios 14.28, “...não havendo intérprete, fique calado na igreja.” O uso do imperativo presente ativo no original; sigáô, “fique calado”, significa ficar quieto, calar-se.

     Esse imperativo demonstra que Paulo não estava disposto a abrir exceções. O verbo calar indica que não se deve falar sobre hipótese alguma. O tempo presente indica que não deviam falar nenhuma vez em língua. Sem a interpretação, em uma igreja que estivesse obedecendo às instruções de Paulo à risca, não se ouviriam línguas. Somente nas ocasiões em que interpretes “bem conhecidos”, “experientes” e “comprovados” estivessem presentes é que seriam exercidas as línguas. É uma ordem apostólica e Paulo esperava que a mesma fosse cumprida. Paulo usa esse imperativo “cale-se”, três vezes nessa seção v.28; 30; 34. Observe que no versículo 37, Paulo diz que o que ele estava escrevendo é; mandamento do Senhor, e se alguém ignorar isso; será ignorado, versículo 38.
     Tanto naquele tempo como hoje o problema é o mesmo; todos falando juntos sem ordem e sem decência, saturado de vozeirão e barulho.

     Vimos aqui que os coríntios estavam usando suas experiências extáticas como pretexto para fugir da autoridade do apóstolo Paulo, mas em todos os tempos a autoridade de qualquer mensagem se comprova pela sua submissão à autoridade dos escritos apostólicos do Novo Testamento.

      Diante desses abusos qualquer um pode deduzir que; se as igrejas que mais dizem que falam em línguas, desrespeitam a Bíblia no uso destas línguas; essas línguas não são de Deus. É simples assim! Os movimentos, hoje, onde têm essas manifestações de línguas estão sempre desobedecendo essas determinações e mandamentos do apóstolo Paulo inspirado por Deus. Será possível que o Espírito Santo de Deus continuaria a dar um dom em ambientes onde sua palavra é continuamente desobedecida? É claro que não!

      O movimento de língua estranha atual está totalmente desacreditado como legítimo, já que não segue as ordens claras e reguladoras contidas nesses versículos.

      Outra prova de que esses fenômenos não fazem parte dos dons distribuídos por Deus é que vários grupos diferentes e com doutrinas diversas e estranhas à Bíblia, falam essas línguas estranhas; que realmente são estranhas. Hoje, as “línguas” são usadas por muitas e diferentes grupos religiosos que pregam e ensinam doutrinas contraditórias. A Igreja Universal do Reino  de Deus, Assembleia de Deus, Deus é amor e até grupos que negam a trindade, como os     Mórmons. Todos esses grupos falam essas línguas estranhas. E até mesmo os Católicos Carismáticos praticam essas algaravias extáticas.

    Agora prestem atenção; se não for como estou dizendo, então o Espírito Santo está dando seu sinal de aprovação a igrejas que pregam coisas que contradizem completamente umas as outras. Sem falar que muitas das doutrinas e práticas de alguns desses grupos, alem de contradizer umas as outras, contradizem também totalmente a Bíblia Sagrada. Será que o Senhor é Deus de confusão? Claro que não!

     1Coríntios 14.33;40. Veja nesses versículos que quando a igreja se reúne em adoração a Deus deve refletir o caráter e a natureza dele, porque ele é um Deus de paz e harmonia, ordem e clareza, não de brigas e confusão.

Em Cristo

Francisco Rodrigues Filho