Convite à Loucura Nº35 Uma Resposta aos Ateus.
Senti a necessidade de escrever sobre
esse tema por causa de alguns idiotas[1] que estão cursando na faculdade, que têm
seus professores como seus deuses e a arrogância como seu meio de vida, e andam
espalhando que a Bíblia não merece a confiança de um pensador sério. Eu sei que
os que assim pensam são idiotas que nem coragem têm para estudarem a história
da Bíblia; mas que, com sua arrogância estão levando ao desvio aqueles que
tentam entender as coisas de Deus com seriedade. É com esses últimos que me
preocupo!
O ódio desses ateus para com a religião e
a igreja institucionalizada os leva a atacar a Bíblia (Palavra de Deus) e o
próprio Deus Todo Poderoso. E assim compram uma briga comigo; humilde defensor
do Evangelho, mas, intolerante com aqueles que tentam ridicularizar nosso Deus.
Seus ataques
inflamados contra Deus podem ter-lhe rendido aplausos no seu ambiente de
ateísmo, mas eles não procuram testá-los diante de um eloqüente e bem informado
defensor da fé cristã.[2] Entre quatro paredes de uma faculdade
secular, pagã, materialista e sob o domínio do deus desse século, esses
professores ateus encontram um público pronto entre aqueles a quem falta treino
para enxergar através de sua fachada superficial. São zumbis que só aprendem a
papagaiar seus mestres e repetir aquilo que o sistema lhes passa.
Mas, com o Convite
à Loucura o buraco é mais em baixo. Nisso; mesmo com minhas limitações de
conhecimento, tempo e influência, mas, na certeza de que o Deus de sabedoria
está do meu lado, achei-me na obrigação de abater esse dragão da incredulidade.
O meu conselho para os alunos de
faculdade que aceitam cegamente as palavras desses ateus[3] é que meditem em Provérbio 18.17, que
diz:
“O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina.” Em outras palavras, sempre que ouvimos a
apresentação de um lado do caso, as evidências nos parecem persuasivas. Em
seguida, porém, ouvimos o outro lado da história e de repente vemos o primeiro
caso desfazer-se à luz de novos fatos e argumentos.
O Que é um Ateu?
O politeísmo[4]é
a crença que dominou grande parte do pensamento grego antigo, já o teísmo[5] que
é minha linha de pensamento, dominou a posição cristã medieval, já o ateísmo
floresceu no mundo moderno. Alguns deles não gostam de serem chamados de ateus.
Ateus, humanistas ou materialistas, o importante é que todos são na verdade
não-teístas, e a sua maioria é antiteísta. O ateu acredita que não há Deus
neste mundo e nem no além. Só existe um universo ou cosmo e nada mais. Eles
baseiam seus argumentos no ceticismo de Hume[6]
e no agnosticismo de Kant[7].
A
Existência do Mal.
Os ateus oferecem o que, eles mesmos,
consideram ser razões boas e suficientes para acreditar que Deus não existe.
Usam quatro argumentos, a saber; 1)-a existência do mal. 2)-a aparente falta de
propósito da vida. 3)-ocorrências aleatórias no universo; e 4)-a primeira lei
científica da termodinâmica, que os ateus geralmente a citam de modo incorreto.
Devido ao espaço desse folheto,[8]
mostrarei a falácia somente desse primeiro argumento sobre a existência do mal,
que diz: “Se Deus é absolutamente bom,
então por que o mal existe?”
O raciocínio do ateu é circular. Para
saber que há injustiça no mundo, é preciso haver um padrão de justiça. Quando
os ateus eliminam Deus por causa do mal estão postulando um padrão moral
supremo para declarar que Deus é mau. Se Deus não existe, de onde vem esse
padrão moral supremo?
Mas, para nós que cremos em Deus, ele é
o padrão moral supremo, já que não
pode existir uma lei moral suprema sem um Provedor Supremo da lei
moral.
Ninguém jamais demonstrou que qualquer
mundo alternativo é moralmente melhor que o mundo que temos. Logo, nenhum ateu
pode demonstrar que Deus não criou o melhor mundo, mesmo com a privação do bem.
Isso, é claro, não significa que estou comprometido com a crença de que o
mundo
atual é o melhor mundo que poderia ser alcançado. Deus ainda não terminou sua
obra, e as Escrituras prometem que algo melhor será alcançado.[9]
A suposição do que crê em Deus é que este
mundo é o melhor caminho para o melhor mundo
atingível.
O
Mal é uma Evidência a Favor da Existência de Deus.
A pergunta deles é: “Se existe um Deus, por que há tanto mal? Contudo, usando esse
mesmo raciocínio, podemos perguntar: “Se
não existe um Deus, por que há tanto bem?” Ou não é verdade que existe
muito bem nesse mundo também?
O fato dos inimigos de Deus usar o
padrão do bem para julgar o mal, dizendo acertadamente que esse horrível
sofrimento não é o que deveria ser, significa que eles têm uma noção do que
deve ser, que essa noção corresponde a algo real, e que existe, portanto, a
realidade chamada Bem Supremo. Este é outro nome para Deus.
Se Deus não existe, onde nós encontramos
o padrão de bondade pelo qual julgamos o mal como mal? Ou, como alguém disse: “Se o universo é tão cruel...por que... os
seres humanos o atribuem à atividade de um Criador sábio e bom?” Em outras
palavras, a própria presença dessas idéias em nossa mente, isto é, a ideia do
mal e, por conseguinte, da bondade e de Deus como origem e padrão da bondade,
precisa ser explicada.
A
Origem do Mal.
Deus é bom, e criou
criaturas boas,[10]
com uma qualidade boa chamada livre-arbítrio. Infelizmente, elas usaram este
poder bom para trazer o mal ao universo ao se rebelar contra o criador.[11]
Então o mal surgiu do bem, não direta, mas indiretamente, pelo mau uso do poder
bom chamado liberdade. A liberdade é boa, mas, com ela vem a possibilidade do
mal. Então Deus é responsável por tornar o mal possível, mas as criaturas
livres são responsáveis por torná-lo real. Deus é sábio o suficiente para
prever que necessitamos de alguma dor por razões que podemos não entender, mas
que ele prevê como necessária para algum bem eventual. Portanto, ele não está
sendo mau ao permitir que a dor exista. Certamente existem ocasiões em que
Deus permite o sofrimento e nos priva do bem menor do prazer a fim de ajudar-nos
a alcançar o bem maior da educação moral e espiritual. Sabemos que o
caráter moral é formado por meio de provações, da superação de obstáculos e da
perseverança diante das dificuldades. O sofrimento tem uma qualidade
refinatória. Romanos 5.3-4.
A razão de ser de nossa vida neste
mundo não é a comodidade, mas o treinamento e a preparação para a eternidade.
Até Jesus aprendeu com o sofrimento.[12]
Nós vivemos em um mundo dilacerado; Jesus
foi honesto o bastante para nos dizer que teríamos provas e tribulações.[13]
Toda lágrima que derramamos se torna uma lágrima dele. Ele pode não enxugá-las
já, mas o fará, Apocalipse 21.3-4.
Os ateus são
desonestos em suas idéias.
Eles sabem que um mundo sem fé em Deus,
de forma alguma será um lugar mais humano e mais digno. Pelo contrário, eles
sabem que o seu ateísmo está lhes puxando para um caminho de narcisismo,
hedonismo e melancolia. Isso eles não ensinam aos seus discípulos; mas
preferem seguir esse caminho, em última análise, autodestrutivo.
Eles se negam a investigar paciente e
atentamente para onde as evidências da ciência e da História de fato apontam.
Meu conselho para eles é que sigam o exemplo de muitos e muitos ex-ateus que
depois de um estudo profundo em busca da verdade terminaram de joelhos nos pés
de Jesus.
O fator mais importante no processo de
secularização de nossa sociedade é o fator educacional. Nossas escolas podem
não nos ensinar a ler corretamente, mas, o fato do estudante estar na escola
até os 16 anos tende a favorecer a eliminação, de sua cabeça, o pensamento
religioso. A educação, portanto, é uma poderosa aliada do humanismo.
Somos responsáveis por ensinar a nossos filhos
o caminho que deverão seguir (Provérbios 22.6) e, para isso, precisamos protegê-los
contra os ataques do humanismo, do ateísmo, do relativismo, do evolucionismo e
de qualquer ensino que se opõem à cosmovisão cristã, Efésios 6.4.
Martinho Lutero afirmou: “Minha preocupação é que as escolas se revelem como os maiores portais
do inferno, se não trabalharem com afinco no ensino das Sagradas Escrituras,
gravando-as no coração da juventude. Não aconselho ninguém a colocar seu filho
debaixo da autoridade de quem não tem a Bíblia como autoridade maior. Toda
instituição na qual os homens não estejam crescentemente ocupados com a Palavra
de Deus acaba corrompendo”.
Hoje nas escolas dos
Estados Unidos a bruxaria é uma matéria que vale ponto, enquanto que a Bíblia
foi abolida de suas bibliotecas. É
fato que Deus já foi expulso a muito tempo das Universidades seculares.
Que Deus tenha misericórdia do futuro de
nossas crianças. Amem!
Em Cristo
Francisco Rodrigues Filho
[2] Não me entendam mal, aqui não me
refiro a minha pessoa, já que sou um humilde e eterno aprendiz, mas há muitos
doutores em teologia e apologética por aí; sei que em sua maioria eles só se
preocupam em arrecadar fundos, mas acredito que ainda existam aqueles que se
preocupem em defender o evangelho.
[5] Teísmo é a cosmovisão segunda a qual um Deus infinito e pessoal criou o
universo e intervém milagrosamente nele de tempos em tempos, de acordo com sua
vontade.
[6] David Hume, filósofo e historiador,
nasceu na Escócia e freqüentou a Universidade de Edimburgo. Durante o apogeu do
iluminismo europeu, Hume dedicou-se ao estudo rigoroso da filosofia. Esse
estudo o levou ao ceticismo.
[7] Immanuel Kant, nasceu na Prússia Oriental, extremo-leste do império Alemão. Lecionou na
Universidade de Konigsberg, e é criador de algumas teses malucas.
[8] Dependendo da necessidade, poderemos, no futuro, escrever outros
folhetos sobre os outros argumentos.
[9] Isaías 66.22-23; 2Pedro 3.12-13; Apocalipse 21.1-7.
[10] Eclesiastes 7.29. “Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem
reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”
[11] Gênesis 2.15-17; 3.1-19.
[12] Hebreus 5.8, “(Jesus) embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas
coisas que sofreu”.
[13] João 16.33b, “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu
venci o mundo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário