sábado, 6 de dezembro de 2014

Livro de Mórmons ou Bíblia Sagrada?






Convite à Loucura Nº 44

Os Crentes devem ser Mórmons?
Introdução.
    Ainda que eu seja totalmente contra o sistema doutrinário da igreja dos Mórmons, reconheço que há muitas pessoas sinceras no mormonismo, buscando a verdade e preocupados com a salvação eterna. E é para esses que dedico este pequeno opúsculo. Que o nosso Senhor possa abrir-lhes o entendimento para entender sua palavra.

Quem são os Mórmons?
      O mormonismo foi fundado por Joseph Smith Jr. Que nasceu em Sharon, Estado de Vermont, nos Estados Unidos, em 23 de Dezembro de 1805. Disse ele que recebeu uma visita do Pai e de Jesus Cristo em 1820 e depois em 1823 recebeu várias visitas de um anjo chamado Moroni que lhe orientou na busca por umas placas de ouro escritas em hieróglifos do “egípcio reformado”(um idioma que não existe) da tradução dessas placas resultou o Livro de Mórmon, publicado pela primeira vez em 1830.             
                                                 
Alguns Problemas.
    Não temos espaço suficiente para refutar todas as doutrinas Mórmons. Por isso nos concentraremos em lhes mostrar as contradições óbvias do Livro de Mórmon em relação a Bíblia Sagrada. Avaliando este estudo, fica a seu critério escolher em qual crer que é a Palavra de Deus, e qual é mera palavra de homens falhos.
    Os Mórmons geralmente dizem que creem na Bíblia com a condição de “se” a interpretação feita é correta ou não (claro que toda interpretação de qualquer livro que lemos tem que está correta) o que fica óbvio é que essa alegação é apenas um subterfúgio para dizerem o que convém para eles crerem ou não na Bíblia. Aceitando, assim, o que lhes convém e rejeitando o restante, ou seja: é uma forma sutil de dizerem que não creem na Bíblia.

Interpretação Bíblica.
      Para evitar interpretações inapropriadas da Bíblia é necessário levar em conta o contexto, o autor, o leitor da época, o estilo literário, etc. (como se faz com qualquer livro). Dessa forma pode-se ler naturalmente e entender a Bíblia de forma clara e direta.
     Para que haja um entendimento é necessário ler a Bíblia de acordo com a abordagem gramatical e histórica da Escritura. Os cristãos bíblicos leem a Bíblia de forma direta, ou clara, e de acordo com o contexto. Por isso, aprendemos a partir do que Deus diz e quer dizer, e não usamos estranhos sentidos literais (no sentido estrito da palavra) em passagens metafóricas ou alegóricas e vice-versa.
     Sendo assim, amigos Mórmons, não há como rejeitar o que a Bíblia diz apenas declarando que a interpretação está equivocada, é preciso provar tal declaração!

Contradições do Livro de Mórmon.
     1- Em Ômni 1.25 fala-se do dom de línguas e no dom de interpretação de línguas, e em Alma 9.21 também se refere em o falar em línguas.
     O Problema é: como os dons espirituais do Espírito Santo existiam em 323-130 antes de Cristo e 82 antes Cristo (datas desses livros) se o Espírito Santo só veio com seu ministério em aproximadamente 70 depois Cristo, no dia de Pentecostes? (Atos 2.1-4). Os dons espirituais não podiam estar presentes no tempo indicado porque Jesus ainda não fora glorificado (compare Lucas 3.16 com João 7.37-39).

    2- Alma 7.10 nos diz que Jesus nasceria em Jerusalém. Mas a Bíblia nos afirma que ele nasceu em Belém (Miquéias 5.2; Mateus 2.4-5; Lucas 2.4-7; João 7.41-42). Apesar das alegações dos Mórmons este é mais um grave erro.

    3- Alma 46.15 fala de um grupo denominado “cristãos”. Esse trecho contradiz Atos 11.26, O livro de Atos foi escrito entre 80 a 90 anos depois de Cristo dizendo que os cristãos foram denominados assim pela primeira vez em Antioquia. Como podem terem sido chamados de “cristãos” dezenas de anos antes desse episódio de Atos?


Sobre a Bíblia.
    Em 1Nefí 13.26;28-29 está dito que a Bíblia é um livro “mutilado”, “cheia de erros” e usado por Satanás para escravizar o homem. Veja também 2Nefí 29.3;6;8.
    Existe milhares de manuscritos bíblicos e trechos deles por toda a Europa e Ásia, não sendo necessário, portanto, depender da tradução de apenas um deles. Algo relevante é a exatidão que se confirma entre eles. Além disso, a veracidade das Escrituras comprova-se por suas evidências internas e externas, e pela arqueologia

Sobre o Livro de Mórmon.
        O Livro de Mórmon continua desacreditado do ponto de vista teológico, histórico, geográfico e científico, especialmente pela arqueologia. Os apologistas mórmons permanecem frustrados diante da falta de evidências científicas que venham a comprovar o Livro de Mórmon.
       A lista a seguir foi publicada no livrete Archeology and the Book of Mórmon, escrito por Hal Hougey, Página 12.
      a)- nenhuma cidade do Livro de Mórmon foi localizada;
      b)- nenhum nome do Livro de Mórmon foi encontrado em inscrições do Novo Mundo;
      c)- nenhuma inscrição genuína em hebraico foi encontrada;
      d)- nenhuma inscrição em egípcio ou qualquer língua que pudesse vir a ser o “egípcio reformado” de Joseph Smith foi encontrada;
      e)- nenhuma cópia antiga das escrituras do Livro de Mórmon foi encontrada;
      f)- não há inscrição de qualquer espécie que indique que os antigos habitantes da américa tinham crenças hebraicas ou cristãs, todas eram pagãs;
      g)- nenhuma menção de pessoas, nações ou lugares do Livro de Mórmon é verdadeiro ou foi encontrado;
      h)- nenhum artefato de qualquer espécie que demonstre que o Livro de Mórmon é verdadeiro foi encontrado;
       i)- o mormonismo afirma que o índio americano é de origem hebráica. A ciência afirma que o índio americano é de origem mongolóide (asiática);
       j)- a última palavra do livro de Jacó é uma saudação em francês, na edição inglesa. O problema é que o livro data de 600 a.C. e a língua francesa só começou a ser formada em 700 d.C.

“O Ardor no Peito”
     Por falta de comprovações científicas os mórmons apelam para o chamado “ardor no peito.” Os Mórmons instruem as pessoas a orar com fé e sinceridade e perguntar a Deus se o Livro de Mórmon é verdadeiro ou não. Se alguém orar com sinceridade, sentirá um “ardor no peito”. Baseiam-se no ensinamento do livro de Moroni 10.4-5 e Doutrinas e Convênios 9.8.
     Desde que o mormonismo não passa no teste das verificações objetivas, os mórmons apelam para uma experiência chamada de “ardor no peito”, para provar a veracidade do Livro de Mórmon. Batendo de frente com esse pensamento a Bíblia afirma que confiar em si mesmo para atestar se algo é falso ou verdadeiro é tolice, já que “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9). E que “o que confia no seu próprio coração é insensato...” (Provérbios 28.26).
     Os cristãos não devem orar por coisas óbvias – é uma questão de lógica. Se foi Deus quem escreveu a Bíblia, não é preciso lhe perguntar se foi ele mesmo. O Livro de Mórmon é um livro desacreditado por causa dos seus muitos erros. Não pode por conseguinte ter origem divina, visto que Deus não erra e nem se frustra (confira Jó 42.2) e não será uma experiência subjetiva de “ardor no peito” que provará o contrário. Não é próprio dos filhos de Deus o estruturar-se sobre uma fé cega, baseada em sentimentos e emoções exclusivamente, do contrário nos firmamos em fatos que não se furtam a uma análise objetiva.
   A lista de erros grotescos nas escrituras mórmons é imensa quer a julguemos do ponto de vista científico, teológico, histórico etc. A grande pergunta é: quantos erros um livro precisa ter para ser considerado incorreto? E não tivemos espaço para mencionarmos todos. Que o Senhor ilumine a todos nós!
     Todos os Mórmons devem se lembrar de que foi Cristo Jesus quem morreu pela humanidade e não Joseph Smith. Devemos honrar nossos líderes espirituais, mas Cristo morreu uma morte horrível se fazendo maldição para nos salvar (Gálatas 3.13). Assim devemos obedecê-lo. E sua vontade encontra-se na Bíblia Sagrada e não no livro de Mórmon (João 17.3;14;17).

     Em Cristo

     Francisco Rodrigues Filho