Convite à
Loucura Nº 44
Os
Crentes devem ser Mórmons?
Introdução.
Ainda que eu seja totalmente contra o sistema
doutrinário da igreja dos Mórmons, reconheço que há muitas pessoas sinceras no
mormonismo, buscando a verdade e preocupados com a salvação eterna. E é para
esses que dedico este pequeno opúsculo. Que o nosso Senhor possa abrir-lhes o
entendimento para entender sua palavra.
Quem são
os Mórmons?
O mormonismo foi fundado
por Joseph Smith Jr. Que nasceu em Sharon, Estado de Vermont, nos Estados
Unidos, em 23 de Dezembro de 1805. Disse ele que recebeu uma visita do Pai e de
Jesus Cristo em 1820 e depois em 1823 recebeu várias visitas de um anjo chamado
Moroni que lhe orientou na busca por umas placas de ouro escritas em hieróglifos
do “egípcio reformado”(um idioma que não existe) da tradução dessas placas
resultou o Livro de Mórmon, publicado
pela primeira vez em 1830.
Alguns
Problemas.
Não temos espaço suficiente
para refutar todas as doutrinas Mórmons. Por isso nos concentraremos em lhes
mostrar as contradições óbvias do Livro
de Mórmon em relação a Bíblia Sagrada. Avaliando este estudo, fica a seu
critério escolher em qual crer que é a Palavra de Deus, e qual é mera palavra
de homens falhos.
Os Mórmons geralmente dizem
que creem na Bíblia com a condição de “se” a interpretação feita é correta ou
não (claro que toda interpretação de qualquer livro que lemos tem que está
correta) o que fica óbvio é que essa alegação é apenas um subterfúgio para
dizerem o que convém para eles crerem ou não na Bíblia. Aceitando, assim, o que
lhes convém e rejeitando o restante, ou seja: é uma forma sutil de dizerem que
não creem na Bíblia.
Interpretação
Bíblica.
Para evitar
interpretações inapropriadas da Bíblia é necessário levar em conta o contexto,
o autor, o leitor da época, o estilo literário, etc. (como se faz com qualquer
livro). Dessa forma pode-se ler naturalmente e entender a Bíblia de forma
clara e direta.
Para que haja um entendimento é necessário
ler a Bíblia de acordo com a abordagem gramatical e histórica da Escritura. Os
cristãos bíblicos leem a Bíblia de forma direta, ou clara, e de acordo com o
contexto. Por isso, aprendemos a partir do que Deus diz e quer dizer, e não
usamos estranhos sentidos literais (no sentido estrito da palavra) em passagens
metafóricas ou alegóricas e vice-versa.
Sendo assim, amigos Mórmons,
não há como rejeitar o que a Bíblia diz apenas declarando que a interpretação está
equivocada, é preciso provar tal declaração!
Contradições
do Livro de Mórmon.
1- Em Ômni 1.25 fala-se do dom
de línguas e no dom de interpretação de línguas, e em Alma 9.21 também se
refere em o falar em línguas.
O Problema é: como os dons
espirituais do Espírito Santo existiam em 323-130 antes de Cristo e 82 antes
Cristo (datas desses livros) se o Espírito Santo só veio com seu ministério em
aproximadamente 70 depois Cristo, no dia de Pentecostes? (Atos 2.1-4). Os dons
espirituais não podiam estar presentes no tempo indicado porque Jesus ainda não
fora glorificado (compare Lucas 3.16 com João 7.37-39).
2- Alma 7.10 nos diz que Jesus
nasceria em Jerusalém. Mas a Bíblia nos afirma que ele nasceu em Belém (Miquéias
5.2; Mateus 2.4-5; Lucas 2.4-7; João 7.41-42). Apesar das alegações dos Mórmons
este é mais um grave erro.
3- Alma 46.15 fala de um grupo
denominado “cristãos”. Esse trecho contradiz Atos 11.26, O livro de Atos foi
escrito entre 80 a 90 anos depois de Cristo dizendo que os cristãos foram
denominados assim pela primeira vez em Antioquia. Como podem terem sido
chamados de “cristãos” dezenas de anos antes desse episódio de Atos?
Sobre a
Bíblia.
Em 1Nefí 13.26;28-29 está dito
que a Bíblia é um livro “mutilado”, “cheia de erros” e usado por Satanás para
escravizar o homem. Veja também 2Nefí 29.3;6;8.
Existe milhares de manuscritos
bíblicos e trechos deles por toda a Europa e Ásia, não sendo necessário,
portanto, depender da tradução de apenas um deles. Algo relevante é a exatidão
que se confirma entre eles. Além disso, a veracidade das Escrituras comprova-se
por suas evidências internas e externas, e pela arqueologia
Sobre o
Livro de Mórmon.
O Livro de Mórmon continua desacreditado
do ponto de vista teológico, histórico, geográfico e científico, especialmente
pela arqueologia. Os apologistas mórmons permanecem frustrados diante da falta
de evidências científicas que venham a comprovar o Livro de Mórmon.
A lista a seguir foi publicada no livrete Archeology and the Book of Mórmon,
escrito por Hal Hougey, Página 12.
a)- nenhuma cidade do Livro de Mórmon foi localizada;
b)- nenhum nome do Livro de Mórmon foi encontrado em
inscrições do Novo Mundo;
c)- nenhuma inscrição
genuína em hebraico foi encontrada;
d)- nenhuma inscrição em
egípcio ou qualquer língua que pudesse vir a ser o “egípcio reformado” de
Joseph Smith foi encontrada;
e)- nenhuma cópia antiga das
escrituras do Livro de Mórmon foi
encontrada;
f)- não há inscrição de
qualquer espécie que indique que os antigos habitantes da américa tinham
crenças hebraicas ou cristãs, todas eram pagãs;
g)- nenhuma menção de
pessoas, nações ou lugares do Livro de
Mórmon é verdadeiro ou foi encontrado;
h)- nenhum artefato de
qualquer espécie que demonstre que o Livro
de Mórmon é verdadeiro foi encontrado;
i)- o mormonismo afirma que
o índio americano é de origem hebráica. A ciência afirma que o índio americano
é de origem mongolóide (asiática);
j)- a última palavra do
livro de Jacó é uma saudação em francês, na edição inglesa. O problema é que o
livro data de 600 a.C. e a língua francesa só começou a ser formada em 700 d.C.
“O Ardor
no Peito”
Por falta de comprovações
científicas os mórmons apelam para o chamado “ardor no peito.” Os Mórmons
instruem as pessoas a orar com fé e sinceridade e perguntar a Deus se o Livro de Mórmon é verdadeiro ou não. Se
alguém orar com sinceridade, sentirá um “ardor no peito”. Baseiam-se no
ensinamento do livro de Moroni 10.4-5 e Doutrinas e Convênios 9.8.
Desde que o mormonismo não
passa no teste das verificações objetivas, os mórmons apelam para uma
experiência chamada de “ardor no peito”, para provar a veracidade do Livro de Mórmon. Batendo de frente com
esse pensamento a Bíblia afirma que confiar em si mesmo para atestar se algo é
falso ou verdadeiro é tolice, já que “enganoso é o coração, mais do que todas as
coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias
17.9). E que “o que confia no seu próprio coração é insensato...” (Provérbios
28.26).
Os cristãos não devem orar
por coisas óbvias – é uma questão de lógica. Se foi Deus quem escreveu a
Bíblia, não é preciso lhe perguntar se foi ele mesmo. O Livro de Mórmon é um livro desacreditado por causa dos seus muitos
erros. Não pode por conseguinte ter origem divina, visto que Deus não erra e
nem se frustra (confira Jó 42.2) e não será uma experiência subjetiva de “ardor
no peito” que provará o contrário. Não é próprio dos filhos de Deus o
estruturar-se sobre uma fé cega, baseada em sentimentos e emoções
exclusivamente, do contrário nos firmamos em fatos que não se furtam a uma
análise objetiva.
A lista de erros grotescos nas
escrituras mórmons é imensa quer a julguemos do ponto de vista científico,
teológico, histórico etc. A grande pergunta é: quantos erros um livro precisa
ter para ser considerado incorreto? E não tivemos espaço para mencionarmos
todos. Que o Senhor ilumine a todos nós!
Todos os Mórmons devem se
lembrar de que foi Cristo Jesus quem morreu pela humanidade e não Joseph Smith.
Devemos honrar nossos líderes espirituais, mas Cristo morreu uma morte horrível
se fazendo maldição para nos salvar (Gálatas 3.13). Assim devemos obedecê-lo. E
sua vontade encontra-se na Bíblia Sagrada e não no livro de Mórmon (João
17.3;14;17).
Em Cristo
Francisco Rodrigues Filho