quarta-feira, 1 de maio de 2013

Convite à loucura - 37


Convite à Loucura Nº37, A Bíblia Sagrada.
     O mundo moderno tem rejeitado cada vez mais os valores cristãos. Para muitos, a Bíblia é apenas  um livro de valor histórico. Alguns dizem que acreditam na Bíblia, mas não em tudo, algumas coisas não dá pra acreditar, para essas pessoas. Outras dizem que a Bíblia é somente um livro humano, já que é escrito por homens.
     Mas para o cristão verdadeiro a Bíblia é a Palavra de Deus. Sua mensagem inconfundível tem abençoado e transformado bilhões de seres humanos ao longo dos anos. Suas profecias têm se cumprido fielmente. Suas verdades mudaram nações e sua influência é crescente em vários setores da sociedade. Se você crê somente no que gosta da Bíblia e rejeita o que não gosta, não é na Bíblia que você crê, mas em você mesmo. Se a Bíblia fosse somente um livro humano, não exporia todo o mal da humanidade e a necessidade de um arrependimento por parte de todos nós. Se a Bíblia fosse somente um livro humano, seria então um livro de auto-ajuda, dizendo que o homem é perfeito e que poderia fazer tudo somente com suas próprias forças. O único motivo por que tantos estão contra a Bíblia é porque sabem que a Bíblia está contra eles.  A leitura deste folheto renovará em nosso coração o desejo ardente de proclamar as verdades eternas do Livro Santo.

Qual o Tema Central da Bíblia?
      Escolhemos um livro e o lemos tendo em vista o propósito do autor. De quê se trata? É um livro de ciência ou de história ou um romance para entreter? É uma obra de prosa ou poesia ou uma controvérsia? Antes de comprarmos um livro passamos algum tempo analisando essas informações. É, ou não é?
      Então por que muitas pessoas leem a Bíblia sem ter o mínimo de compreensão do propósito geral do livro? A maioria nem se preocupam em saber do quê trata o tema central da Bíblia.
Um Livro de Salvação!
      A Bíblia não é um livro, mas, uma biblioteca de 66 livros. Ela foi escrita por autores diferentes em épocas diferentes em ocasiões diferentes e com assuntos diferentes, mas, com um único autor com um único tema unificador. 2Pedro 1.20-21.
     2Timóteo 3. Paulo escrevendo a Timóteo diz que nos últimos dias surgirão homens maus; são mestres (v.1-2) na própria igreja que irão enganar e conquistar aqueles que não são igreja (v.6-7); Paulo continua dizendo que nem ele, nem Timóteo, nem nenhum crente verdadeiro deve ser como estes (v.10; 12-13), já que os verdadeiros crentes estão bem enraizados na Palavra de Deus, como os judeus que tinham como costume comum de obrigarem os pais a darem início ao treinamento sério de seus filhos, nas Escrituras, já desde o quinto ano de idade (v.14-17). Essas sagradas letras do (v.15), era o Velho Testamento e elas podiam, e podem, fazer qualquer um sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus.
     O propósito supremo da Bíblia. Paulo escreve à Timóteo, é instruir seus leitores “para a salvação”.

     Primeiro, o propósito da Bíblia não é científico.[1]
     Falamos de ciência e não de “teorias científicas”. Ciência é um corpo de conhecimento adquirido pela observação, experimentação e indução. O propósito de Deus na Escritura, entretanto, foi revelar verdades que não podem ser descobertas por esse método científico. O método de Deus revelar suas verdades é chamado pelos cientistas de “método empírico”. Cremos pela fé Hebreus 11.1, que é acreditar em algo sem prova concreta, 1Coríntios 2.9-11, mas não sem razão.
    Em segundo lugar, o propósito da Bíblia não é literário.
    O Novo Testamento foi em grande parte escrito em grego koinh[2], (koinê) a linguagem cotidiana do mercado e do trabalho, e muito dele carece de refinamento literário, até mesmo exatidão gramatical. O propósito da Bíblia está em sua mensagem, não em seu estilo.
   Em terceiro lugar, o propósito da Bíblia não é filosófico.
   É verdade que a Escritura contém sabedoria profunda, na verdade, a sabedoria de Deus. A Bíblia é um livro mais prático do que teórico. Está mais interessada em nos dizer como suportar os sofrimentos e vencer o mal do que em filosofar sobre sua origem e propósito.
    A Bíblia não é, portanto, basicamente um livro de ciência, nem de literatura, nem de filosofia, mas de salvação.
   
    A sujeira oculta em nosso coração somente será exposta mediante a exposição da Palavra de Deus. Satanás tem sido muito eficiente na sua estratégia de silenciar a Bíblia Sagrada, que é o instrumento necessário para levar os homens até Cristo e sua salvação[3].
    Quem não compreende a Bíblia, a Palavra de Deus, Jesus! Nunca poderá compreender, pois não podem ouvir sua Palavra. Assim, quanto mais se explica “em verdade, em verdade” menos se é entendido. Pois é impossível compreender a linguagem de Deus sem crer na Palavra dele.
   Assim, ele pergunta e responde: “Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha Palavra”. João 8.43.
   Ninguém jamais entenderá nada do Evangelho a menos que creia na Palavra de Jesus, em razão de poder ouvi-la, dando sempre razão a Deus[4].
Jesus; Apenas um Mestre, ou Deus?
     A autoridade de Jesus confirma a autoridade da Bíblia. Se ele é o Filho de Deus, então a Bíblia é a Palavra de Deus. Na verdade, se Jesus fosse somente um profeta ou um mestre, como algumas pessoas crêem, então ele seria um louco ou o maior mentiroso de todos os tempos. Sim, essas palavras são duras, mas são verdadeiras!
     Ora! Se Cristo diz que é Deus, João 10.30[5], e SENHOR, João 13.13, e se ele não é mentiroso nem louco então ele deve ser mesmo Deus, e se ele é Deus, a Bíblia é a sua Palavra, e nunca será destruída, Mateus 24.35, nem pode falhar, João 10.35.
     Se Jesus fala a verdade, é verdade que a Bíblia é a Palavra de Deus. Agora se você não acredita que Jesus é Deus, não venha com essa baboseira de dizer que ele foi um grande mestre ou sábio ou qualquer outra coisa. Ou você reconhece que ele é Deus, ou admiti que ele foi um louco ou um grande mentiroso, e viva com as consequências de suas decisões!
Quem tem coragem de morrer por uma mentira?
     O profeta verdadeiro não podia ser comprado. Como o profeta que foi tentado confessou: “Eu não poderia transpassar o mandado do SENHOR, meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande” (Números 22.18). O que Deus falava, o profeta tinha que declarar, apesar das consequências. Quem faria isso por uma mentira? Muitos profetas foram ameaçados e até martirizados, mas nunca renunciaram à verdade. Jeremias foi colocado na prisão por suas profecias inconvenientes (Jeremias 32.2; 37.15) e até ameaçado de morte (Jeremias 26.8; 24). Outros foram mortos (Mateus 23.34-36; Hebreus 11.32-28). Pedro e os onze apóstolos assim como Paulo (Atos 28.16-22), foram todos aprisionados, e a maioria foi posteriormente martirizada por seu testemunho (2Timóteo 4.6-8; 2Pedro 1.14). Na verdade, ser “fiel até a morte” era identidade da convicção cristã primitiva (Apocalipse 2.10).
    Às vezes pessoas morrem por causas falsas que acreditam ser verdadeiras, mas poucas morrem pelo que sabem ser falso. Mas as testemunhas bíblicas, que estavam em posição de saber o que era verdadeiro, morreram por proclamar que a sua mensagem veio de Deus. Isso é no mínimo evidência prima facie[6] de que a Bíblia é o que eles afirmaram ser; a Palavra de Deus.

    A Bíblia foi escrita durante um período de mais de 1.500 anos. Durante mais de 40 gerações, por mais de 40 autores, envolvidos nas mais diferentes atividades, de todo tipo de classe social como; reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, boiadeiros, estudiosos, médicos, rabinos e generais. Escrita em diferentes lugares como desertos, masmorra, palácio e prisão. Em três continentes: Ásia, África e Europa. Em três idiomas: Hebraico: a língua do Antigo Testamento. Aramaico: a “língua franca” do Oriente Próximo até a época de Alexandre o Grande (século VI a.C.- século IV a.C.). Grego: a língua do Novo Testamento. Foi o idioma de uso internacional à época de Cristo.

      Agora pense! Uma coleção de livros que foram escritos em um período de tempo tão grande, por um número tão grande de pessoas, diferentes, em épocas diferentes, de língua, costumes e classe social diferentes, no entanto traz um tema unificador, nos mostrando que existe uma única mente por trás da autoria desse livro que é o Espírito Santo, 2Timóteo 3.16-17; 2Pedro 1.20-21.

       De acordo com a história a arqueologia e até a ciência, você pode pegar sua Bíblia e dizer que o que tem em suas mãos é uma cópia altamente confiável do original, que nos veio das penas dos profetas e dos apóstolos. Quem duvidar; pesquise, estude e mostre que não é assim ou creia e se renda a Jesus e a sua salvação.

       Em Cristo
       Francisco Rodrigues Filho




[1] Apesar de conter muita verdade científica nela, já que seu autor, Deus, foi quem criou a verdadeira ciência.
[2] Koinh: é a forma feminina do adjetivo grego koinoj, que aqui é usado no sentido de “comum”. O Novo Testamento não foi escrito em uma linguagem espiritual, uma língua especial, nem no grego clássico,que era escrito as obras mais importantes daquela época, mas foi escrito na língua comum que era a mais falada e usada em toda aquela região! A língua do povão. Que Deus maravilhoso!
[3] O povo até que anda com a Bíblia debaixo do braço, mas não a lê. Alguns líderes já não usam mais a Bíblia, mas, livros de auto-ajuda, dispositivos eletrônicos, promessas de uma vida melhor, etc... . Não é exagero afirmar que, desde o tempo em que a invenção da imprensa deu a Bíblia ao povo comum... nunca houve uma geração de cristãos tão analfabetos, religiosamente falando, quanto a nossa.
[4] Ninguém entende as Escrituras de forma espiritual se Deus não lhes abrir o entendimento. Leia Lucas 24.45.
[5] EU E O PAI SOMOS UM. O termo grego que aqui é traduzido por “UM” é, en, que é neutro e significa: “uma só coisa”, não uma só pessoa. Os dois (Jesus e o Pai) são iguais quanto à essência ou natureza, mas não são pessoas idênticas. Os judeus entenderam que Jesus está, aqui, reivindicando sua deidade. Por isso queriam apedrejá-lo, (v.31-33).
[6] Prima facie; é uma expressão latina que significa “a primeira vista”. Essa frase é muito utilizada em filosofia.