sábado, 16 de novembro de 2013

É certo o cristão se comunicar com os mortos?









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Convite à Loucura Nº39 O crente deve se comunicar com os mortos?
     [1] [2] A palavra oculto se origina do latim, “occultus”, que significa coisas que são escondidas, esotéricas, ocultas ou misteriosas. Para quem pratica, o ocultismo representa a interferência com a natureza física, usando conhecimentos ocultos, como práticas não convencionais, entre elas recitar fórmulas, fazer gestos, misturar elementos incompatíveis, realizar encantamentos de cura, ou cerimônias secretas, tentando alterar a natureza física.

     A extensão do envolvimento do oculto é universal. A guerra espiritual está à nossa volta, e se Satanás não puder nos impedir de conhecer a Cristo, ele irá tentar nos conter, atraindo-nos ao engano.


    Não podemos negar que há séculos, magos, bruxas, médiuns e alquimistas afirmam receber informações ou instruções de espíritos. Poucos têm a consciência que esse tipo de espiritualidade oculta é um movimento histórico e global de enorme poder cultural que, há séculos, busca dominar o mundo.
    Tanto o epiritismo Kardecista[3] como a LBV (Legião da Boa Vontade) e cultos afro-brasileiros, são todos espíritas. Eles fazem parte de uma doutrina filosófica-religiosa baseada na crença da comunicação com os mortos e na reencarnação; doutrinas antibíblicas e anticristãs.
      Eles usam, entre muitos outros, o texto de 1Samuel 28.3-19. Arvorizam-se nesse texto pelo fato de Saul ter se comunicado com um suposto Samuel. E dizem: “Ora, se Saul comunicou-se com Samuel depois deste ter morrido, então podemos nos comunicar com os mortos.”  Será mesmo que a consulta aos mortos é uma prática apoiada pela Bíblia? Vamos analisá-la! Para compreender-mos melhor esse assunto precisamos, primeiro, entender duas coisas sobre Samuel e sobre a Lei de Deus!
[4] Samuel, um profeta Irrepreensível!
      De acordo com a Bíblia, Samuel é considerado um profeta do Antigo Testamento muito importante, sendo comparado até com Moisés (Jeremias 15.1-5). Um homem que nunca se achou culpa alguma em suas atitudes (1Samuel 12.1-5). Confirmado como profeta do Senhor cujo suas profecias nunca caíram por terra, ou seja; todas as palavras de Samuel, de fato, se cumpriram (1Samuel 3.19-20). “O homem ou mulher que sejam necromantes  [5] ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles.”  Levítico 20.27.
O que diz a Lei do Senhor?
De acordo com as Sagradas Escrituras, é extremamente proibido consultar aqueles que já morreram (Deuteronômio 18.10-12; Isaías 8.19-20).
A mediunidade é absolutamente proibida pela Bíblia (Levítico 19.31; 1Crônicas 10.13). Não podemos negar que a necromancia era praticada em Israel (2Reis 21.6; Isaías 8.19). Sabemos também que a tentativa de se comunicar com os mortos era bastante conhecida em todo o Oriente Médio. As leis contra tais atividades na Bíblia indicam que práticas como estas eram bem conhecidas, embora proibidas, em Israel. Justamente por isso o próprio Saul havia determinado a expulsão e morte de todos os necromantes e adivinhos de Israel de acordo com a Torá, Lei de Deus dada a Moisés, 1Samuel 28.3;9.
O próprio Deus, por boca de Isaías, fez severas exortações ao povo, condenando suas práticas ocultistas e filosofias religiosas que não estivessem de acordo com a Palavra de Deus, (Isaías 8.19-20).
Vamos à Bíblia!
Analisando o texto, podemos ver que quem apareceu a Saul, não podia ter sido Samuel! Vejamos:
1-      Deus havia parado de responder a Saul (1Crônicas 10.13-14; 1Samuel 28.6). Todo profeta falava em nome de Deus (Deuteronômio 18.22). Se Deus havia parado de falar com Saul, por meios convencionais, como iria respondê-lo através de Samuel, depois de morto, desobedecendo sua própria palavra?
2-      O versículo 14 nos diz que foi uma dedução de Saul de que quem lhe falava havia sido Samuel. A Bíblia não diz que foi Samuel, mas, que: “Entendendo Saul que era Samuel...”, apartir daqui a Bíblia, por razões gramaticais, passa a referir-se ao espírito como se fosse Samuel.
3-      Samuel, ainda que fosse possível, jamais se permitiria cometer um pecado grotesco desses. Um profeta que sempre foi justo (1Samuel 12.3-4), pecaria gravemente se, tendo estado no paraíso (seio de Abraão, Lucas 16.22;27-31)[6], desobedecesse a Deus dessa forma.
4-      As pseudoprofecias transmitidas pela pitonisa não resistem ao menor julgamento, são todas ambíguas e imprecisas: Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus. Ele, na verdade, se suicidou (31.4), indo parar nas mãos dos homens de Jabes Gileade (31.11-13). Não morreram todos os filhos de Saul, como insinua a médium (28.19). Sobreviveram pelo menos três deles: Is-Bosete, Armoni e Mefibosete (2Samuel 2.8-10; 21.8). Nem mesmo Saul morreu no dia seguinte, como indica o estilo ambíguo do falso Samuel interpretado pela pitonisa (28.19). Ele morreu alguns dias depois (30.1). Lembrando também que as palavras do verdadeiro Samuel sempre se cumpriram fielmente 1Samuel 3.19. Sendo assim quem respondeu a Saul?
      No texto estudado, no versículo 13, a mulher diz: “Observo um ser divino, que sobe da terra! (King James). “Vejo um deus que sobe da terra”. (Almeida Revista e Atualizada). Ou: Vejo deuses que sobem da terra,” (Almeida Corrigida Fiel aos textos originais). Ou: “Vejo um ser que sobe do chão,” (Nova Versão Internacional).[7]
Esses seres ou deuses só podiam ser demônios, passando-se por espíritos de luz ou adivinhadores (2Coríntios 11.13-14). O diabo pode transfigurar-se, ou seja; transformar-se em anjo de luz. Outro fato que se deve observar é que, como os mortos não sabem o que acontece nesta vida (Eclesiástes 9.5), tal prática, de consultar os mortos, coloca as pessoas em contato com os espíritos enganadores (1Timóteo 4.1; 2Coríntios 11.14). Os que morreram em Cristo estão com ele no céu e não podem voltar à terra (2Samuel 12.23; 2Coríntios 5.6-8; Filipenses 1.21-23). Os espíritos dos mortos não retornam à terra.   
     Baseado no que foi estudado, as manifestações espíritas que se apresentam como sendo espíritos de mortos são, na verdade, demônios. Por isso que o Senhor nos proíbe tal prática.[8] Também por isso o resultado dessa consulta foi trágica para Saul (1Crônicas 10.13).
      Conclusão:
      A Bíblia ensina que existe um mundo de espíritos enganadores e perigosos, que distorce a realidade e destroi as vidas humanas. Apesar da fraude completa, todos nós precisamos saber que o oculto ou paranormal é real. A Bíblia é clara e real, como Saul descobriu, ao encontrar a adivinha de En-Dor, e não devemos ignorar os ardis de Satanás. Se Deus é real, o Diabo também é. Envolver-se com o oculto é envolver-se com as obras do Diabo, e como pode levar a resultados muito graves, espiritual e psicologicamente, devemos nos lembrar de que a Bíblia condena todas as práticas ocultas. O caminho para o oculto é largo e sempre destrutivo. O caminho para Cristo é estreito, mas sempre conduz à vida eterna.
       Se alguém quer viver a vida tendo como base recados, ensinos e conselhos de demônios, o problema é dele, o nosso conselho é que deixem isso de lado e aceite Cristo como o único Senhor e Salvador, passando assim, a ser orientado pelo Espírito Santo. Mas se não querem, nada podemos fazer! O que não permito é que torçam a Palavra de Deus para dar respaldo a essas práticas satânicas.
       Deus se revelou em Cristo para nos trazer salvação. Quem está vivo deve ter o nosso amor, quem já morreu em Cristo foi para  o paraíso ( Lucas 23.43; Eclesiástes 12.7) e nada sabe do que se passa nesse mundo ( Eclesiástes 9.5-6), e não podem voltar pra esse mundo, porém nós um dia estaremos com eles ( 2Samuel 12.22-23).
       Se alguém quer viver sua vida baseada em recados, ensinos e conselhos de demônios o problema é dele, meu conselho é que deixem isso de lado e aceitem a Cristo como Senhor e Salvador e passe a ser orientado pelo Espírito Santo. Mas se não querem, nada posso fazer! O que não permito é que usem a palavra de Deus para dar respaldo a essas práticas ocultas e satânicas.
       Deus se revelou em Cristo para nos trazer salvação. Quem está vivo deve ter o nosso amor, quem morreu em Cristo vai para o paraíso ( Eclesiástes 12.7) e nada sabem do que se passa nesse mundo (Eclesiastes 9.5-6), não pode voltar, porém nós um dia estaremos com eles (2Samuel 12.22-23).

       Em Cristo

       Francisco Rodrigues Filho












[1] Foto1 : Esse é o medalhão do olho de Horus, um deus pagão.
[2] Foto 2 : Uma Médium e sua bola de cristal.
[3] Religião espírita criada por Allan Kardec, também conhecida como o espiritismo de mesa.
[4] Foto 3: Uma ilustração do olho de Horus, um deus pagão cultuado pelos antigos egípsios.
[5] Necromantes são pessoas que, tomadas por demônios, agem como “intermediários” para supostamente contatar, comunicar-se com os espíritos dos mortos
[6] Depois da morte não há como voltar a terra dos vivos 2Pedro 2.9; Hebreus 9.27; Mateus 25.41; 46; Apocalipse 20.14-15. A Bíblia condena toda e qualquer prática de ocultismo, adivinhação e feitiçaria Levítico 19.26.
[7] Essa palavra traduzida por: “ser divino”, “um deus”, “deuses” ou “ser”, em hebraico é elohim.
[8] As Escrituras nos permitem entender que cada um de nós tem pelo menos dois anjos que nos acompanham sempre: um bom (Salmos 34.7; Mateus 18.10; Atos 12.15; Lucas 15.10), que anota todas as nossas atitudes numa espécie de diário-relatório e depois de nossa morte apresenta-o diante de Deus (Apocalípse 20.12); e um anjo mau, que após a nossa morte assume a nossa identidade e se faz passar por nossas pessoas através de seus médiuns.

sábado, 19 de outubro de 2013

A "igreja" é um sucesso.


Convite à Loucura Nº38 A “igreja” é um Sucesso.
     Hoje em dia, templo cheio é sinônimo de aprovação de Deus. Quanto mais gente em um culto, mais é dito que ali o Senhor está agindo; mas, será que é assim mesmo?
Vamos à Bíblia!
      Quando o verdadeiro Evangelho era pregado havia muitos adversários[1] (1Coríntios 16.9). Todos que vivem uma vida para a glória de Deus experimentarão o ódio e o antagonismo do mundo; pelo menos é o que a Bíblia afirma; João 15.18-20; 2Timóteo 3.12. O cristão fiel deve esperar perseguição e o sofrimento nas mãos de um mundo que rejeita Cristo. “Meus irmãos, não vos admireis se o mundo vos odeia.” [2] 1João 3.13. Isso não deve nos surpreender tendo em vista que o pai dos incrédulos é o odioso Satanás, 1João 3.10.
“Vamos raciocinar”
Veja que, muitas vezes, quando o verdadeiro Evangelho foi pregado, era recebido com hostilidade.
Jesus deu sua Palavra aos discípulos e o mundo os odiou.[3] Veja também que, ao contrário disso, hoje, o mundo ama àqueles que, supostamente, deveriam estar pregando essa palavra. Não vê que alguma coisa está errada?[4]
A conclusão óbvia é que; ou a Bíblia está errada ou o que se está pregando, hoje em dia, não é a verdadeira Palavra de Deus.
Como nós cremos cem por cento no que a Bíblia diz, concluímos então que o que está sendo pregado por aí não é o verdadeiro Evangelho.
A popularidade de algumas figuras do mundo evangélico atual, só demonstra o quanto eles estão distantes do verdadeiro Evangelho de Cristo. O próprio Jesus disse: “Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porquanto, foi assim também que agiram os vossos antepassados com os falsos profetas.”  Lucas 6.26.
Serão julgados por Deus, não somente os que buscam tal popularidade, apresentando ao povo o que eles desejam ouvir, mas também os que os apóiam. Todos terão que prestar contas. Por outro lado todos não nos surpreende; “Meus irmãos, não vos admireis se o mundo vos odeia.” 1João 3.13. A História está repleta de história de perseguição aos santos crentes por parte do mundo (Hebreus 11.36-40).
Quando o mundo ama, é por que o que se é amado faz parte desse mundo. Se o mundo ama a igreja institucionalizada é por razão dela fazer parte desse sistema mundano. Assim falou o nosso Senhor Jesus, João 15.18-19. “Se o mundo [5] vos odeia, sabei que, antes de vós, odiou a mim. Se fôsseis do mundo, ele vos amaria como se pertencêsseis a ele. Entretanto, não sois do mundo; mas Eu vos escolhi e vos libertei do mundo; por essa razão, o mundo vos odeia.” Ou Jesus está errado?
De acordo com a Bíblia, os que são aplaudidos pelo mundo, são do mundo! “Eles são mundanos; por isso falam como quem pertence ao mundo, e o mundo os compreende.” 1João 4.5 [6]. João diz aqui que os falsos profetas de seus dias eram desse mundo e, por isso estavam preocupados com os assuntos desse mundo, e nisso, o mundo lhes prestava atenção. Os falsos profetas, de seus púlpitos só pregam palavras de auto-ajuda, ou seja; o que interessa a esse mundo. Interesses materiais e não as boas novas do alto (Colossenses 3.1-2).
A Verdadeira pregação bíblica.
Veja em Atos 23. Paulo é julgado no sinédrio; depois os judeus armam uma cilada para acabar com sua vida (23.12-15). O sobrinho de Paulo o avisou sobre essa cilada, e em seguida ao comandante Lísias que o tirou das garras dos judeus e o enviou ao Governador Félix (23.16-25). Cinco dias depois foi acusado novamente e novamente apresentou sua defesa. O Governador Félix adia seu julgamento conservando-o preso, (24.1-22). Alguns dias depois o Governador e sua esposa Drusila vem ouví-lo a respeito da fé em Cristo Jesus, (24.24-25).
O que Paulo pregou?
A pregação de Paulo foi, “justiça, domínio próprio e juízo vindouro.” Paulo poderia ter clamado por sua libertação ou preparado uma mensagem suave e de bons presságios, como se faz hoje. Contudo, ele falou da parte do Senhor sobre o que Félix e Drusila mais necessitavam: arrependimento e salvação.[7]
 Que diferença das pregações de hoje; que só falam de “conforto, auto-ajuda e bênção.”
 Qual pregador moderno perderia a oportunidade de bajular o Governador Félix e prometer-lhe bênçãos e prosperidade, numa situação semelhante? Conheço alguns que até se ofereceriam para ser o profeta particular de seu governo, que é o que acontece hoje com os pastores e políticos bem sucedidos!
Qual a reação de Félix?
A reação de Félix foi a mesma de todos àqueles que ouvem o Evangelho quando estão em falta com Deus. A conscientização de que um dia iria enfrentar o “juízo vindouro” o alarmou, e, por isso, despediu Paulo imediatamente. Esse é o efeito do Evangelho original, e não o louvor do pregador. Hoje os pregadores são louvados pelo seu público, contradizendo o efeito natural que o Evangelho causa.
Pregações melosas de auto-ajuda atraem louvor e glória para o pregador e sua instituição. Pregação verdadeiramente bíblica atrai temor, respeito e glória ao Senhor.
Ai de vós, quando todos vos louvarem! Lucas 6.26ª.
Qual pregador televisivo de hoje em dia não aceitaria ser proclamado como um líder mundial? Qual deles rejeitaria ser proclamado rei? Nenhum!
Contudo o nosso exemplo maior, Cristo, não agiu dessa maneira. Quando o povo quis proclamá-lo rei, e obrigá-lo a usar uma coroa, ele rejeitou e retirou-se (João 6.15). Porém, quando vieram para obrigá-lo a levar a cruz, ele se ofereceu porque veio à este mundo para sofrer, e voltou ao outro mundo para reinar.
Enquanto muitas instituições religiosas querem ser o próprio reino de Deus neste mundo. O verdadeiro Reino de Deus não o é de maneira nenhuma deste mundo. Em João 18.36 o próprio Cristo disse: “O meu Reino não é deste mundo.”

“Até hoje, estamos passando fome, sede e necessidade de roupas; somos afrontados e esbofeteados [8], e não temos morada certa. Nos afadigamos de trabalhar arduamente com as próprias mãos. Quando somos ofendidos, abençoamos; quando perseguidos, não revidamos; quando caluniados, respondemos fraternalmente. Até esse momento, somos considerados a escória da humanidade, o lixo [9] do mundo.” 1Coríntios 4.11-13.
Nesse texto de 1Coríntios, Paulo considera a si mesmo louco, fraco, desprezível, lixo e escória (1Coríntios 4.10-13). Não do ponto de vista de Deus, mas dos homens, Paulo e seus companheiros pregadores eram assim designados.
      Será que Deus não agia na vida de Paulo? Pergunto assim, já que se um pregador não for adorado pelo povo, muitos dizem que é por não ter a unção de Deus. Ou se um templo tiver poucos membros é sinal da desaprovação de Deus. Eu já digo o contrário; onde tiver mais gente, é sinal de que ali não se prega o verdadeiro Evangelho.
Quando foi criado o sistema eclesial, no espírito da igreja católica, pelo imperador, pagão, Constantino; o mundo aplaudiu. Contudo a verdadeira Igreja nunca deixou de existir, o próprio Jesus prometeu que as forças demoníacas jamais venceriam a sua Igreja, (Mateus 16.18). Depois de sua ressurreição ele apareceu à sua Igreja e prometeu está com ela até a consumação dos séculos (Mateus 28.18-20). Veja o que o Apóstolo Paulo, disse em (Efésios 3.21).
Creio que a Igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nunca morreu. Ela estará na terra pregando a Palavra de Deus até a volta do Senhor Jesus.
Mesmo na época de “glória” da igreja católica, conhecida como a era das trevas, (antes da reforma protestante), sempre houve aqui e acolá grupos de irmãos pregando a Palavra de Deus fielmente como nós do Convite à Loucura estamos fazendo. Essa é a verdadeira Igreja de Deus. (A Igreja não significa um lugar ou edifício, mas o ajuntamento, a assembleia ou a reunião dos fiéis seguidores de Cristo com o objetivo de adorar a Deus, estudar sua palavra, cooperar e encorajar uns aos outros na fé).
 Se as igrejas de hoje fossem realmente de Deus não seriam “um sucesso”. Sendo elas “um sucesso” no âmbito material, secular e mundano é mais do que uma prova de que elas não são de Deus!

Em Cristo

Francisco Rodrigues Filho




[1] O termo grego usado aqui é antikei/menoi (antikeimenoi) que é o particípio presente médio de anti/keimai (antikeimai) e significa opor-se a alguém, ficar contra alguém, resistir. Paulo está dizendo aqui que quando ele pregava em Éfeso havia muitas pessoas que ficavam contra ele.
[2] Estamos usando a versão da Bíblia King James de 1611, publicada pela primeira vez a 400 anos atrás pelos 50 mais notáveis exegetas e biblistas britânicos, súditos do rei evangélico James I (Tiago Primeiro).
[3] “Eu lhes tenho transmitido a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não pertencem ao mundo, como Eu não sou do mundo.” João 17.14.
[4] Na mentalidade de muitos, pregadores ungidos por Deus são aqueles que todos aplaudem. Mas a Bíblia diz outra coisa.
[5] Nesse texto a palavra MUNDO, grego: ko/smoj , (kósmos) é o sistema econômico, político, cultural, tecnológico e religioso que determina o estilo de vida dos povos. Os crentes são como Jesus: estrangeiros em sua própria terra. Considerando que Satanás domina o sistema ímpio do mundo em rebelião contra Deus (João 14.30), o resultado é que o mundo odeia a Jesus bem como aos que o seguem (2Timóteo 3.12).
[6] dia\ tou=to  (diá touto), “por essa razão” ou “por isso”. akou/ei, (akouei), é o presente indicativo ativo seguido pelo genitivo, o mundo os “ouve” no sentido de compreender; “prestar atenção a,” “ouvir”. O mundo reconhece seu próprio povo e ouve e compreende uma mensagem que se origina em seu próprio círculo. Isto explica a popularidade dos falsos profetas da época de João e de muitos “ministérios” dos dias de atuais.
[7] De acordo com Tácito ( historiador romano, que viveu entre 55 d.c.- 120 d.c.), Félix havia persuadido a Drusila a abandonar o marido dela a fim de casar-se com ele. E também empregou assasinos para matar o sumo sacerdote Jônatas, e bem poderia ter medo da pregação sobre o juízo vindouro. Félix obviamente não possuía “justiça” e “domínio próprio”.
[8] Paulo usa aqui o termo kolafizo=meqa , (kolafizometha), que é o presente indicativo passivo de kolafi/zw , (kolafizô), que é bater com os punhos, esbofetear, não apenas em defesa, mas de modo insultante (como se bate em escravo ou em uma pessoa condenada). No serviço do Reino de Deus os pregadores eram tratados como escravos e condenados; que diferença dos astros evangélicos de hoje.
[9] Lixo, grego: perika/qarma,(perikátharma) aquilo que é removido mediante uma limpeza completa; isto é, lixo, refugo. A palavra também era usada para indicar os criminosos condenados das classes mais baixas, que eram sacrificados como oferendas para a purificação de uma cidade. Será que os pregadores itinerantes de hoje continuariam pregadores se fossem tratados como lixo ou como condenados pelo mundo?

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Convite à loucura - 37


Convite à Loucura Nº37, A Bíblia Sagrada.
     O mundo moderno tem rejeitado cada vez mais os valores cristãos. Para muitos, a Bíblia é apenas  um livro de valor histórico. Alguns dizem que acreditam na Bíblia, mas não em tudo, algumas coisas não dá pra acreditar, para essas pessoas. Outras dizem que a Bíblia é somente um livro humano, já que é escrito por homens.
     Mas para o cristão verdadeiro a Bíblia é a Palavra de Deus. Sua mensagem inconfundível tem abençoado e transformado bilhões de seres humanos ao longo dos anos. Suas profecias têm se cumprido fielmente. Suas verdades mudaram nações e sua influência é crescente em vários setores da sociedade. Se você crê somente no que gosta da Bíblia e rejeita o que não gosta, não é na Bíblia que você crê, mas em você mesmo. Se a Bíblia fosse somente um livro humano, não exporia todo o mal da humanidade e a necessidade de um arrependimento por parte de todos nós. Se a Bíblia fosse somente um livro humano, seria então um livro de auto-ajuda, dizendo que o homem é perfeito e que poderia fazer tudo somente com suas próprias forças. O único motivo por que tantos estão contra a Bíblia é porque sabem que a Bíblia está contra eles.  A leitura deste folheto renovará em nosso coração o desejo ardente de proclamar as verdades eternas do Livro Santo.

Qual o Tema Central da Bíblia?
      Escolhemos um livro e o lemos tendo em vista o propósito do autor. De quê se trata? É um livro de ciência ou de história ou um romance para entreter? É uma obra de prosa ou poesia ou uma controvérsia? Antes de comprarmos um livro passamos algum tempo analisando essas informações. É, ou não é?
      Então por que muitas pessoas leem a Bíblia sem ter o mínimo de compreensão do propósito geral do livro? A maioria nem se preocupam em saber do quê trata o tema central da Bíblia.
Um Livro de Salvação!
      A Bíblia não é um livro, mas, uma biblioteca de 66 livros. Ela foi escrita por autores diferentes em épocas diferentes em ocasiões diferentes e com assuntos diferentes, mas, com um único autor com um único tema unificador. 2Pedro 1.20-21.
     2Timóteo 3. Paulo escrevendo a Timóteo diz que nos últimos dias surgirão homens maus; são mestres (v.1-2) na própria igreja que irão enganar e conquistar aqueles que não são igreja (v.6-7); Paulo continua dizendo que nem ele, nem Timóteo, nem nenhum crente verdadeiro deve ser como estes (v.10; 12-13), já que os verdadeiros crentes estão bem enraizados na Palavra de Deus, como os judeus que tinham como costume comum de obrigarem os pais a darem início ao treinamento sério de seus filhos, nas Escrituras, já desde o quinto ano de idade (v.14-17). Essas sagradas letras do (v.15), era o Velho Testamento e elas podiam, e podem, fazer qualquer um sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus.
     O propósito supremo da Bíblia. Paulo escreve à Timóteo, é instruir seus leitores “para a salvação”.

     Primeiro, o propósito da Bíblia não é científico.[1]
     Falamos de ciência e não de “teorias científicas”. Ciência é um corpo de conhecimento adquirido pela observação, experimentação e indução. O propósito de Deus na Escritura, entretanto, foi revelar verdades que não podem ser descobertas por esse método científico. O método de Deus revelar suas verdades é chamado pelos cientistas de “método empírico”. Cremos pela fé Hebreus 11.1, que é acreditar em algo sem prova concreta, 1Coríntios 2.9-11, mas não sem razão.
    Em segundo lugar, o propósito da Bíblia não é literário.
    O Novo Testamento foi em grande parte escrito em grego koinh[2], (koinê) a linguagem cotidiana do mercado e do trabalho, e muito dele carece de refinamento literário, até mesmo exatidão gramatical. O propósito da Bíblia está em sua mensagem, não em seu estilo.
   Em terceiro lugar, o propósito da Bíblia não é filosófico.
   É verdade que a Escritura contém sabedoria profunda, na verdade, a sabedoria de Deus. A Bíblia é um livro mais prático do que teórico. Está mais interessada em nos dizer como suportar os sofrimentos e vencer o mal do que em filosofar sobre sua origem e propósito.
    A Bíblia não é, portanto, basicamente um livro de ciência, nem de literatura, nem de filosofia, mas de salvação.
   
    A sujeira oculta em nosso coração somente será exposta mediante a exposição da Palavra de Deus. Satanás tem sido muito eficiente na sua estratégia de silenciar a Bíblia Sagrada, que é o instrumento necessário para levar os homens até Cristo e sua salvação[3].
    Quem não compreende a Bíblia, a Palavra de Deus, Jesus! Nunca poderá compreender, pois não podem ouvir sua Palavra. Assim, quanto mais se explica “em verdade, em verdade” menos se é entendido. Pois é impossível compreender a linguagem de Deus sem crer na Palavra dele.
   Assim, ele pergunta e responde: “Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha Palavra”. João 8.43.
   Ninguém jamais entenderá nada do Evangelho a menos que creia na Palavra de Jesus, em razão de poder ouvi-la, dando sempre razão a Deus[4].
Jesus; Apenas um Mestre, ou Deus?
     A autoridade de Jesus confirma a autoridade da Bíblia. Se ele é o Filho de Deus, então a Bíblia é a Palavra de Deus. Na verdade, se Jesus fosse somente um profeta ou um mestre, como algumas pessoas crêem, então ele seria um louco ou o maior mentiroso de todos os tempos. Sim, essas palavras são duras, mas são verdadeiras!
     Ora! Se Cristo diz que é Deus, João 10.30[5], e SENHOR, João 13.13, e se ele não é mentiroso nem louco então ele deve ser mesmo Deus, e se ele é Deus, a Bíblia é a sua Palavra, e nunca será destruída, Mateus 24.35, nem pode falhar, João 10.35.
     Se Jesus fala a verdade, é verdade que a Bíblia é a Palavra de Deus. Agora se você não acredita que Jesus é Deus, não venha com essa baboseira de dizer que ele foi um grande mestre ou sábio ou qualquer outra coisa. Ou você reconhece que ele é Deus, ou admiti que ele foi um louco ou um grande mentiroso, e viva com as consequências de suas decisões!
Quem tem coragem de morrer por uma mentira?
     O profeta verdadeiro não podia ser comprado. Como o profeta que foi tentado confessou: “Eu não poderia transpassar o mandado do SENHOR, meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande” (Números 22.18). O que Deus falava, o profeta tinha que declarar, apesar das consequências. Quem faria isso por uma mentira? Muitos profetas foram ameaçados e até martirizados, mas nunca renunciaram à verdade. Jeremias foi colocado na prisão por suas profecias inconvenientes (Jeremias 32.2; 37.15) e até ameaçado de morte (Jeremias 26.8; 24). Outros foram mortos (Mateus 23.34-36; Hebreus 11.32-28). Pedro e os onze apóstolos assim como Paulo (Atos 28.16-22), foram todos aprisionados, e a maioria foi posteriormente martirizada por seu testemunho (2Timóteo 4.6-8; 2Pedro 1.14). Na verdade, ser “fiel até a morte” era identidade da convicção cristã primitiva (Apocalipse 2.10).
    Às vezes pessoas morrem por causas falsas que acreditam ser verdadeiras, mas poucas morrem pelo que sabem ser falso. Mas as testemunhas bíblicas, que estavam em posição de saber o que era verdadeiro, morreram por proclamar que a sua mensagem veio de Deus. Isso é no mínimo evidência prima facie[6] de que a Bíblia é o que eles afirmaram ser; a Palavra de Deus.

    A Bíblia foi escrita durante um período de mais de 1.500 anos. Durante mais de 40 gerações, por mais de 40 autores, envolvidos nas mais diferentes atividades, de todo tipo de classe social como; reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, boiadeiros, estudiosos, médicos, rabinos e generais. Escrita em diferentes lugares como desertos, masmorra, palácio e prisão. Em três continentes: Ásia, África e Europa. Em três idiomas: Hebraico: a língua do Antigo Testamento. Aramaico: a “língua franca” do Oriente Próximo até a época de Alexandre o Grande (século VI a.C.- século IV a.C.). Grego: a língua do Novo Testamento. Foi o idioma de uso internacional à época de Cristo.

      Agora pense! Uma coleção de livros que foram escritos em um período de tempo tão grande, por um número tão grande de pessoas, diferentes, em épocas diferentes, de língua, costumes e classe social diferentes, no entanto traz um tema unificador, nos mostrando que existe uma única mente por trás da autoria desse livro que é o Espírito Santo, 2Timóteo 3.16-17; 2Pedro 1.20-21.

       De acordo com a história a arqueologia e até a ciência, você pode pegar sua Bíblia e dizer que o que tem em suas mãos é uma cópia altamente confiável do original, que nos veio das penas dos profetas e dos apóstolos. Quem duvidar; pesquise, estude e mostre que não é assim ou creia e se renda a Jesus e a sua salvação.

       Em Cristo
       Francisco Rodrigues Filho




[1] Apesar de conter muita verdade científica nela, já que seu autor, Deus, foi quem criou a verdadeira ciência.
[2] Koinh: é a forma feminina do adjetivo grego koinoj, que aqui é usado no sentido de “comum”. O Novo Testamento não foi escrito em uma linguagem espiritual, uma língua especial, nem no grego clássico,que era escrito as obras mais importantes daquela época, mas foi escrito na língua comum que era a mais falada e usada em toda aquela região! A língua do povão. Que Deus maravilhoso!
[3] O povo até que anda com a Bíblia debaixo do braço, mas não a lê. Alguns líderes já não usam mais a Bíblia, mas, livros de auto-ajuda, dispositivos eletrônicos, promessas de uma vida melhor, etc... . Não é exagero afirmar que, desde o tempo em que a invenção da imprensa deu a Bíblia ao povo comum... nunca houve uma geração de cristãos tão analfabetos, religiosamente falando, quanto a nossa.
[4] Ninguém entende as Escrituras de forma espiritual se Deus não lhes abrir o entendimento. Leia Lucas 24.45.
[5] EU E O PAI SOMOS UM. O termo grego que aqui é traduzido por “UM” é, en, que é neutro e significa: “uma só coisa”, não uma só pessoa. Os dois (Jesus e o Pai) são iguais quanto à essência ou natureza, mas não são pessoas idênticas. Os judeus entenderam que Jesus está, aqui, reivindicando sua deidade. Por isso queriam apedrejá-lo, (v.31-33).
[6] Prima facie; é uma expressão latina que significa “a primeira vista”. Essa frase é muito utilizada em filosofia.


sábado, 20 de abril de 2013

Convite a loucura - 36


Convite à Loucura Nº36 A Verdadeira Comunhão Bíblica.
      “Não deixemos de congregar-nos, como é o costume de alguns, antes façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima[1].” Sempre que se fala da importância da comunhão, os camaradas institucionais, citam esse versículo de Hebreus; interpretado por eles como, “necessidade vital de se juntar em um prédio com liderança clerical.
      Para os chefes da religião, os construtores de templos, a única comunhão que Deus aceita como verdadeira, é aquela que se faz debaixo dos seus domínios. Que lástima!

A Verdade.   
      Precisamos nos unir, juntando o nosso peso ao dos demais, a fim de deixar uma boa impressão sobre esse mundo de trevas.
      Não pense que somos contra, ou vivemos sem, comunhão. Devemos sim nos reunir como Igreja. Mas, isto não implica que deve ser em um serviço da “igreja” templo ou evento congregacional. Pode ser em casa, numa lanchonete, em um jantar na casa de um amigo cristão. De fato, não há versículo nas Escrituras que ligue os conceitos de adorar a Deus, a uma “reunião da igreja”. Não podemos deixar de nos reunir, mas isso, não tem que ser em uma instituição religiosa; debaixo de ordens de ninguém; ou tem?
     A verdadeira comunhão bíblica é quando pessoas de todas as idades, raças e classes sociais estão unidas em um mesmo amor pelas Palavras do Evangelho. E não precisa ser muitas pessoas, Mateus 18.20.[2]
    Geralmente nas reuniões das instituições o que se vê é; muitas pessoas reunidas em um só lugar, mas com interesses diversos.
     Os interesses são muitos: É cantar dando um show egocêntrico. É agradar o pastor. São filhos querendo agradar seus pais. São pais tentando acostumar seus filhos numa vida que acham ser melhor para eles. São jovens introvertidos tentando encontrar um namoro. É outros jovens extrovertidos que não suportam o tédio de suas casas. São pessoas pressionadas a não perderem o status que possam ter na instituição que frequentam. É tudo que se possa imaginar, menos a verdadeira comunhão em torno das palavras do Evangelho.
Só Podemos Fazer parte de uma Igreja
     Peço a todos que usem de inteligência. Esqueça um pouco as tradições que colocaram em sua cabeça e pensem!
     Só existe uma Igreja. Denominações existem muitas. Cristo só tem uma noiva e um corpo que é a sua Igreja. A Igreja[3] é o corpo de Cristo, Colossenses 1.18; 24. A Bíblia não lhe orienta ser de nenhuma denominação. De qual Paulo fazia parte? Ou qualquer outro apóstolo? Não faço parte de nenhuma denominação, mas faço parte da Igreja de Cristo.
     Igreja é composta por todo aquele que crer no Senhor Jesus, João 1.12.
     Em, 1Coríntios 12.12, podemos ver que o corpo é um. Nesse texto Paulo usou o corpo humano como uma analogia para falar de unidade da Igreja em Cristo. A Igreja é uma, mas, os membros são muitos. Apesar de haver vários membros há apenas um corpo.
     1Coríntios 12.27; juntos, todos os irmãos, formam o corpo de Cristo. E individualmente cada um é apenas um membro.
     Precisamos da Igreja, precisamos congregar, precisamos da comunhão com outros irmãos, o que não precisamos é de uma denominação, de uma instituição religiosa com suas mentiras, hipocrisias, autoritarismos e rejeição de todo aquele que não se submeter às suas ordens.
    Hebreus 10.25a. “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns;...”
    Não precisamos de uma denominação para cumprir esse conselho; os primeiros cristãos não tinham denominações e certamente cumpriam bem mais esse conselho do que nós.
E O Templo?
    Para a Igreja não existe um templo, nem é necessário um lugar específico para adorar a Deus. Templo é algo da antiga aliança. Em João 4.21-24, fala de uma mulher que queria saber onde se deveria adorar a Deus: se no monte onde Jacó adorou ou em Jerusalém. Jesus respondeu a ela: “Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém[4] adorareis o Pai. (...) Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores[5].” Essas palavras de Jesus são para serem levadas a sério!
    Podemos nos reunir para adorar em qualquer lugar, mas, este local nada tem de especial, não é um lugar sagrado, e não precisamos ter um vínculo com ele, nosso vínculo tem que ser com os membros do corpo de Cristo, não com um lugar físico. 
    O denominacionalismo[6] não glorifica a Deus, pois ele divide o corpo de Cristo em várias denominações. Só que não existe divisão no corpo de Cristo. 1Coríntios 12.25; João 10.16.
    Não existe divisão, não existe mais de uma verdadeira Igreja, só existe uma Igreja!
       E a verdadeira comunhão dessa Igreja é em torno das palavras do Evangelho. A pergunta agora é...
O Que é o Evangelho?
      Quem vive no espírito institucional acha que evangelho é o que se ouve dentro dos círculos do templo, que ser evangélico nada mais é do que participar de todos os programas da instituição.
      Mas na verdade, o que é o Evangelho? Evangelho é o fato real de que todo aquele que crê em Jesus, por meio de Jesus, alcança Graça em plenitude absoluta total; graça que nos justifica, nos salva, nos santifica e nos unge! Graça que, não só nos torna aceitáveis diante de Deus, mas que também nos capacita, nos fortalece, nos condiciona na justiça, nos educa na verdade para que possamos andar conforme o Evangelho. Mas o que é o Evangelho?
1.       Evangelho é a certeza de que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões.2Coríntios 5.19.
2.       Evangelho é o fato de que nós o amamos, quem quer que de nós o ame, porque ele nos amou primeiro, Romanos 5.8; 1João 4.19. 
3.       Evangelho é a certeza de que não há negócios nem trocas a fazer com Deus. E que está tudo consumado e pago. Que o grito definitivo de “está consumado”, (grego: tetelestai[7] ), (está pago) de Jesus, na cruz, cancelou todas as coisas, todas as culpas, todas as dívidas, João 19.30.
4.       Evangelho é a maravilhosa notícia de que está tudo feito, porque se Deus não tivesse feito em nosso lugar, não haveria nada que pudéssemos fazer que realizasse qualquer coisa em nosso favor.
5.       Evangelho é a certeza de que o escrito de dívida da lei de Moisés, lei moral, cerimonial de qualquer outra natureza, foi cancelado inteiramente e cravado na cruz. E com esse ato, Jesus, derrotou os principados e potestades do seu poder, triunfando sobre eles na cruz, Colossenses 2.13-15.
     O Evangelho não é um conjunto de regras, como se ensina por aí. Se tivéssemos que reduzir o Evangelho em uma só coisa; o Evangelho é amor à Deus e ao próximo, e é tratar o próximo como agente quer que o próximo nos trate; com amor com graça com misericórdia. É isso! Mateus 22.37-40; Romanos 13.8-10; Gálatas 5.14; Tiago 1.26-27; 2.8.
O Protestantismo.
    O protestantismo está sobre juízo, e esse movimento que agente chama de evangélico, tem tudo, menos o Evangelho. O que se anuncia ali é o anti-evangelho, é pura macumba, o deus que está instaurado é mamom, o altar é aquele ao qual agente só se ajoelha com expectativa de receber alguma coisa, se puser grana, se participarmos das campanhas, todas elas baseadas no Velho Testamento; aí tem que ser baseado em Gideão em Sansão em Jefté nos juízes, na pancadaria na maldição; porque no espírito do Novo Testamento eles, os falsos mestres, sabem que não dá pra sobreviver com isso que eles chamam de “igreja”.     O diabo conseguiu fazer as pessoas procurarem o cristianismo não em busca da justificação, mas em busca de algum proveito secular. Porque grande número de igrejas se apóia na atividade carismática, fazendo ou prometendo milagres instantâneos ou a curto prazo, bastando a fé em Jesus Cristo e o pagamento do dízimo.

Conclusão.
      Existem aqueles que ainda se perguntam: “Como podemos ter comunhão sem um ajuntamento institucional?” Meu camarada, onde menos se vê comunhão, é em uma instituição religiosa tida como igreja.  
  
      Veremos comunhão verdadeira e bíblica quando cada casa vier a ser uma Igreja, Atos 2.46; 8.3; 20.20;; Romanos 16.5; 1Coríntios 16.19;  Colossenses 4.15; Filemom 1.2; 2João 10, cada indivíduo se vendo como Igreja, cada dois ou três reunidos em nome de Jesus, sendo ali um lugar onde ele está e sendo um ajuntamento Igreja; cada família se abrindo pra se transformar em um lugar desses, de graça, de amor, de inclusão, de leitura de Palavra, de compreensão do Evangelho, de maturidade, de estímulo uns aos outros para que cresçam na graça e no amor de Deus.       Quando isto acontecer, nós vamos ver uma outra revolução daquilo que Jesus chamou de Igreja acontecendo no planeta. Aí sim; experimentaremos a verdadeira comunhão bíblica em nosso meio! Mas receio que isso seja uma impossibilidade tendo em consideração “aquele dia” que se aproxima. Que Deus abençoe a todos!


       Em Cristo
       Francisco Rodrigues Filho



[1] Hebreus 10.25
[2] “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. Aqui, Cristo prometeu estar presente no meio de um rebanho ainda menor ( as duas ou três testemunhas reunidas em seu nome com propósitos de disciplina). Se em questão de disciplina, dois ou três, bastava para que Cristo estivesse em seu meio. Assim também é na adoração.
[3] Quando falo em “Igreja” com I maiúsculo, é o que Jesus e o Novo Testamento definem como Igreja; ou seja, o encontro com Deus e uns com os outros em torno do nome de Jesus e em acordo de fé com o Evangelho. Quando falo “igreja” com i menúsculo, me refiro a representação histórico-institucional do fenômeno histórico, social, econômico, político e culturalmente autodefinido como “igreja”. Aquela que tem uma hierarquia, sigla, geografia-fixa e membros sócios!
[4] Nem neste monte, nem em Jerusalém. Não precisamos debater onde devemos adorar; pois lugar nenhum tem alguma função nas vidas de quem adora verdadeiramente a Deus. Com a vinda de Cristo, as diferenças que haviam entre verdadeiros e falsos adoradores baseados em localizações geográficas desapareceram.
[5] Os verdadeiros adoradores são todos aqueles que adoram a Deus de coração por meio do Filho em qualquer lugar (Filipenses 3.3).
[6] Denominacionalismo é aquele espírito que confina, encerra, enclausura as pessoas em um prédio designado por uma nomenclatura tal como: “igreja fulana de tal, etc...” Veja que esse tipo de partidarismo já existia no tempo de  Paulo 1Coríntios 1.12-13, a nada nem a ninguém, nem mesmo a um apóstolo, como esse texto mostra, deve ser dada a fidelidade que pertence somente ao Senhor. Nem Cristo, nem seu corpo - a Igreja – está dividido.
[7] Esse termo tetelestai é o perfeito indicativo passivo de telew, que significa: terminar, completar, concluir, pagar (uma conta), realizar. Tetelestai  indica que essa ação, de consumação, foi concluída no passado, mas que tem resultados continuados. Foi pago para sempre. Este verbo carrega a ideia de cumprir a tarefa e, em contextos religiosos, expressa a ideia de cumprir obrigações religiosas. Toda a obra da redenção fora completada. Essa palavra tetelestai,  foi encontrada em papiros, sendo colocada em recibos de impostos, significando “totalmente pago”.