sábado, 20 de abril de 2013

Convite a loucura - 35


Convite à Loucura Nº35 Uma Resposta aos Ateus.
        Senti a necessidade de escrever sobre esse tema por causa de alguns idiotas[1] que estão cursando na faculdade, que têm seus professores como seus deuses e a arrogância como seu meio de vida, e andam espalhando que a Bíblia não merece a confiança de um pensador sério. Eu sei que os que assim pensam são idiotas que nem coragem têm para estudarem a história da Bíblia; mas que, com sua arrogância estão levando ao desvio aqueles que tentam entender as coisas de Deus com seriedade. É com esses últimos que me preocupo!

       O ódio desses ateus para com a religião e a igreja institucionalizada os leva a atacar a Bíblia (Palavra de Deus) e o próprio Deus Todo Poderoso. E assim compram uma briga comigo; humilde defensor do Evangelho, mas, intolerante com aqueles que tentam ridicularizar nosso Deus.

       Seus ataques inflamados contra Deus podem ter-lhe rendido aplausos no seu ambiente de ateísmo, mas eles não procuram testá-los diante de um eloqüente e bem informado defensor da fé cristã.[2] Entre quatro paredes de uma faculdade secular, pagã, materialista e sob o domínio do deus desse século, esses professores ateus encontram um público pronto entre aqueles a quem falta treino para enxergar através de sua fachada superficial. São zumbis que só aprendem a papagaiar seus mestres e repetir aquilo que o sistema lhes passa.

       Mas, com o Convite à Loucura o buraco é mais em baixo. Nisso; mesmo com minhas limitações de conhecimento, tempo e influência, mas, na certeza de que o Deus de sabedoria está do meu lado, achei-me na obrigação de abater esse dragão da incredulidade.

        O meu conselho para os alunos de faculdade que aceitam cegamente as palavras desses ateus[3] é que meditem em Provérbio 18.17, que diz: “O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina.” Em outras palavras, sempre que ouvimos a apresentação de um lado do caso, as evidências nos parecem persuasivas. Em seguida, porém, ouvimos o outro lado da história e de repente vemos o primeiro caso desfazer-se à luz de novos fatos e argumentos.

O Que é um Ateu?
        O politeísmo[4]é a crença que dominou grande parte do pensamento grego antigo, já o teísmo[5] que é minha linha de pensamento, dominou a posição cristã medieval, já o ateísmo floresceu no mundo moderno. Alguns deles não gostam de serem chamados de ateus. Ateus, humanistas ou materialistas, o importante é que todos são na verdade não-teístas, e a sua maioria é antiteísta. O ateu acredita que não há Deus neste mundo e nem no além. Só existe um universo ou cosmo e nada mais. Eles baseiam seus argumentos no ceticismo de Hume[6] e no agnosticismo de Kant[7].

A Existência do Mal.
      Os ateus oferecem o que, eles mesmos, consideram ser razões boas e suficientes para acreditar que Deus não existe. Usam quatro argumentos, a saber; 1)-a existência do mal. 2)-a aparente falta de propósito da vida. 3)-ocorrências aleatórias no universo; e 4)-a primeira lei científica da termodinâmica, que os ateus geralmente a citam de modo incorreto. Devido ao espaço desse folheto,[8] mostrarei a falácia somente desse primeiro argumento sobre a existência do mal, que diz: “Se Deus é absolutamente bom, então por que o mal existe?”

      O raciocínio do ateu é circular. Para saber que há injustiça no mundo, é preciso haver um padrão de justiça. Quando os ateus eliminam Deus por causa do mal estão postulando um padrão moral supremo para declarar que Deus é mau. Se Deus não existe, de onde vem esse padrão moral supremo?
       Mas, para nós que cremos em Deus, ele é o padrão moral supremo, já que não pode existir uma lei moral suprema sem um Provedor Supremo da lei moral.

       Ninguém jamais demonstrou que qualquer mundo alternativo é moralmente melhor que o mundo que temos. Logo, nenhum ateu pode demonstrar que Deus não criou o melhor mundo, mesmo com a privação do bem. Isso, é claro, não significa que estou comprometido com a crença de que o mundo atual é o melhor mundo que poderia ser alcançado. Deus ainda não terminou sua obra, e as Escrituras prometem que algo melhor será alcançado.[9]
      A suposição do que crê em Deus é que este mundo é o melhor caminho para o melhor mundo atingível.

O Mal é uma Evidência a Favor da Existência de Deus.
       A pergunta deles é: “Se existe um Deus, por que há tanto mal? Contudo, usando esse mesmo raciocínio, podemos perguntar: “Se não existe um Deus, por que há tanto bem?” Ou não é verdade que existe muito bem nesse mundo também?

       O fato dos inimigos de Deus usar o padrão do bem para julgar o mal, dizendo acertadamente que esse horrível sofrimento não é o que deveria ser, significa que eles têm uma noção do que deve ser, que essa noção corresponde a algo real, e que existe, portanto, a realidade chamada Bem Supremo. Este é outro nome para Deus.

       Se Deus não existe, onde nós encontramos o padrão de bondade pelo qual julgamos o mal como mal? Ou, como alguém disse: “Se o universo é tão cruel...por que... os seres humanos o atribuem à atividade de um Criador sábio e bom?” Em outras palavras, a própria presença dessas idéias em nossa mente, isto é, a ideia do mal e, por conseguinte, da bondade e de Deus como origem e padrão da bondade, precisa ser explicada.
A Origem do Mal.
        Deus é bom, e criou criaturas boas,[10] com uma qualidade boa chamada livre-arbítrio. Infelizmente, elas usaram este poder bom para trazer o mal ao universo ao se rebelar contra o criador.[11] Então o mal surgiu do bem, não direta, mas indiretamente, pelo mau uso do poder bom chamado liberdade. A liberdade é boa, mas, com ela vem a possibilidade do mal. Então Deus é responsável por tornar o mal possível, mas as criaturas livres são responsáveis por torná-lo real. Deus é sábio o suficiente para prever que necessitamos de alguma dor por razões que podemos não entender, mas que ele prevê como necessária para algum bem eventual. Portanto, ele não está sendo mau ao permitir que a dor exista. Certamente existem ocasiões em que Deus permite o sofrimento e nos priva do bem menor do prazer a fim de ajudar-nos a alcançar o bem maior da educação moral e espiritual. Sabemos que o caráter moral é formado por meio de provações, da superação de obstáculos e da perseverança diante das dificuldades. O sofrimento tem uma qualidade refinatória. Romanos 5.3-4.

        A razão de ser de nossa vida neste mundo não é a comodidade, mas o treinamento e a preparação para a eternidade. Até Jesus aprendeu com o sofrimento.[12]     
     
       Nós vivemos em um mundo dilacerado; Jesus foi honesto o bastante para nos dizer que teríamos provas e tribulações.[13] Toda lágrima que derramamos se torna uma lágrima dele. Ele pode não enxugá-las já, mas o fará, Apocalipse 21.3-4.

 Os ateus são desonestos em suas idéias.
        Eles sabem que um mundo sem fé em Deus, de forma alguma será um lugar mais humano e mais digno. Pelo contrário, eles sabem que o seu ateísmo está lhes puxando para um caminho de narcisismo, hedonismo e melancolia. Isso eles não ensinam aos seus discípulos; mas preferem seguir esse caminho, em última análise, autodestrutivo.

       Eles se negam a investigar paciente e atentamente para onde as evidências da ciência e da História de fato apontam. Meu conselho para eles é que sigam o exemplo de muitos e muitos ex-ateus que depois de um estudo profundo em busca da verdade terminaram de joelhos nos pés de Jesus.

        O fator mais importante no processo de secularização de nossa sociedade é o fator educacional. Nossas escolas podem não nos ensinar a ler corretamente, mas, o fato do estudante estar na escola até os 16 anos tende a favorecer a eliminação, de sua cabeça, o pensamento religioso. A educação, portanto, é uma poderosa aliada do humanismo.

       Somos responsáveis por ensinar a nossos filhos o caminho que deverão seguir (Provérbios 22.6) e, para isso, precisamos protegê-los contra os ataques do humanismo, do ateísmo, do relativismo, do evolucionismo e de qualquer ensino que se opõem à cosmovisão cristã, Efésios 6.4.

        Martinho Lutero afirmou: “Minha preocupação é que as escolas se revelem como os maiores portais do inferno, se não trabalharem com afinco no ensino das Sagradas Escrituras, gravando-as no coração da juventude. Não aconselho ninguém a colocar seu filho debaixo da autoridade de quem não tem a Bíblia como autoridade maior. Toda instituição na qual os homens não estejam crescentemente ocupados com a Palavra de Deus acaba corrompendo”.

      Hoje nas escolas dos Estados Unidos a bruxaria é uma matéria que vale ponto, enquanto que a Bíblia foi abolida de suas bibliotecas. É fato que Deus já foi expulso a muito tempo das Universidades seculares.

       Que Deus tenha misericórdia do futuro de nossas crianças. Amem!
      
       Em Cristo
       Francisco Rodrigues Filho
           




[1] Perdoem-me a forma de me expressar, mas, já não tenho paciência.  
[2]  Não me entendam mal, aqui não me refiro a minha pessoa, já que sou um humilde e eterno aprendiz, mas há muitos doutores em teologia e apologética por aí; sei que em sua maioria eles só se preocupam em arrecadar fundos, mas acredito que ainda existam aqueles que se preocupem em defender o evangelho.
[3] Não que todos os professores de faculdade sejam ateus; me refiro, claro, aos que são!
[4] O politeísta é aquele camarada que afirma que existe muitos deuses finitos no mundo.
[5] Teísmo é a cosmovisão segunda a qual um Deus infinito e pessoal criou o universo e intervém milagrosamente nele de tempos em tempos, de acordo com sua vontade.
[6] David Hume, filósofo e historiador, nasceu na Escócia e freqüentou a Universidade de Edimburgo. Durante o apogeu do iluminismo europeu, Hume dedicou-se ao estudo rigoroso da filosofia. Esse estudo o levou ao ceticismo.
[7] Immanuel Kant, nasceu na Prússia Oriental,  extremo-leste do império Alemão. Lecionou na Universidade de Konigsberg, e é criador de algumas teses malucas.
[8] Dependendo da necessidade, poderemos, no futuro, escrever outros folhetos sobre os outros argumentos.
[9] Isaías 66.22-23; 2Pedro 3.12-13; Apocalipse 21.1-7.
[10] Eclesiastes 7.29. “Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”
[11] Gênesis 2.15-17; 3.1-19.
[12] Hebreus 5.8, “(Jesus) embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu”.
[13] João 16.33b, “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário